Vou produzir algumas explicações simples sobre excesso de mortes. Hoje: formas de se apresentar.
É um tutorial simples, sem pretensão alguma de cobrir todo o tema. É algo didático em construção.
Como exemplos Ceará e São Paulo até dia 21/05/2020, dados do Registro Civil.
É um tutorial simples, sem pretensão alguma de cobrir todo o tema. É algo didático em construção.
Como exemplos Ceará e São Paulo até dia 21/05/2020, dados do Registro Civil.
1-Óbitos diários como reportado.
Existe variabilidade diária, o q é esperado, pois os números oscilam algo ⬆️⬇️. Em ambos parece q houve uma perturbação da linha basal. No CE fica nítida a perturbação, enquanto em SP ela existe e é crescente, porém parece que subiu mais devagar.
Existe variabilidade diária, o q é esperado, pois os números oscilam algo ⬆️⬇️. Em ambos parece q houve uma perturbação da linha basal. No CE fica nítida a perturbação, enquanto em SP ela existe e é crescente, porém parece que subiu mais devagar.
2-O eixo Y anterior está livre podendo criar falsas diferenças. Neste caso, deve-se deixar isso explícito no gráfico. Somente para ilustração didática, por oras vou voltar a deixar livre. Poderíamos padronizar por estado, deixando-os em escala comparáveis.
Veja mesmo Y👇
Veja mesmo Y👇
3- Outra forma é usar médias móveis, amenizando a variabilidade q comentamos. Aqui o dado apresentado para um dia qualquer na verdade é a média dos últimos 7 dias. Isso facilita observar a linha, tira certo ruído, mas mantém possível observar outras alterações da linha de base.
4- Aqui são dados brutos por dia (como gráfico 1), porém apresentado em forma de colunas e não linhas. Onde aparecer cor preta quer dizer que teve mais óbitos em 2020 em relação a 2019.
5- Aqui é a diferença por si só, ou seja, dia a dia, fiz óbitos em 2020 menos óbitos em 2019. É a imagem da diferença das barras anteriores, realçando com cor vermelha os dias nos quais houveram mais óbitos em 2019 em relação a 2020.
6- E o acumulado? Outra forma de mostrar os óbitos em excesso é o acumulado até ali.
Aqui eu somei dia a dia continuamente os óbitos e mostrei em forma de área.
Até 21/05, observa-se q onde estiver cor preta, teve mais óbitos em 2020. O acumulado também diminui o ruído basal.
Aqui eu somei dia a dia continuamente os óbitos e mostrei em forma de área.
Até 21/05, observa-se q onde estiver cor preta, teve mais óbitos em 2020. O acumulado também diminui o ruído basal.
7- Mas o gráfico anterior não parece muito bom para visualizar. Então podemos fazer o acumulado da diferença diária, ie, o acumulado dia a dia de quanto 2019 foi maior/menor q 2020. Esse gráfico é o acumulado do gráfico 5. Chama a atenção uma aumento do excesso de óbitos em 2020
Chama mais atenção q a velocidade de subida no CE foi mais acentuada q SP. Talvez pelo colapso do sistema, por mais casos de uma única vez. SP conseguiu expandir a estrutura de UTIs, isolamento mais precoce e assim menor velocidade de casos.
* A comparação é ilustrativa.
* A comparação é ilustrativa.
Mas o excesso foi todo pelo COVID? Uma forma simples de ver é juntarmos no gráfico os óbitos acumulados por COVID (Registro Civil=confirmados+suspeitos).
Abaixo 6 estados mais afetados. Todos mostram excesso por qualquer causa, mas a velocidade de subida foi diferente... 1/2
Abaixo 6 estados mais afetados. Todos mostram excesso por qualquer causa, mas a velocidade de subida foi diferente... 1/2
O acumulado de COVID (verde claro) não interfere no excesso total (verde escuro), eles são sobrepostos.
A diferença entre verde escuro e claro pode ser:
1- óbitos em excesso não diretamente pelo COVID (colapso do sistema, infartos em casa)
2- óbitos não diagnosticados por COVID
A diferença entre verde escuro e claro pode ser:
1- óbitos em excesso não diretamente pelo COVID (colapso do sistema, infartos em casa)
2- óbitos não diagnosticados por COVID
Ainda volto ao tema, mas e se olharmos em anos que não tivemos COVID. Para ilustrar, peguei os anos de 2017 e 2018 do estado de SP (local de ocorrência), pq já tinha tudo tabulado para SP e foi só criar o gráfico.
Vemos q a variabilidade entre os anos é menor. Mas q existe.
Vemos q a variabilidade entre os anos é menor. Mas q existe.
Essa diferença existe, pois é um processo determinado por vários fatores. Mas é muito menor. Compare com o gráfico de SP número 4.
* vale notar que a fonte de dados é diferente (SIM x Registro Civil, volto ao tema em outro fio)
* vale notar que a fonte de dados é diferente (SIM x Registro Civil, volto ao tema em outro fio)
Aqui compare com o gráfico de SP número 5
Como seria o acumulado da diferença diária em 2017/2018?
Houve diferença entre 2018 e 2017? Sim.
Mas de muito menor magnitude, espalhada. Tem os processos q mudam ano a ano e também pq a cada ano temos mais óbitos no Brasil e isso varia por região (voltarei a este tema).
mas👇
Houve diferença entre 2018 e 2017? Sim.
Mas de muito menor magnitude, espalhada. Tem os processos q mudam ano a ano e também pq a cada ano temos mais óbitos no Brasil e isso varia por região (voltarei a este tema).
mas👇
É evidente que a magnitude, a forma e a velocidade de subida não são o mesmo fenômeno.
Espero ter ajudado a esclarecer algo que estamos falando por aqui estes dias.
Espero que isso se torne PDFs e um vídeo em breve. Sempre tentando ser didático.
Sem dúvida dá para melhorar.
Espero ter ajudado a esclarecer algo que estamos falando por aqui estes dias.
Espero que isso se torne PDFs e um vídeo em breve. Sempre tentando ser didático.
Sem dúvida dá para melhorar.
Em breve vou subir o código R em github.
Usei os pacotes
tidyverse
tidylog
ggpubr
zoo
Usei os pacotes
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zoo
Algo sobre morte em excesso que já falei antes
