A péssima entrevista do péssimo General Ramos chamou muito a atenção pela ameaça semivelada de golpe. Mas há outros pontos interessantes.
Vamos a eles.
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Vamos a eles.
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Normalizou o presidencialismo de coalizão, cuja detratação foi fundamental para eleger BolsoNero. Ele tem razão no que diz sobre a normalidade de dividir o poder com quem tem voto no Congresso e entrega. Porém, dizer que era anormal foi crucial para hoje ele estar nesse cargo.
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Claro que disse que há diferença, afinal com eles o Centrão leva, mas não rouba. Colocaram “gente nossa” para controlar o cofre. Ou seja, a solução não vem da negação da política, mas dos “homens de bem” nos lugares certos. E os homens de bem são eles. ¡La garantia soy yo!
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Essa mesma fulanização da política está na análise que fez das manifestações. Onde já se viu manifestantes de preto e não de verde-amarelo! E de preto para não ir de vermelho: portanto, disfarce! Deu pra ver que eram todos petistas, disse. E daí? Se fulano se opõe, não vale?
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A fulanização é reveladora. Expõe o autoritarismo de quem acha que pode escolher os opositores. Não eram todos petistas, mas mesmo que fossem, isso não importa. Da mesma forma que a garantia da não-corrupção é “gente nossa”, a ilegitimidade da oposição é ter “gente deles”.
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Em suma, o autoritarismo do General Ramos não está só nas ameaças implícitas, mas na leitura que faz da cena politica e nas explicações que dá. Desse mato bolsonaresco não sai coelho democrático, nem republicano.
