Passei o dia meio desconectado. Vi agora a polêmica dos sindicatos. Em macroeconomia, que é uma literatura q eu conheço +, os modelos que se preocupam com mercado de trabalho mais profundamente incorporam explicitamente o poder de barganha de trabalhadores e empresas. Segue o 🧶
Modelos macro mais antigos se preocupam mais com o ciclo econômico e com crescimento de longo prazo. Por isso, não há uma preocupação em modelar as imperfeições do mercado de trab. Neles, os salários são uma função do produto marginal do trabalho. 
Já os modelos recentes de macro-labor incorporam as imperfeições de mercado. É custo procurar emprego e trabalhadores e você pode ser demitido. Neles, trab tem um poder de barganha (β) e empresas tb (1-β). Eles disputam a renda gerada pelo encontro entre trab e empresa.
Empiricamente, esse influente trabalho de economistas do @IMFNews indica que, pelo menos em países ricos, menos sindicalização leva a um aumento na desigualdade (o que sugere que a lógica de barganha entre empregadores e empregados faz sentido).
Eu sei muito pouco do caso específico dos apps de delivery no Brasil. Como pelo menos algumas delas parece ter fluxo de caixa negativo, é possível q o efeito de um aumento de custos seja 1 transferência d bem estar d consumidores (e n empresas) para trabalhadores, via $ maiores.
Por sinal, essa parece ser a conclusão da literatura mais recente sobre salário mínimo. Há aumento de preços que equivale a uma transferência de renda de consumidores para um grupo de trabalhadores.
A preocupação levantada pelo @RodZeidan me pareceu bem razoável e na linha dos modelos mais modernos. Quem acha que o preço vai subir, também parece estar parcialmente certo. E não há dúvida que os trabalhadores estão justamente aumentar seu poder de barganha ao se organizar.
