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A seita assassina e canibal que usava restos das vitímas como recheio de coxinhas e empadas para vender:
A história se inicia em 2008, quando Jéssica, de 17 anos, na época com uma filha de 1 ano, recebeu uma visita de uma senhora que se chamava Isabel e que não apresentava nenhuma suspeita.
Ela ofereceu um emprego para Jéssica, dizendo que ela poderia levar sua filha para o trabalho. Após três dias, Jéssica disse que precisava sair para ir ao centro da cidade, e a partir daí, nunca mais foi vista.
Giselly Helena da Silva, de 31 anos, conhecida como Geisa dos Panfletos, foi dada como desaparecida no dia 25 de fevereiro de 2012. Segundo a família, ela havia recebido uma oferta para trabalhar como babá e receberia um salário de R$1.500,00 - valor incomum para a época.
No dia 12 de março, Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, foi também dada como desaparecida. Ela contou para sua mãe que fora abordada por uma vendedora de salgados e que ela lhe ofereceu um emprego como empregada doméstica, com um salário de R$1.500,00.
Os familiares de ambas entraram em contato com a polícia e as buscas foram iniciadas, no entanto, eles não sabiam que havia uma ligação entre os dois desaparecimentos. A família de Giselly recebeu a primeira pista do caso: a conta do cartão de crédito dela.
Na fatura constava alguns gastos de cinco dias após o seu sumiço, e ao perceberem esse detalhe, levaram até a polícia. Os policiais foram até os estabelecimentos e viram, através das câmeras de segurança, que um casal havia feito compras usando o cartão.
As investigações continuaram e logo eles conseguiram o endereço do casal, no bairro Jardim Petrópolis. Ao chegarem no local, se depararam com Jorge, Isabel, uma jovem que se dizia chamar Jéssica e uma criança, filha de Jorge e Jéssica.
Jorge Beltrão Negromonte da Silva, 51 anos, era professor de Educação Física, faixa preta em karatê e casado há 30 anos com Isabel Cristina Torreão Pires, de 50 anos, vendedora de salgados. “Jéssica”, de 25 anos, morava com o casal desde a adolescência e mantinham relação a três.
A polícia vasculhou a casa, mas não encontrou nada suspeito. Apenas notaram que o casal havia comprado materiais de construção, mas a casa não parecia estar em reforma. Em determinado momento, a criança chegou até um policial e lhe disse que o pai enterrava pessoas no quintal.
Eles decidiram averiguar e encontraram os corpos de duas mulheres. Os corpos estavam esquartejados e faltavam pedaços da carne em determinadas partes. Após serem levados ao IML, foi constatado que as duas vítimas eram Giselly e Alexandra.
Os três foram presos e levados para delegacia. Em seu depoimento, Isabel contou que Jorge havia matado as duas jovens e que eles consumiram a carne das duas por alguns dias. Segundo Isabel, Jéssica e a criança foram as que mais comeram e que a carne humana tinha gosto de boi.
Ela relatou que atraía as vítimas com uma promessa de emprego e as convidava para irem até a sua casa. Ao entrarem no local, as vítimas eram esfaqueadas por Jorge.
Após a morte, Isabel e Jéssica levavam os corpos para o banheiro e os esquartejavam. Logo em seguida, a carne das coxas, braços, nádegas e fígado eram extraídas e colocadas no freezer.
A polícia encontrou carne humana temperada, foi então que questionaram se Isabel usava essa carne para rechear seus salgados. Ela era conhecida por vender salgados na porta de hospitais e outros locais de Garanhuns.
A princípio, ela negou, mas acabou confessando ter usado a carne em alguns salgados, fato esse que nunca pôde ser comprovado pela polícia. Diante disso, a história macabra ganhou ainda mais notoriedade. No decorrer das investigações, os policiais descobriram a verdade.
Eles alegaram ser parte de uma seita, que pregava a diminuição da população e purificação do mundo. Encabeçados por Jorge, passaram a procurar mulheres que poderiam ter filhos, para matá-las, e assim evitar o aumento populacional.
As coxinhas e empadas eram vendidas em hospitais, salões de beleza e, segundo relatos, os salgados continham pouco recheio, eram pastosos e com muito sal. Isabel alegava ser de frango ‘light’, o que fez com que seus clientes nunca sequer notassem a diferença ou duvidassem.
Com a grande repercussão do caso por todo o Brasil, um novo fato surgiu. Ao serem divulgadas as fotos do trio, uma família viu a foto de Jéssica e logo entraram em contato com a polícia afirmando que aquele não era seu verdadeiro nome.
Segundo eles, Jéssica era sua filha que havia desaparecido anos atrás, em 2008. Foi então que a polícia decidiu interrogar a jovem, que se dizia chamar Jéssica, e ela confessou que seu verdadeiro nome era Bruna Cristina Oliveira da Silva.
Jéssica Camila da Silva Pereira era uma jovem moradora de Olinda, que fora anteriormente contratada por Isabel para trabalhar como empregada doméstica, ela teve que morar na casa e levou sua filha, de menos de um ano, com ela.
Jessica foi mantida como refém na casa e foi ameaçada. O trio falava que ela só poderia ir embora se deixasse a criança. Ela se negou a fazer isso e acabou sendo morta, se tornando primeira vítima do trio a ser canibalizada.
Bruna, então, assumiu a identidade de Jéssica e registrou a criança no cartório, colocando Jorge como pai. A menina foi criada como filha deles e cresceu vendo as atrocidades feitas pelo trio.
Em 2019, eles foram novamente julgados e foi atribuído a eles a acusação de vilipêndio de cadáver. Isabel foi condenada a 68 anos de reclusão, Jorge a 71 anos e Bruna a 71 anos e 10 meses - pena maior por falsa identidade.
Jorge escreveu o livro “Revelações de um esquizofrênico”, onde ele relata sobre sua vida e o assassinato de Jéssica, a quem ele se refere como "adolescente maldita". Ele alegou ser esquizofrênico, porém, uma avaliação foi feita e nada foi diagnosticado.
Em seu livro, ele fala sobre diversos fatos da sua vida, como por exemplo um episódio onde ele reagiu a um assalto e levou um tiro no rosto. Ele dizia, também, ser comandado por forças malignas que o obrigavam a realizar atos cruéis.
No final do livro, ele afirma que pode ter enganado o leitor com sua mente doentia: “Tudo isso que revelei, não sou eu, nem ninguém, é só minha mente”.
INDICAÇÃO: Para quem quer se aprofundar nos detalhes, a nossa equipe recomenda o livro: “Os Canibais de Garanhuns: A história de três serial killers brasileiros que comiam e vendiam salgados com carne humana”, escrito pelo Raphael Guerra (@raphaelguerra). amazon.com.br/Os-Canibais-Ga…
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