Como uma das denúncias foi feita pela avó da menina, que é evangélica, a defesa da família diz que o caso é de intolerância religiosa.
Junto de policiais militares, os conselheiros foram até o terreiro.
As identidades das duas foram preservadas para não expor a jovem.
A menina só estava com a cabeça raspada — segundo ela, estava se tornando filha de Iemanjá.
A ideia é que ele se purifique, entre em contato com o axé (na língua iorubá, "força" ou "poder").
🗣️ Obadará Africanidade: "Nossos fundamentos e ritos estão garantidos por lei (...) Jamais devem ser confundidos com ato de tortura ou lesão corporal."
Dessa vez, registraram um boletim de ocorrência em que apontaram que a adolescente estava sendo mantida à força no terreiro e sob condições abusivas.
Os familiares não desistiram e, junto do Conselho Tutelar, denunciaram o caso à Promotoria.
Mãe da adolescente: "Eu estou arrasada. Já estava antes por conta do preconceito. Agora que tiraram minha filha de mim, tiraram o meu chão."