Quando ouvimos sobre escravidão já vem à nossa mente as imagens do negro no engenho, né? Mas a história da escravidão vem de muito antes disso e se expandiu para muito além daqui. 
“A propriedade de escravos! O nômade é inventor da escravidão, e, assim, criou a semente do Estado, a primeira exploração econômica do homem pelo homem.”
– Franz Oppenheimer, O Estado (1908)
[Ainda não há tradução desse livro para o português, mas estou o traduzindo :) ]
– Franz Oppenheimer, O Estado (1908)
[Ainda não há tradução desse livro para o português, mas estou o traduzindo :) ]
Oppenheimer defendia que as tribos de pastores nômades subjugavam as tribos de camponeses sedentárias, destruindo suas aldeias, tomando seus recursos, pegando suas crianças e aqueles que estivessem aptos a trabalhar e sequestrando suas mulheres para abusar delas.
As tribos de pastores dominantes, então, percebem que o camponês morto não produz, e deixa de destruí-los para apenas visitá-los para tomar seus recursos, usando de violência em suas visitas e os protegendo de outras tribos de pastores. Depois, o camponês subjugado, ao invés de
receber a visita dos pastores dominantes, passa a levar seus recursos a eles, assim o camponês subjugado não sofria com a violência direta, apenas a ameaça dela, e o pastor dominante poderia usar seu tempo para outras coisas, ou seja, subjugar outras tribos de camponeses.
Com o tempo, o pastor dominante passa a viver no mesmo território que os subjugados, e passa a criar instituições que interferem nos assuntos internos deles. Em decorrência disso, a tribo dominantes e a tribo subjugada passa a se misturar, tornando-se uma só raça, uma só etnia
um só povo. Mas as instituições de exploração econômica dos subjugados pelos dominantes persistem, tanto a divisão entre dominante e subjugado quanto a exploração econômica de um pelo outro continuam existindo. A pergunta é: qnd isso deixou de ser a história de senhor e escravo?
Quando isso deixou de ser a história de uma classe dominante para uma classe de subjugados?
É daí que vem a pergunta de Nozick, até hoje não respondida.
É daí que vem a pergunta de Nozick, até hoje não respondida.
E a escravidão, que antecede o Estado e cria os meios pelos quais o último atua, foi repleta em seus tipos. Ela está longe de se resumir apenas à horrível história da escravidão racial nas Américas.
Por muito tempo foi comum o escravo por dívidas, quando o homem não havia meios de pagar uma dívida era tomado como escravo. Ou ainda em Roma, por exemplo, temos exemplos como o filósofo Epiteto e o famoso Espártaco, que liderou uma rebelião de gladiadores escravos
Na China Antiga e no Egito Antigo, era comum haver uma corte formada por escravos eunucos, e no Brasil ainda havia escravos urbanos, como o escravo de ganho, que deveria dar parte do que recebia em seu trabalho para o seu senhor, por enquanto buscava a alforria com o restante.
Eu, o @lybrjack e o @omunicipalista gravamos um AnarcoCast para falar sobre o assunto da escravidão #escravodoestado
