1) Os SENTIMENTOS MORAIS são a maior obra de A. Smith (mais que A RIQUEZA DAS NAÇÕES).

Aqui Smith mostra que "por quanto egoísta um homem seja, ele tbm deseja o bem dos outros".

Óbvio, mais dos próprios caros e menos dos outros e dos desconhecidos.
2) As pessoas querem ser amadas e querem ser amadas pelos motivos reais e não falsos.

Isso faz com que as tendam gradualmente a se adaptar às expectativas/desejos dos outros.
3) Quando agimos, nos perguntamos o que os outros pensariam de nós se estivessem nos vendo e assim tendemos a nos comportar bem.

Dentro de nós há "espectador imparcial" que nos fala o que os outros pensariam.

É assim que fazemos a coisa certa, a justiça.
4) Queremos fazer o bem, "por quanto eu não derive nada disso, exceto o prazer de ver" a outra pessoa feliz.
5) Por quanto Eu possa conhecer bem meus caros e por quanto eu possa ama-los, "julgo seus sentimentos pelos meus e estes são como sombras para mim".

Ou seja, nós colocamos na posição do outro, somos empáticos, mas não é perfeito.
6) Não conheço os outros tão bem quanto eles mesmo se conhecem.

Quem sabe o que é melhor para si é cada indivíduo mesmo (e nem assim é perfeito).

Por quanto queremos fazer o bem dos outros, as boas intenções não bastam.

O conhecimento é difuso
7) Quem quer planejar a sociedade para o bem dos outros são destinados ao fracasso.

O "Homen de Sistema é tão apaixonado do próprio plano que não tolera o mínimo desvio".

"As pessoas não são como peças de xadrez no tabuleiro" a ser deslocadas.

As pessoas têm vontade própria.
9) No comércio, somos incentivados a tratar bem clientes/colegas e isso nos aproxima.

O interesse individual nos leva a ser mais humanos, empáticos e gentis.

E gradualmente isso se torna hábito sincero e cultura.

Sociedades comerciais são mais cosmopolitas e tolerantes.
10) Implicações:

Somos individualistas mas tbm altruístas. Queremos ser amados e fazemos coisas pelos outros de forma genuína.

Somos empaticos, mas isso não basta para fazer o bem.
E isso não é nem condição necessária.
11) As pressões sociais não são negativas, são positivas.

É isso que nos torna mais gentis, tolerantes, altruístas, gentis e civilizados.
12) É o mercado a nos tornar mais "humanos", não somos nós que podemos/devemos tornar o mercado mais "humano".
13) O planejamento central compulsório é ineficiente.

O conhecimento é difuso.
14) Por fim...Quem acha que Smith é um malvado que fala só de autointeresse, capitalismo, dinheiro, divisão do trabalho etc, não sabe do que está falando.

"A riqueza das Nações" repousa, na verdade nos "Sentimentos Morais".

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More from @AdrianoGianturc

5 Sep
1)Capitalismo NÃO é livre mercado.

O termo capitalismo nasce na literatura alemã de 1800 (Simmel,. Brentano, Marx, Weber etc).

Se criou um nome para definir o novo modelo econômico que surgiu com a Revolução Industrial.
2) Capitalismo è:

-Acumulação de capital (K) sem precedente.
-Divisão do trabalho e especialização.
-Racionalização das empresas e dos negócios.
-Despersonalização das relações comerciais.
-Melhora da qualidade de vida dos pobres como nunca antes na história (palavras de Marx).
3) Mas há uma confusão.

Liberais (muitas vezes) falam capitalismo como sinônimo de livre mercado.

Os marxistas como sinônimo de conluio estado-mercado e supremacia do K.

Os marxistas estão certos.
Read 10 tweets
8 Jul
1) Cidadão não! Somos indivíduos, pessoas.

O cara do "Cidadão não! Engenheiro Civil melhor que você!" Foi um babaca, mas esta mania de chamada as pessoas de "cidadão" é horrível tbm.

As duas coisas são frutos do patrimonialismo.
2) Em países patrimonialistas você importa enquanto cidadão, enquanto ente político, por como interage com o estado, quanto contribui ao estado e se o estado te reconhece certos direitos ou não.

Na verdade você é súdito e te promovem a cidadão só de fachada.
3) No patrimonialismo, há os súditos, o estamento burocrático e a elite político/social.

O incentivo é não ser súdito e ascender à elite mantida e bancada.

As relações são verticais e de poder.
O respeito é por clã e contra outros clã.
Daqui surge a carteirada.
Read 4 tweets
19 Jun
Eu queria aproveitar o caso para contar como a Ciência Política explica a "rachadinha", mas depois me lembrei que viriam um monte de idiotas interpretando a coisa em chave Bolsonaro e achando que eu estaria justificando os caras.

Nada
Wow q bom ver tanto interesse!
Ok!

1)Luta Política é essencialmente uma luta para tomar o botim e viver de renda política.

Salário de político não é a única coisa q faz parte deste botim. Cargos q pode distribuir, verba que pode alocar, poder e tudo q pode controlar faz parte
2) Cargos e salários de assessores são na verdade parte do botim.
Nas democracias modernas são formalizados como "cargos e salários" e se cria uma narrativa para justificar a existência.
Read 11 tweets
5 Jun
1) No começo internet era anárquica e totalmente livre.
Em todos os países, todo mundo queria mantê-la assim e lutava para isso.

Depois começaram a responsabilizar a plataforma pelo conteúdo postado pelo usuário e começou a censura.

Em 2012 o mundo todo lutou contra SOPA e PIPA
2) Lutamos até pelo direito de ficar anónimos enquanto o Leviatã queria o nome de todo mundo!
3) No Brasil, o governo convocou os CEOs de Facebook, YouTube etc para eles se genufleter e cooperar.

Tentaram controlar através de "Humaniza Rede".
Danilo Gentili fez una zoação fantástica e ganhamos.
Read 6 tweets
29 Mar
1) Há alternativas à QUARENTENA e à quarentena vertical.

No paper "When Can we go out", os autores propõem a estratégia "MOBILIZAÇÃO E TRANSIÇÃO".

Que é, mais ou menos, o que fizeram os PAÍSES ASIÁTICOS.

Eu concordo.

Explico do que se trata:
2) O ideal é agir o mais rápido possível para AUMENTAR A CAPACIDADE DO SISTEMA SANITÁRIO (leitos, pessoal médico, treinamento, equipamento, testes, fármacos, etc).

Se fizer isso antes e rápido, pode até não fazer quarentena.
Se não, é melhor fazer uma quarentena breve.
3) Quarentena de 5 meses (como propõe o prof. Ferguson do Imperial College) é inviável.
O dinheiro das pessoas acaba e as pessoas não vão obedecer.
Read 11 tweets
9 Mar
1)O Coronavirus está sendo ainda subestimado.

As pessoas não entendem que os dados tem um delay de uns 10dias

(Demora p ter sintomas, demora para os sintomas piorar e a pessoa ir ao hospital e demora o diagnóstico).

Ou seja, a situação atual é bem pior do que mostram os dados.
2) Ainda tem muitas coisas que não sabemos.

Não sabemos o verdadeiro número de casos totais.
Não sabemos se os assintomáticos são contagiosos.
Não sabemos como o vírus reage ao calor.
3) O tampão para controlar se o sujeito é positivo não está sendo feito em massa.

Ou seja, notícia ruim: os casos reais são muito mais.
Notícia boa, a taxa de morte é mais baixa.

O problema é o contágio. Até se a verdadeira taxa de morte for 1%...1%de muita gente é muita coisa
Read 9 tweets

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