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Sep 20, 2020 6 tweets 2 min read Read on X
Passamos a semana analisando dados do TSE para trazer essa matéria do @JornalOGlobo deste domingo. Candidatos brancos têm 2x mais chances de serem eleitos vereadores do que negros: 6,4% contra 3,2%. Entre pretos a diferença é ainda maior: 2,1%.
oglobo.globo.com/brasil/candida…
Comparamos a composição racial nas Câmaras Municipais de todas as capitais com a da população desses municípios. Em 25 das 26 capitais há menos negros (pretos e pardos) no Legislativo municipal do que no conjunto da população. Image
Em João Pessoa (PB), brancos são 44,2% da população e 77,8% da Câmara. Em SP, brancos representam 60,6% dos moradores, enquanto são 78,2% dos vereadores. No Rio, eles são 51,1% da população e 70,6% da Câmara. Basicamente, brancos decidem leis e políticas públicas para os negros.
A questão do financiamento de candidatos negros é central nesse debate. Uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski obriga os partidos a dividirem as verbas do fundo eleitoral de maneira proporcional ao número de candidatos negros e brancos inscritos para a campanha deste ano.
Irapuã Santana, articulador da ação aprovada no TSE: "A falta de dinheiro é o principal empecilho para a eleição de negros. Com o maior nº de pessoas negras conseguindo transmitir sua mensagem de modo mais efetivo, maior será a probabilidade de serem eleitos".
Na capa de hoje. Matéria no site. ImageImage

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Jun 17
Viram isso?
Pablo Marçal é um fenômeno de popularidade digital. Tem 11 milhões de seguidores no Instagram e uma comunidade muito leal. Mas vocês sabem como ele consegue turbinar a audiência nas redes sociais? Prometendo dinheiro aos fãs e criando uma horda de contas anônimas👇 Image
Marçal vem incentivando os fãs a criarem perfis p/ compartilhar conteúdo dele, sob o argumento de que vão ficar ricos. A estratégia gerou uma constelação de perfis que costumam repercutir conteúdo que nem mesmo Marçal veicula em sua conta oficial.
instagram.com/reel/C7XYcVhJI…
Ele diz no vídeo: "Se você é simpatizante e está postando, você pode entrar no Discord e fazer dinheiro, porque eu estou pagando, e também posso pagar para você não parar (de postar)". Em outro: "Deve ter aí uns 300 alunos meus ficando ricos só pondo a minha imagem".
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Jul 18, 2023
Isso aqui é um escândalo!
A PM prendeu, em maio de 2020 na periferia de Bauru (SP), um homem que portava cocaína e R$ 80 em espécie. Acabou condenado pela vara criminal da cidade a uma pena de 7 anos, 11 meses e 8 dias de prisão por tráfico de drogas. Mas vejam só os detalhes 👇
Os depoimentos dos autores do flagrante traziam como única descrição física do rapaz sua cor de pele: "indivíduo negro". A quantidade de droga apreendida: 1,53 grama. Um grama e meio!! Tráfico de drogas. Quase 8 anos de prisão.
Por que esse caso é importante?
Porque ele pauta um julgamento sobre perfilamento racial no STF e pode mudar os rumos de como prisões em flagrante baseadas na cor da pele ocorrem no Brasil.
Exemplos como esse se contam aos milhares pelo país. Vou relatar outro:
Read 11 tweets
Dec 29, 2022
Os últimos 4 anos me obrigaram a ler mais política do que qualquer outro momento da minha vida. O fascínio pela nova direita, autoritarismo, neofacismo e guerra cultural influenciaram meu trabalho como repórter e minhas leituras.
Aqui estão minhas dicas sobre as melhores delas 📚
Menos Marx, mais Mises: o liberalismo e a nova direita no Brasil.
Camila Rocha fez um dos mais importantes trabalhos sobre a gênese do bolsonarismo (que ela prefere chamar pelo termo mais amplo de "nova direita"). Foi o melhor livro que li sobre o assunto.
todavialivros.com.br/livros/menos-m…
O livro é baseado em sua tese de doutorado segundo a qual a a formação de uma nova direita no Brasil é um amálgama ultraliberal-conservador cuja origem remonta à organização de contra-públicos digitais durante o auge do lulismo, entre 2006 e 2010.
Read 14 tweets
Dec 12, 2022
O Telegram da extrema-direita colapsou após as eleições. Os gigantes do bolsonarismo tiveram uma queda brusca no compartilhamento após operarem campanhas de desinformação no período eleitoral. Além da queda brusca na circulação de links, houve um negócio curioso 👇
Os pesquisadores @leofn3, @letcesar e @do_paulo
contabilizaram 30.516 links únicos publicados pelo Terra Brasil Notícias e identificaram um padrão: o site opera apagões em massa do conteúdo que publica. Cerca de 50% desses links, 15.202, foram excluídos após circularem.
Leonardo: "Se metade do conteúdo desaparece, é claramente um site devotado para a desinformação. O conteúdo é postado, causa a desinformação e depois eles vão deletando. São altamente danosos".
Read 10 tweets
Sep 13, 2022
Sobre o YouTube: por meio do sistema de recomendação de vídeos, a plataforma insufla a radicalização dos usuários, aproximando pessoas com interesses em ideias conservadoras a conteúdos ainda mais extremistas, de acordo com estudo de Rebecca Lewis (Stanford), de 2018. Image
Mostramos no ano passado que o YouTube funciona como o motor do ecossistema de páginas e canais da extrema-direita, de acordo com levantamento inédito de @do_paulo, @letcesar e @leofn3.
blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
A hipótese deles é que o Telegram funcione como um propulsor para a circulação de canais bolsonaristas do YouTube, plataforma que remunera produtores de conteúdo de acordo com o volume de acessos de cada página: entre US$ 0,25 e US$ 4,50 para cada mil visualizações.
Read 6 tweets
Aug 10, 2022
Sai o voto impresso, entra o golpe de Estado. Com a aproximação das eleições, grupos de extrema-direita no Telegram passam por uma radicalização acelerada no discurso de ruptura democrática, e agora centram os esforços na mobilização para o 7 de Setembro.
oglobo.globo.com/blogs/sonar-a-…
A conclusão consta no relatório "Democracia digital: análise dos ecossistemas de desinformação no Telegram durante o processo eleitoral brasileiro de 2022". Com apoio do @internetlabbr, o levantamento foi produzido por pesquisadores de UFBA e UFSC, lançado nesta 4ª-feira.
Numa análise de 6,4 milhões de mensagens em 156 grupos e 479 canais de Telegram no longo de 2022, os pesquisadores identificaram uma disparada, a partir de fevereiro, na quantidade de mensagens conspiratórias e chamados para desobediência civil.
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