“Ele tomou muita tubaína comigo”, disse Bolsonaro sobre o advogado Kassio Nunes, desembargador do TRF1 na cota dos advocacia (sim, isso existe) e indicado pelo presidente a uma vaga no Supremo. Nome apoiado por Ciro Nogueira, Kassab, Flávio Bolsonaro, entre outros luminares.
Fala-se muito no apoio político angariado pelo desembargador e pouco no notório saber jurídico dele. Com todo o respeito ao provável próximo ministro do Supremo, há uma razão para isso. Poucos falam em público sobre essa razão - afinal, ninguém quer ficar mal com um ministro.
Sugiro ficar atento aos comentários dos juristas - e dos “juristas” - sobre a nomeação. O que será falado de substantivo sobre a trajetória e o perfil dele. Qual a contribuição do advogado no TRF1? O que se pode esperar dele no Supremo?
É importante lembrar que não deveria haver cotas no Supremo. Alguém do TJ de SP, alguém do Nordeste e por aí vai. Nem “trânsito político” deveria ser atributo. Recomendo ficar atento também a esse tipo de observação.
Em privado, não ouvi nada de bom, registre-se. Com exceção dos elogios às habilidades políticas, o que não me parece muito promissor.
Dois ministros do Supremo me disseram nos últimos dias que ficaram chocados - estou parafraseando. Um terceiro torce apenas para que o possível novo colega não frequente a corte do Lago Sul. Há os que articularam a ida dele e, claro, vendem que todo o Supremo adora o nome.
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🚨Atenção: em nova e confusa decisão, Moraes suspende o item 2 de sua primeira decisão. À primeira vista, o ministro suspendeu... a suspensão do X. Explico, mas se preparem: o troço é torto.
O item 1 da primeira decisão determinava que a Anatel suspendesse, em até 24 horas, o X. O item 2 continha a proibição das VPNs nas lojas (2.1.), os obstáculos no backbones para acesso ao X (2.2.), inviabilização de acesso ao X pelas provedoras e por serviços móveis (2.3 e 2.4.)
O item 3 previa multa de 50 mil a quem usasse VPN para acessar o X.
A decisão de Toffoli que anula todos os processos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht é um deboche de repercussão internacional. Agride os neurônios de quem perde tempo analisando-a. Não há mais o que dizer juridicamente. Sobra o escárnio.
Aos gringos: um ministro da Suprema Corte brasileira decidiu anular todo e qualquer processo criminal contra o principal artífice do esquema de corrupção multinacional da Odebrecht, um dos maiores e mais ousados já descobertos no mundo.
O ministro diz que esse personagem foi vítima de procuradores e juízes, que violaram o devido processo legal para prendê-lo "arbitrariamente". Usa como evidências da perseguição provas que não provas - que não passaram pelo crivo de um devido processo legal.
A pedido do Banco Master e por ordem do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, o Bastidor e eu estamos sob censura. O veículo foi obrigado a excluir uma reportagem; eu, a apagar posts no Twitter que a citassem. obastidor.com.br/justica/o-bast…
Fomos notificados da ordem judicial na manhã de quarta da semana passada. Tínhamos dois dias para retirar do ar a reportagem investigativa, sob pena de multa e outras medidas mais graves. Cumprimos a decisão no prazo.
Os advogados do Master argumentaram que a reportagem causou danos de imagem ao banco e a seus executivos por meio de "conteúdo calunioso e difamatório". Não apontaram erros de fato, lapsos de lógica ou omissões significavas na matéria.
Desde as 9h53 de hoje (10 de agosto de 2023), o Bastidor, eu e outros integrantes da equipe somos alvo de um ataque digital amplo e sofisticado, do raro tipo que exige motivo forte e recursos largos. Ataques DDoS, em volume de milhões, com origem em múltiplos países.
Apesar das medidas de proteção que adotamos, o site tornou-se instável e caiu em seguida. Era um ataque DDoS numa escala que nunca enfrentamos. Mesmo contando (há bastante tempo) com os serviços da @Cloudflare, e com a ajuda deles, não foi possível mitigar o ataque.
Tentamos várias possibilidades. Mas o Bastidor permaneceu as últimas horas fora do ar. Seguimos tomando todas as providências possíveis para normalizar o acesso ao site e, ademais, minimizar chances de ocorrências semelhantes.
Cabral está preso preventivamente desde 2016. Tempo demais. Soltá-lo, como decidiu ontem o STF, faz sentido. O que se ignora é o contexto do caso de Cabral, indissociável da retomada - tão política quanto jurídica - de um sistema penal tragicômico para crimes de colarinho branco.
O ex-governador do Rio tem 23 condenações, quase todas antigas, com penas em regime fechado. Corrupção, lavagem, organização criminosa. Desvios de bilhões. Tudo documentado ainda no primeiro ano da preventiva dele.
Em 2019, quando o Supremo decidiu acabar com a possibilidade de prisão após a segunda instância (execução provisória da pena), o cumprimento dessas condenações voltou a ocorrer apenas após o trânsito em julgado - na prática, após recursos ao mesmo STF.
Vamos a uma breve memória do empresário José Seripieri Filho, também conhecido como “Júnior da Qualicorp”. Ele fundou a empresa e, após travar amizade com gente do PT, do MDB, do PSDB e até do PCdoB, virou um avião da política brasileira. Decolou. obastidor.com.br/investigacao/q…
Após ser preso pela PF num caso que envolveu suspeita de propina a José Serra, apareceu em seguida em operações de lavagem de dinheiro com o escritório da família Claro, especializada em intermediar negociatas políticas.