Mortalidade. Redações mudando de plantão, perguntas voltando ao início da pandemia.
#1 Taxas são costumeiramente calculadas por 100 mil habitantes. Morte por Milhão soa Minion.
#2 Com epidemia em curso, o uso de taxas não faz sentido porque a temporalidade é distinta, como
Mortalidade.
#3 a epidemia começou em SP, Rio, Fortaleza. Incluir a população do Sul e Centro-Oeste naquele momento é o mesmo que calcular taxa de mortalidade por câncer de próstata incluindo mulheres no denominador.
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#4 Taxas de mortalidade implicam ajuste por idade porque há relação "exponencial" (*) de morte com idade. Por isso, foi um absurdo o que se divulgou: taxas maiores no RJ do que no AM. Rio tem 18% de > 60a. e AM 8% >60a.
(*) lei ou equação de Gompertz-Makeham.
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#5 As taxas podem ser (1) por todas as causas de morte; (2) todas excetos causas externas; (3) pelo o que for de interesse, desde que utilizando a Classificação Internacional de Doenças. (CID-10)
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#6 Nos óbitos confirmados pela COVID-19, o código é B34.2. Nas mortes suspeitas utiliza-se o código provisório para S.Resp Aguda Grave, SRAG que é U04.
#7 Os casos de SRAG está em no banco de dados SIVEP que não conversa com o de mortalidade, SIM. Assim,
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#8 no ritmo que é possível, as secretarias de saúde vão atualizando os casos, isto é reduzindo o U04, aumentando o B34.2, por data da morte. Há óbitos como U04 ocorridos em março que ainda não atualizados em todas as secretarias de saúde.
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# 9 o banco SIVEP é bem estruturado, mas se não for alimentado adequadamente, a qualidade da informação será ruim. Para piorar, o banco de dados de exame, GAL, não conversa com o SIVEP.
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# 10 o sistema é moroso porque foi criado e mantido para avaliar tendências por ano, não por dias. Por isso, o melhor é avaliar o excesso de mortes porque reflete melhor diferenças temporais e espaciais. Fica para outro fio.
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CAUSA DE MORTE #1 Alguém alvejado por arma de fogo poderá morrer por colapso do sist nervoso, se for no crânio ou de hemorragia, se uma artéria grande for atingida. Uma diferença para indicar a intervenção médica, mas a causa básica será a mesma "homicídio por arma de fogo".
CAUSA DE MORTE #2 Duas pessoas são alvejadas por tiros nas pernas. Um, sadio. Outro fez revascularizão do miocárdio. Ambos são atendidos a tempo. O sadio sobrevive. O segundo morre por novo infarto no pós-operatório. Qual seria a causa de óbito? Homicídio por arma de fogo.
CAUSA DE MORTE #3 Esse paciente tem doença coronariana em tratamento. Poderia ter mais dez ou quinze anos de vida com qualidade. O tiro levou a hemorragia, à anestesia e cirurgia que comprometeram um coração já com doença. Por isso, a causa não foi cardíaca, mas a agressão.
MORTALIDADE #11 A epidemia pela COVID-19 igual a outras se comporta como "uma onda de calor" que atinge quem menos pode se proteger e, quem é mais vulnerável. Ao contrário, da despressurização do avião que atinge todos, sadios ou doentes. O que seria então vulnerabilidade?
MORTALIDADE #12 A vulnerabilidade dependerá do agente agressor. Na H1N1 atingiu crianças e gestantes. Adultos provavel/e adquiriram imunidade em surto anterior. H1N1 atua em todo o organismo, mas a ação decisiva é causar uma pneumonia grave que leva ao óbito. E, o SARS-CoV-2?
MORTALIDADE #13 O coronavírus, não é somente um vírus respiratório, ele atua na homeostase da pressão arterial, na microcirculação e, como indutor de tromboses. Assim, altera as funções vasculares de forma crítica levando a risco de morte. Mas, e se o vírus alterasse o fígado?
MORTALIDADE #1 Para explicar o excesso de mortalidade é necessário conhecer o sistema de mortalidade, e antes disso o que é de fato “morte”. Uma definição simples de morte é “ausência de atividade elétrica”, mas a causa básica pode ser outra. Alguns exemplos
MORTALIDADE #2 Alguém que se acidentou e tem perda de sangue terá parada cardíaca, explicada pela hemorragia devido à causa básica, que é o acidente. Outra pessoa que teve um infarto do miocárdio seguido de parada cardíaca terá com causa básica "doença coronariana".
MORTALIDADE #3 A definição de causa básica é padronizada internacionalmente e, frequentemente atualizada com o surgimento de novas infecções como a COVID-19 ou hábitos como tirar "selfies".
Agradeço aqui, meus colaboradores alados, qeu durante a quarentena frequentam o quintal de casa saboreando as frutas servidas. Com primavera chegando, a cantoria é intensa. Pela ordem de frequencia. O Sabiá, come qualquer coisa, a ração do cão e se refresca no pote de água.
O Cambacica, muito parecido com o bem te vi, gosta de mamão e banana.
O próprio Bem te vi prefere banana, mas come outras frutas, mas não avança na ração do cão.
#1 Por que não utilizar taxas mortes/habitantes em epidemias? Elas são apropriadas para cálculo anual porque os impactos sazonais na mortalidade foram igualados e as estimativas populacionais (30 de junho) foram atualizadas.
#2 Por que restringir o uso de taxas mortes/habitantes em epidemias? A epidemia atinge locais em estações diferentes onde questões ambientais temperatura, poluição interferem na mortalidade, assim como a circulação de patógenos sazonais.
#3 Por que restringir o uso de taxas mortes/habitantes em epidemias? cidades estão em momentos distintos da epidemia, p.ex, em uma cidade onde nem toda a população foi atingida, ao se utilizar o total de habitantes as taxas nessas cidades serão diluídas.
SÃO PAULO- No dia 11 de março, por volta das 4h, a diarista Rosana Aparecida Urbano, 57 anos, saiu de casa em uma das regiões mais pobres de São Paulo e percorreu 25 km para ver a mãe, Gertrudes, internada com pneumonia no Hospital do Tatuapé, um dos principais da Zona Leste
Ao receber a notícia de que a mãe, de 86 anos, estava intubada, Rosana passou mal. Diabética e hipertensa, acabou internada no mesmo local. Morreu às 19h15m da noite seguinte, 2 de março, após uma parada cardiorrespiratória. Rosana foi a primeira vítima do coronavírus no Brasil.