Ganhadores do Nobel de Economia revolucionaram os leilões
O Prêmio Nobel costuma ser uma ótima ocasião para se conhecer as ideias econômicas influentes, que, por vezes são pouco conhecidas fora do circuito acadêmico. A escolha dos dois ganhadores deste ano é um destes casos.
Nesta segunda-feira, a Academia Real de Ciências da Suécia entregou o Nobel de Economia a dois americanos, Paul Milgrom e Robert Wilson, devido aos estudos desenvolvidos pela dupla sobre como funcionam os leilões.
Os dois são professores da Universidade de Stanford e conhecidos por terem criado o formato usado pelo governo americano no leilão de frequências de rádio para operadoras de telecom nos Estados Unidos, nos anos 90.
Um leilão tem um formato que todos conheces. Imagine que alguém resolva leiloar um objeto raro, como a camiseta autografada por todo um time do Corinthians campeão mundial. Ou um quadro do pintor Pablo Picasso O vendedor vai querer o maior preço possível. O comprador, o contrário
Mas há dois modelos concorrentes: o inglês, que é mais conhecido, em que há um preço mínimo e as pessoas dão lances até um valor final e o holandês, em que ocorre o contrário, começa com o valor mais alto e o preço vai caindo até alguém aceitar pagar.
Uma das descobertas da dupla foi de que as ofertas tendem a ficar abaixo do valor leiloado devido à preocupação com a chamada “maldição do vencedor”, que ocorre quando se paga mais do que o objeto vale e o leilão acaba em prejuízo.
O trabalho de Wilson demonstra que, para evitar que isso ocorra, o melhor modelo é o inglês, já que cada participante acompanha melhor o valor do que está sendo vendido.
Já os estudos de Milgrom explicam que em cada leilão existe um valor comum e um privado. Se compro um carro antigo, por exemplo, existe o valor pelo qual posso depois revendê-lo. Mas existe também o valor para mim de dirigir um carro antigo ou tê-lo na garagem. Esse é o privado
Mas nem sempre se trata só de dinheiro. O governo, ao fazer leilões, pode estar interessado em diminuir as emissões de gás carbônico, oferecer um serviço aéreo melhor ou algum outro benefício para a sociedade. Estes itens são mais complexos muitas vezes oferecidos em lotes.
Como resposta, os dois criaram vários modelos , adotando diferentes formatos que beneficiam vendedores, compradores e a sociedade, desde que sejam oferecidas informações sobre os valores estimados de cada participante. Como resultado, o risco de pagar mais caro desaparece.
E, como curiosidade, ao comentar o prêmio, Wilson, um dos ganhadores confessou: ele mesmo nunca participou de um leilão.
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Quase quatro décadas atrás, aumentar preço era assunto de polícia. Durante o plano cruzado, em mil novecentos e oitenta e seis, gerentes de supermercado eram presos se consumidores denunciavam que algum valor desrespeitava o congelamento de preços.
Eram os tempos da tabela da antiga SUNAB - Superintendência Nacional de Preços. Essa tabela apontava o valor máximo que um produto podia custar e era publicada nos jornais. As pessoas iam ao supermercado com ela e verificavam. Se fosse o caso, podiam denunciar abuso.
Em alguns casos supermercados foram fechados ao som do hino nacional. Pareciam tempos remotos, que ficaram no passado. A SUNAB, afinal, não existe mais desde mil novecentos e noventa e sete - foi extinta pelo governo.
Acordei com mensagens do "ódio do bem" por um vídeo que foi extraído fora de contexto mo @programapanico Sugeri em determinado momento que ele estudasse e continuasse o TikTok. Conselho que daria para meu filho , amigo ou qualquer pessoa que tenho apreço.
Falei isso pois em determinado momento, o Mário falou que largou os estudos. Torço para que sucesso dele continue no aplicativo, mas se os ventos mudarem, uma formação pode ser útil.
O lugar que estava sentado naquele momento me impedia de ver a reação do convidado que estava por Skype - jamais tive o intuito de ofender ou humilhar. Sou professor universitário desde 21 anos de idade e a educação para mim é um dos grandes entraves do Brasil.
Já que temos muitos justiceiros sociais aqui no Twitter que conseguem resolver todos problemas do mundo, segue o fio sobre dos problemas que temos.
Boa parte dos brasileiros (e dos justiceiros sociais) enxerga os empresários como os grandes vilões deste país e responsáveis por quase todos os problemas que enfrentamos. O mais triste é que acreditam que os políticos estatistas irão nos salvar.
Temos um excesso de direitos trabalhistas nos contratos CLTs e isso prejudica demais .... os próprios trabalhadores. Ou seja, se aumentar os direitos implica em menos emprego.
Thread sobre greve dos motoboys com o querido @leosiqueirabr. Todos se sensibilizam com a difícil vida dos motoboys que trabalham com aplicativos. Também apoiamos o direito de manifestarem por condições melhor Porém, não é sindicalizando que conseguirão. Entenda
Segue o fio 1/n
Primeira coisa é entender como são determinados os salários de uma economia. A ideia de que a luta de classes, e a briga de sindicatos melhoram a renda de uma classe não encontra evidência nos dados.
Será que um engenheiro do Google ganha mais do que um caixa de supermercado porque o sindicato dele é melhor? Com certeza não.
Por que devemos olhar privatizações? Segue o fio
O Brasil, nos três níveis, união, estados e municípios, tem cento e trinta e oito estatais. São mais empresas do que possuem França, Reino unido, Itália e Espanha juntas.
O Reino unido possui trinta e três, Itália: trinta e uma a França trinta e a Espanha, quinze.
falar de privatizar aqui no Brasil é como falar palavrão. Não que seja novidade., privatizações importantes já foram feitas.
A Embraer, fabricante de aviões, as siderúrgicas CSN e Usiminas, a Vale, Banespa, além de várias companhias telefônicas, eram todas estatais.
Na França, empresas importantes são ex-estatais: Air France, os bancos Paribas e Société Générale e a montadora Renault são exemplos.