Só se sente saudade em português? Falamos sobre como uma língua pode moldar as sensações 👇
"A experiência de um coletivo faz a língua. A partir do momento em que é minha experiência, a língua reflete como eu vejo o mundo, como eu penso e me comporto. É uma relação dinâmica. Não há como saber quem vem primeiro", diz Ana Suelly Cabral, professora da UnB
As línguas indígenas podem ser tão diferentes entre si quanto são o português do inglês (cujas origens são diferentes) ou o francês do espanhol (que têm em comum a raiz latina), dependendo de onde se desenvolveram.
Sim, as redes cerebrais são semelhantes em todas as culturas. Quem confirma é a neurocientista Carla Tieppo. No entanto, muito do nosso desenvolvimento e relação com o mundo vem do aprendizado de uma língua.
"Nós só temos a capacidade cognitiva que temos, e só conseguimos formular hipóteses sobre a passagem do tempo apoiados nos recursos linguísticos. A linguagem proporciona ao funcionamento cerebral os recursos semânticos que são fundamentais para que a gente aproxime conceitos"
As palavras que usamos e a forma com que as dispomos nas frases têm tudo a ver com o jeito como enxergamos o mundo. "Há línguas indígenas em que não existe uma classe de adjetivos. O que preenche essa função é a combinação de um nome com outro nome", exemplifica Cabral, da UnB
"Línguas como o português têm passado, presente e futuro. Há línguas que têm passado e não passado, futuro e não futuro. Há diferença morfológica, não cognitiva", explica Muller. "Quanto isso influencia nossa percepção é outra questão"
É praticamente impossível provar ou mesmo especular que os seres humanos sintam coisas diferentes por causa de seus idiomas. Você já deve ter escutado, por exemplo, que a palavra "saudade" só existe em português — tem quem discorde.
Mas será mesmo que dá para dizer que falantes de outras línguas não sentem a mesma coisa que nós, só porque usam jeitos diferentes de expressar? Os franceses, por exemplo, dizem "tu me manques". Os ingleses e norte-americanos dizem que sentem falta do outro: I miss you
Entre ações cidadãs em defesa da democracia e manipulação eletrônica capitaneada por oligarquias e governos, o hacktivismo é hoje uma das grandes forças sociais👀
Segue o fio para saber mais sobre esse fenômeno 🧶
Hacktivistas são, em essência, pessoas que se unem de forma voluntária e muitas vezes anônima para, segundo eles, atuar pelo bem da sociedade
No Brasil, uma das linhas hacktivistas mais fortes é a que defende a abertura de dados. Desde o início dos anos 2000, coletivos e indivíduos atuam pela transparência de governos e instituições
TAB conversou com alguns cartunistas para saber como eles têm encarado o ano de 2020, confira alguns momentos 👇
Para Dahmer, fazer charges em tempos de pandemia tornou-se, também, "trabalhar em cima do surrealismo que se apoderou do país, ter de fazer humor com coisas insanas, como pessoas que não querem tomar vacina ou que acreditam que a Terra é plana" @malvados
Laerte defende que chargistas trabalham com a realidade, "seja ela qual for". "Não existe material melhor ou pior. As charges serão boas ou ruins dependendo da cabeça que as propõe, das ideias que a povoam, das conexões que consegue estabelecer" @LaerteCoutinho1
O tom alarmista de uma doença potencialmente mortal, como a Covid-19, veio acompanhado de mensagens positivas sobre o bem danado que a pandemia está fazendo ao nosso planeta
Nas redes sociais, uma enxurrada de posts sobre o impacto ambiental da redução de veículos nas ruas e as baixas nos níveis de poluição notadas em rios e na atmosfera, ajudaram a reforçar uma hipótese repetida diversas vezes nos últimos meses: "o vírus do planeta é o ser humano"
Ancestralidade por DNA: testes da moda ignoram indígenas brasileiros
@bridgetjules traz reflexões importantes do ponto de vista genético e social. Segue o fio para entender essa questão👇
Na rede vizinha, o Instagram, posts de celebridades revelando sua ancestralidade vêm ganhando popularidade. Adquirindo o kit enviado pelo laboratório, você coleta uma pequena quantidade de saliva e devolve o material, via correios, para análise
Algum tempo depois, recebe um mapa detalhado com os países de origem de seus ancestrais. O hype desses testes trouxe à tona o debate sobre a ancestralidade indígena brasileira e um possível apagamento destes marcadores em testes comerciais
Em um bate-papo com @M_Pichonelli, Cacá Diegues fala sobre um país ainda dividido entre modernidade e atraso
Confira alguns momentos da entrevista exclusiva que ele concedeu ao TAB 👇
Entre as pessoas do grupo de risco, Cacá Diegues, se define como a mais paciente e obediente do mundo. Lava as mãos com frequência, usa máscara e mantém o distanciamento social
Entre um projeto e outro, o detentor da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras aproveita a quarentena para ler e assistir ao que estiver passando na TV. Conta que reviu Alfred Hitchcock, assistiu finalmente a "Breaking Bad" (adorou, aliás) e virou fã do youtuber @felipeneto