Na audiência no STF um representante do @Incra_oficial reafirmou que a titulação reduz o desmatamento, mas dessa vez foi além de deixou a referencia do estudo.
Uma análise mais cuidadosa desse estudo mostra que na verdade áreas regulares desmatam mais👇
O estudo mostra que o desmatamento dentro das parcelas irregulares (i.e CAR com CPF inexistente na base de títulos INCRA) é maior que nas parcelas regulares (i.e. CPF do CAR na base de títulos). 👇
Só que as regulares correspondem a só a 24% da área total dos assentamentos no Pará. Ao considerar a área desmatada em relação a área total, fica claro que proporcionalmente as áreas regulares desmatam 20% a mais que os irregulares. 👇
Portanto, como mostrado por outros estudos, a titulação estimula investimentos na forma de desmatamentos majoritariamente ilegais. Sem os devidos controles ambientais previstos em lei, a titulação acaba por aumentar o desmatamento. 👇
É significativo também que 76% das áreas dos assentamentos ainda é irregular. Áreas, inclusive, que NÃO são beneficiadas pela proposta de MP de regularização fundiária do governo que facilita somente a titulação de parcelas privadas FORA de assentamentos.
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Em um grande condomínio, um grupo de moradores baderneiros criavam problemas para todos: destruíam os jardins, jogavam lixo nas áreas comuns e música alta toda a noite. Em anos anteriores, o síndico, o porteiro e o segurança conseguiam reduzir o problema com multas e regras.
Em 2019 a baderna continuou, porém os novos administradores ao invés de repreender os bagunceiros buscava minimizar o problem: "sempre tivemos música alta aqui no condomínio, está no direito deles fazer festa também. Precisamos regularizar a baderna ao invés de proibi-la"
Os baderneiros ouviram o recado e as festas dobraram de tamanho, para desespero de todos. Enquanto o porteiro deixava entrar boiadas de novos convidados, a situação tornou-se insuportável, principalmente para os moradores mais antigos que já estavam no terreno ha gerações.
Acaba de ser publicando na Science um artigo liderado pela UFMG que identifica o desmatamento nas cadeias produtivas da soja e carne na Amazônia e Cerrado.
O estudo é inovador ao trazer soluções para a identificação automática do desmatamento potencialmente legal ou ilegal (aplicando as regras do CF), monitoramento da pecuária (fornecedores diretos e indiretos até 10 níveis de profundidade), e ligação com exportações.