Hoje, na abertura de um programa liberal que assisto, o apresentador falou que o caso do Glenn não tinha como ser censura porque o The Intercept é uma empresa e quem aplica censura é o estado.
É pura ideologia liberal e cínica a ideia de ver o Estado +
como o reino potencial ou real de toda negação da liberdade e o mercado, ou a "sociedade civil", como portador de toda virtude, e por essência, impossível de negar a liberdade, dado que as relações são contratuais, "consensuais".
essa visão, além de filosoficamente tosca, é uma brutal fuga ou negação da história. Nesse tipo de visão, a censura objetiva que os monopólios de mídia privados - não tem uma TV que defenda reforma agrária, por exemplo - é legitimada, naturalizada e apoiada.
Nova pesquisa da XP-Ipespe divulgada pelo Valor aponta que Boulos tá MUITO PRÓXIMO de ultrapassar Russomano. O cavalo paraguaio caiu de novo. Boulos subiu 4 pontos e vai a 15% (!!!). Na pesquisa espontânea, Covas tem 20% e Boulos o SEGUNDO com 13% e Russo com 12%.
Márcio França - o divulgador de pesquisa FALSA - tá caindo e praticamente empatado com Jilmar Tatto que, como até as pedras do mar sabiam, não está descolando.
França e Tatto estacionados e o primeiro em queda.
Só Guilherme Boulos pode garantir a esquerda no 2° turno de SP!
Lobos em pele de cordeiro -não existe nenhuma crítica construtiva no artigo publicado no Estadão. É o velho terror fiscalista, liberal e de toque reacionário com duas falácias de forma e vários problemas de conteúdo. A falácia de forma é pegar trechos de entrevistas e só para +
se propor a fazer um debate teórico. Oras, o esperado, para quem deseja ser honesto na crítica, é pegar o programa de Boulos e fazer um debate a partir disso. Aliado a isso, outro problema de forma, é não ouvir, não debater, com os/as economistas que estão na campanha de Boulos.
É como eu pegar uma fala de princípio político, como dizer que o transporte precisa ser mais barato, acessível e transparente na gestão, e na resposta, alguém jogar os dados brutos de custo e em seguida dizer que não pode fazer nada porque a margem de investimento é curta.
Se ainda fosse vivo, Darcy Ribeiro hoje completaria 98 anos. Um dos grandes intelectuais gerado pelo povo trabalhador do Brasil. Entre concordâncias e discordâncias, é impossível não reconhecer suas duráveis contribuições teóricas para pensar a Revolução Socialista Brasileira.
"Não é impensável que uma reordenação social se faça sem convulsão social, por via de um reformismo democrático. Mas é muitíssimo improvável neste país em que uns poucos milhares de grandes proprietários podem açambarcar a maior parte de seu território, compelindo milhões de +
trabalhadores a se urbanizarem para viver a vida famélica das favelas, por força da manutenção de umas velhas leis. Cada vez que um político nacionalista ou populista se encaminha para revisão da institucionalidade, as classes dominantes apelam para a repressão e a força"
O cinismo liberal - o Chile, usado por anos como trunfo argumentativo pelos liberais, recusou em massa a constituição liberal-fascista de Pinochet. Como era de se esperar, os liberais cínicos assumem a tática de sempre: "não foi liberal o suficiente = não foi liberal".
Essa tática ideológica é bem fácil de entender. Se coloca um ponto ideal, não tangível no mundo real, e tudo que não for o padrão ideal, não foi liberal. Assim, o Governo FHC não foi liberal, afinal, não privatizou a Petrobras;
o Governo Thatcher também não foi liberal, pois não privatizou o sistema de saúde; Ronald Reagan? Nunca foi liberal, aumentou o gasto militar como nunca etc. Desse modo, o liberalismo nunca falha e nunca falhará: o problema é sempre não ter sido "liberal o suficiente".
A Dialética entre indústria 4.0 e trabalho escravo
É aceito como uma tese normal a ideia de que a automação e o desenvolvimento científico e técnico vai acabar com os trabalhos manuais e que por isso precisamos pensar em alternativas, como um programa de renda básica universal.
Esse tipo de argumento errado do começo ao fim, como argumentei em um vídeo do meu canal (A armadilha da renda básica (universal): desemprego e luta de classes: ), carrega um pressuposto mistificador e apologista do capitalismo:
a ideia de que o progresso técnico tem uma difusão homogênea pelo globo
Cansei de argumentar que essa ideia da Inteligência Artificial e Indústria 4.0 mudando radicalmente os padrões de produção no Brasil ignorar o caráter dependente da nossa economia e o processo de circulação