A Saúde Pública pode ser privatizada. Entenda o decreto de Bolsonaro e o que está em risco. Segue o fio.
O decreto de Bolsonaro autoriza que o Ministério da Economia realize estudos sobre modelos de privatização das unidades básicas de saúde. Isso é um ataque ao coração do SUS.
Os postos de saúde resolvem 80% dos problemas de saúde da população, distribuem remédios de graça e marcam exames. São neles que está a linha de frente de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde que tratam diabetes, hipertensão e outros cuidados básicos.
O Governo não pode acabar diretamente com a gratuidade do SUS, mas ele come pelas beiradas: o decreto concede a gestão da grana a empresários e prevê a entrega de postos de saúde à iniciativa privada. Isso fica nas mãos de quem? Paulo Guedes, o maior privateiro da República.
O que acontece na prática com o decreto? O dono do posto de saúde passa a ser uma empresa. Pode ser um plano de saúde, algum fundo de investimento ou mesmo os picaretas dos hospitais de campanha superfaturados do Rio.
Qual é a consequência da privatização da saúde? Piora no atendimento à população, consultas “vapt-vupt” sem atenção ao paciente, dificuldade de acesso a exames de rotina e filas maiores.
Os mesmos operadores privados da saúde que administram os planos de saúde vão passar a gerir os postos públicos, ficar com a grana do orçamento, precarizar o serviço e com isso empurrar a população para os planos de saúde privados.
É a ganância do mercado financeiro de olho no orçamento da Saúde Pública. Bolsonaro e Guedes não aceitam o SUS, uma das maiores conquistas do povo brasileiro. Saúde pública é direito de todos. É obrigação do Estado.
O governo justifica a medida pra atrair “investimentos privados” na construção de hospitais e postos. Não precisamos de novos prédios superfaturados. Precisamos de serviços que funcionem! Só teremos isso com o fortalecimento cada vez maior do SUS e dos postos de Saúde PÚBLICOS.
DEFENDAM O SUS!
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Bolsonaro disse que não tem mais corrupção no governo dele. Mente que nem sente! Vamos mostrar alguns casos relacionados a suspeita de corrupção em seu governo. Siga o fio.
Bolsonaro é suspeito de interferir na Polícia Federal do Rio de Janeiro para proteger sua família e aliados de investigações. Isso é crime de corrupção passiva privilegiada, advocacia administrativa, obstrução de Justiça, falsidade ideológica e coação no curso do processo.
Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação, é investigado por corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa. Sua empresa atende emissoras que recebem verba da sua secretaria. No governo Bolsonaro, essas emissoras receberam mais dinheiro, mesmo com menos audiência.
É verdade que o serviço público pode e tem que melhorar, mas esse não é o objetivo da reforma administrativa do Bolsonaro. Siga o fio e entenda o que está em jogo.
A proposta de Bolsonaro atinge funcionários que garantem serviços públicos essenciais à sociedade. A maioria trabalha muito e ganha pouco, como professores e profissionais da Saúde. Isso afeta não só os trabalhadores, mas toda população que depende da Educação e Saúde pública.
Bolsonaro não mexeu nos privilégios da elite dos servidores, como militares, juízes, magistrados e procuradores. Ou seja, a reforma não vai economizar gastos porque não atinge quem ganha mais. Muito pelo contrário: quem pagará a conta é quem ganha menos.