𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝟏 𝐃𝐄 𝟏𝟗𝟖𝟎 📸

O primeiro título da @WilliamsRacing na @F1 com ALAN JONES! 🇦🇺

𝐀 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐀𝐃!
A temporada de 1980 viu a escuderia Williams como a mais forte dentre as 14 equipes da categoria.

A equipe de Sr Frank Williams estava apenas na sua 4ª temporada na categoria, porém dominou toda a temporada com um carro confiável e consideravelmente rápido.
O único piloto que teve chances contra o poderoso carro da Williams e seu pilotos, até o final do campeonato, foi o brasileiro Nelson Piquet.

Que além de projetar sua própria Brabham, usava sua arma mais eficiente além da habilidade: a regularidade.
Entretanto, na primeira parte do campeonato, quem andava disputando a ponta com a Williams era a Ligier, que naquela temporada estava com um carro competitivo.

Porém, pouco confiável, e uma boa maré de azar: 10 abandonos.
Juntando Reutemann, Piquet e Jones, foram só 9 DNFs.
A 1ª etapa da temporada, na Argentina deixou claro que a Ferrari, que havia dominado em 1979, estaria fora da disputa pelo título naquele ano.

Alan Jones da Williams, pole-position, dominou a corrida (rodando 2x) e venceu de ponta a ponta. Piquet e Keke fecharam o pódio.
Gilles com a Ferrari e Reutemann de Williams, que vinham andando bem até, abandonaram.

Gilles, bateu.
Reutemann, motor.
No longo circuito de Interlagos, a chuva embaralhou todo o grid de largada e Jones largou apenas de 10º;

Jean Pierre Jabouille da Renault, com motores turbos já, ficou com a pole-position. Mas quem ganhou foi o outro da Renault, René Arnoux.
Jones que fez corrida de recuperação, terminou em 3º.

Piquet e Fittipaldi correndo em casa, Nelson abandonou com problemas na suspensão e Fittipaldi terminou em 15º 2 voltas atrás.
Na corrida da África, a dupla da Renault voltou a dominar a classificação e Jabouille novamente fez a pole-position, mas de novo abandonou.

Pareceu a corrida passada, Arnoux vence, porém dessa vez, pódio duplo da Ligier, e Jones abandonou com problemas no câmbio. Piquet P4.
Com isso, Arnoux assume a ponta do campeonato, e é cotado como favorito ao título.

Mas já na próxima etapa, no circuito de rua de Long Beach, as coisas mudariam drasticamente.
Primeiro Grande Prêmio de rua da temporada deu chance aos pilotos de equipes pequenas.

Nelson Piquet foi pole e venceu a corrida de ponta a ponta, quase 50s à frente de Patrese, 2° colocado com a Arrows. Contando ainda com um pódio inusitado de Fittipaldi!
Os 2 pilotos da Williams abandonaram a prova e os 2 pilotos da Renault ficaram fora da zona de pontuação.

Com sua primeira vitória na Fórmula 1, Piquet empatou com Arnoux no número de pontos e mesmo sem ter um carro forte passou a ser considerado um forte candidato ao título.
Em Zolder, na Bélgica, Alan Jones finalmente voltou a andar bem e fez a pole.

A Williams com o novo motor Ford se mostrava novamente a equipe mais rápida do grid e a partir de então a confiabilidade do carro já não seria mais um problema.
Jones e Reutemann dominaram a corrida, mas com problemas de pneus no fim da prova nenhum deles venceu. KKKKKK

A vitória ficou com o piloto da Ligier, Didier Pironi, mostrando o equilibrado do início de temporada. Jones cruzou em 2° e Reutemann em 3°
Fora do pódio Arnoux recuperou a liderança do campeonato, mas admitiu que seria questão de tempo para ser ultrapassado por Alan Jones.

Piquet abandonou na volta 37.
Nas ruas de Mônaco, Didier Pironi foi o único que conseguiu superá-los na classificação e fazer a pole-position. Porém abandonou na volta 54 e a vitória ficou com a Williams de Carlos Reutemann. Depois de um erro de Pironi na curva do Casino.
Alan Jones havia abandonado com problemas no diferencial.

Jacques Laffite da Ligier foi o 2° e Nelson Piquet da Brabham o 3°. Após abandonar René Arnoux admitiu depois da corrida que estava fora da briga pelo título daquele ano.
De volta aos circuitos de alta velocidade, na França, nada pôde deter a Williams de Alan Jones, mesmo largando em 4° ele ultrapassou os pilotos da Ligier e René Arnoux, e conquistou sua 2ª vitória na temporada, re-assumindo a liderança do campeonato.
Quase uma volta atrás, Nelson Piquet P4, René Arnoux P5 e Carlos Reutemann P6 davam indícios de que já não eram mais páreos para Alan Jones.

Mas Piquet determinado ainda insistia que teria chances de título.
Então vamos nos situar, tendo em vista metade do campeonato já corrido.

Alan Jones 🇦🇺 28 pts 📸
Nelson Piquet 🇧🇷 25 pts
Carlos Reutemann 🇦🇷 19 pts
Correndo em casa, etapa em Brands Hatch, Williams contou com um pouco de sorte. A classificação foi dominada pela Ligier, mas ambos pilotos abandonaram com problemas de pneus.

Sem dificuldades Alan Jones venceu pela 3ª vez na temporada.
Com muito sacrifício Nelson Piquet conseguiu impedir a dobradinha da equipe e cruzou em 2° à frente de Carlos Reutemann, 3° colocado.
Hockenheim, o circuito mais rápido da temporada, pole-position da Williams de Alan Jones.

Mas com problemas de pneus no final da prova acabou perdendo a vitória, que ficou fácil para Jacques Laffite da Ligier, Carlos Reutemann foi o 2° e Jones terminou em 3°. Piquet foi P4.
A Renault até andou muito bem, disputando a ponta com Williams e Ligier no começo até metade da prova.

Mas os dois abandonaram com problemas no motor turbo da Renault, e esse foi o motivo da Renault não conseguir se manter nas cabeças durante a temporada.
Na Áustria, apesar das dificuldades com seu motor turbo, a Renault andou bem e ficou com a primeira fila do grid. René Arnoux fez sua última tentativa na luta pelo campeonato.

Mas acabou tendo problemas e terminando apenas em 9°, dando adeus de vez ao título daquele ano.
A vitória ficou com o seu companheiro de equipe, Jean Pierre Jabouille.

Em 2° Alan Jones comemorava a disparada na liderança do campeonato, abrindo 11 pontos para o vice-líder Nelson Piquet que foi P5, motor Ford-Cosworth na Brabham não era tão eficiente em circuitos velozes.
Na Holanda, Nelson Piquet contou com a sorte para continuar sonhando com o título.

O piloto brasileiro largou em 5°, atrás de Renault e Williams, ultrapassou ambos e celebrou sua 2ª vitória na categoria e na temporada.
Com pane seca nas últimas voltas, Alan Jones terminou apenas em 11° e a distancia no campeonato para Piquet caia para apenas 2 pontos.
No único GP da Itália em Ímola na história da F1 (Depois seria chamado de GP de San Marino)

Nelson Piquet teve uma das vitória mais comemoradas de sua carreira. O piloto brasileiro repetiu a 5ª colocação no grid de largada, dessa vez na frente de Alan Jones.
Reutemann largou em 3° teve problemas na largada e caiu pra trás. Giacomelli largou em 4° com a Alfa Romeo e abandonou na volta 5.

Piquet só teve que esperar as Renault terem problemas de pneus pra assumir a ponta. Jones foi P2, quase 30s atrás. Reutemann se recuperou e foi P3
Piquet assumiu a ponta do campeonato faltando duas provas pro fim.

A Williams também tinha motivos para comemorar, com o P3 de Carlos Reutemann, a escuderia de Sr Frank Williams já ganhava matematicamente o seu primeiro título de construtores.
Quando a F1 chegou ao Canadá, para a disputa da penúltima etapa da temporada de 1980, a tabela apontava Nelson Piquet, da Brabham, com 54 pontos e Alan Jones, da Williams, com 53.

Piquet vinha embalado por duas vitórias seguidas nos GPs da Holanda e da Itália como mencionado.
Toda vez que se fala em acidentes em decisões de título, a primeira lembrança é entre Senna e Prost em 1989 e 1990. Ou Schumacher que jogou o carro em cima de Hill e Villeneuve em 94 e 97, respectivamente.

Mas o primeiro episódio do gênero aconteceu entre Jones e Piquet.
Pelo regulamento, somente Jones poderia ser campeão por antecipação já em Montreal: contavam os 5 resultados das 7 corridas de cada 1/2 da temporada. Piquet pontuou 5 vezes desde o GP da Inglaterra e caso vencesse no Canadá, jogaria fora os dois pontos obtidos na etapa da Áustria
Jones, por sua vez, precisava vencer na ilha de Notre-Dame e torcer para que Piquet terminasse de P5 para baixo.

Isso era pouco provável, porque o brasileiro vivia sua melhor fase no campeonato. Pole de Nelson Piquet.
Os dois largam lado a lado, Jones vem pra dentro, deixando pouco espaço para Piquet com o muro, causando um toque.

O toque entre ambos causou uma enorme confusão no resto do grid e outros sete pilotos foram envolvidos no acidente.
De forma inexplicável, os mecânicos da Brabham, não trocaram o motor de treino que estava instalado no carro reserva de Piquet. Descuido puro.

Motor de treino: propulsor regulado para dar o máximo de potência mas sem a confiabilidade necessária para uma corrida de 70 voltas.
Na relargada, Pironi queimou a largada, e tomou a liderança, seguido por Jones e Piquet. Logo depois, Jones assume o P1. Mas Nelson era o mais rápido da pista, passou por Pironi na 2ª volta e por Jones na 2ª. Rapidamente, o brasileiro despachou os adversários e começou a abrir.
Tudo indicava uma vitória de Piquet, mas o motor Ford-Cosworth da Brabham explodiu na volta 23.

Pironi deixou Jones para trás na volta 44 e passou a imprimir um ritmo violentíssimo, enquanto o australiano, ciente da punição ao rival, passou a poupar o carro.
Desse modo, Jones herdou a posição e venceu o GP do Canadá.

P2 para Reutemann. Com uma tocada selvagem, Pironi ainda terminou num excepcional terceiro lugar, 19s atrás de Jones.
Há controvérsias de que, o líder dos mecânicos da Brabham, Alastair Cadwell, por descuido mesmo, não ordenou a troca de motor de treino para o motor de corrida no carro reserva de Piquet no Canadá.

O que poderia ter feito o título ainda ser possível para Piquet.
A última prova da temporada, nos EUA, Giacomelli e Nelson Piquet largaram na primeira fila e ambos abandonaram a corrida. Alan Jones largou em 5°, ultrapassou De Angelis da Lotus e nas últimas voltas passou Reutemann, conquistou a vitória sem dificuldades e o título de pilotos .
Um clima estranho pairava no paddock. E quem acabou por dissolver a polêmica foi Piquet: “Não tenho do que reclamar. Venci três corridas, terminei vice-campeão e serei um forte candidato ano que vem”.

A fala de Piquet foi profética.
Alan Jones e a Williams se sagravam campeão mundial na Fórmula 1. Ele é o único, além de Brabham, a ganhar o Mundial pela Austrália.

A partir dali, sobre a Williams, o resto é história, ainda conquistaria mais 8 títulos de construtores, e seria campeã de pilotos mais 6x.
FIM DA THREAD! 🏁

Queria agradecer o @Felipemmeira e o @SchumiDepre que me ajudaram com algumas informações sobre o assunto.

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