Após 7 anos no @TheIntercept (4 no @TheInterceptBr) chegou a hora de novas aventuras! Ainda escreverei para o site nos EUA e busco projetos interessantes tb (DMs abertas!). Pedi demissão há 1 mês e 13 de nov é meu último dia! Aqui uma retrospectiva de coisas bacanas nesse tempo👇
Voltei pro Brasil em 2013 para trabalhar em uma startup de jornalismo tão jovem que atendia pelo nome temporário de "NewCo News". Tudo que eu sabia era que estava sendo bancado por Pierre Omidyar e os co-fundadores estavam mergulhados até o pescoço nas revelações de Snowden.
Pousei no meio de uma tempestade global. Tínhamos muitas ambições, pouca equipe e tudo andava rapidão. Literalmente, no meu 1º dia eu estava negociando parcerias com grandes veículos internacionais. E logo estava mergulhando no arquivo e fazendo um milhão de outras coisas.
Houve um treinamento intensivo de comunicações criptografadas e muita preocupação—bem fundamentada—de que estávamos sendo vigiados por espiões. Nos primeiros 6 meses, 2 dos fundadores nem mesmo viajaram para os EUA devido à chance real de serem presos. Foi tenso!
Eu estava em Washington DC, trabalhando como produtor de notícias na @NPR e produtor de vídeo na @pplstv. O acordo era que eu trabalharia com Glenn e, quando as coisas se acalmassem, eu seria transferido para um papel de repórter em tempo integral.
Meu foco era o jornalismo, mas vi aquela como a melhor oferta possível, pois me deu a chance de observar e participar do funcionamento interno de processos fascinantes que estavam acontecendo ao mesmo tempo—e que mudariam a historia do jornalismo. (Obg @tkbarnes por me indicar.)
Além de reportar, pude aprimorar habilidades em negociação de contratos, gestão de parcerias, RP, gestão de crise, planejamento estratégico, política interna, contratação, mídia social, desenvolvimento de produto, construção de marca e mais. Tudo estava sendo levantado do zero.
Tudo relacionado a @Snowden estava sob ataque do gov dos EUA, seus aliados e amigos na mídia. Foi revelador ver com que frequência repórteres de grandes veículos erraram fatos básicos (seja por distorção intencional ou pressa para publicar). Tantas lições úteis para depois.
No início, colegas de vários países vieram ao Rio para trabalhar no arquivo. Debates intensos aconteciam diariamente sobre os meandros de matérias específicas e como esta nova organização de notícias deveria ser. Era fascinante e cada detalhe parecia extremamente importante.
Por estar no Rio, tive acesso privilegiado ao arquivo do Snowden, com o qual colegas em NY e DC apenas sonhavam e trabalhei muitas horas extras para mergulhar no complexo funcionamento da máquina ultrassecreta de espionagem global dos EUA e ler cada reportagem sobre aquilo.
Eu precisava correr para chegar ao nível de colegas brilhantes como @ryangallagher, @jeremyscahill, @coracurrier, @rdevro, @margotwilliams, @ryantate, @LilianaSegura, @micahflee e outros que passaram anos cobrindo tecnologia, segurança nacional, espionagem digital e política.
Contribuí com pesquisas e/ou reportagem em matérias sobre: A caça da NSA a Osama Bin Laden (@coracurrier e @margotwilliams) theintercept.com/2015/05/21/nsa…
As tentativas ultrassecretas da CIA de quebrar a criptografia da Apple (@jeremyscahill e @joshbegley) theintercept.com/2015/03/10/isp…
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Expusemos falhas do programa Skynet da NSA, que usava algoritmos para identificar "terroristas", mas acabou tendo como alvo o jornalista da Al Jazeera Ahmad Muaffaq Zaidan, a quem eles falsamente rotularam como membro da Al Qaeda. (com @coracurrier) theintercept.com/2015/05/08/u-s…
Liderei a cobertura que vai desde a campanha de "truques sujos" da agência de espionagem 🇬🇧 GCHQ e operações cibernéticas contra a Argentina para influenciar a opinião popular latino-americana a favor da soberania britânica sobre as Ilhas Malvinas… theintercept.com/2015/04/02/gch…
Ao polêmico trabalho de psicólogos dentro da divisão de "psyops" do GCHQ, que visava "desacreditar", "promover "desconfiança", "dissuadir", "enganar", "interromper", "atrasar", "negar", "denegrir/degradar" e “deter” seus inimigos… theintercept.com/2015/08/07/psy…
Esforços para hackear softwares antivírus populares, como Kaspersky… theintercept.com/2015/06/22/nsa…
E a "mina de ouro" de vigilância da NSA na Venezuela e na estatal petrolífera PdVSA. theintercept.com/2015/11/18/ove…
Este trabalho foi mais útil do que qualquer mestrado. Aprimorei habilidades como jornalista e agucei minhas visões políticas, reafirmando minha inclinação para desconfiar do poder. Passei anos em Washington, onde insiders olham com desprezo para os críticos; aqui era o oposto.
Se alguém poderoso no gov dissesse que vc estava errado ou mentindo, em vez de ter que dizer "sim, senhor" para não ofender os deuses da “isenção jornalística" e da "neutralidade", vc poderia argumentar e explicar pq eram eles que estavam mentindo. É muito mais divertido assim!
Além do trampo com o arquivo Snowden, também fui coautor do 1º artigo do Intercept sobre o Brasil. No final de 2014, soamos o alarme sobre Jair Bolsonaro, chamando-o de "o representante eleito mais misógino e odioso do mundo democrático". (E não é vdd?) theintercept.com/2014/12/11/mis…
E, em 2016, escrevi a primeira matéria do Intercept a ser publicada em português, uma das muitas, muitas mais por vir (e definitivamente não a última a irritar profundamente um político brasileiro). theintercept.com/2016/01/09/jea…
Em março de 2016, estava pensando em pedir transferência para NY quando algo inacreditável aconteceu. Eu co-escrevi e editei uma série de análises sobre o impeachment iminente de @dilmabr e simplesmente…bombou. Em um mês, 15% da audiência do TI no Facebook era do Brasil.
Fomos inundados com centenas de emails e msgs pedindo que o Intercept abrisse um escritório no Brasil para ser contraponto à imprensa local hegemônica que estava apoiando ativamente o golpe brando que abriria portas para o inferno e eventualmente levaria a eleição de Bolsonaro.
Abrir um escritório brasileiro seria uma atitude incomum, mas a editora-chefe do TI @betsyreed2 imediatamente reconheceu a oportunidade e apoiou a ideia.
Contratamos @cecillia para ajudar a mapear o cenário, descobrir talentos e ajudar a montar a proposta em abril. Entregamos o plano e orçamento no início de junho. A proposta ganhou sinal verde no final de junho.
Lançamos 2 de agosto. Esse prazo foi INSANO, mas queríamos estar no ar para as Olimpíadas do Rio e pegar o fim do impeachment. Tínhamos apenas 1 mês para contratar uma equipe, construir um site e começar a produzir conteúdo regular
Betsy e Glenn me convidaram para ser editor geral. Concordamos desde o início que precisávamos de um editor executivo brasileiro, mas não valia a pena nos apressar em contratar alguém que não cabia bem. Até então, eu tocava o barco sob a supervisão deles. politico.com/media/story/20…
Os primeiros dias foram muito difíceis! Mas conseguimos realizar um trabalho sólido, apesar de sermos uma equipe de apenas 9 pessoas com um orçamento apertado. No início, literalmente, trabalhávamos em uma garagem na sede do @TVZero que Roberto Berliner gentilmente nos emprestou.
Publicamos este furo do @LucasFigueiredo em dezembro de 2016 revelando o enorme banco de dados da ABIN que estava sendo usado para rastrear movimentos sociais, o que levou a um inquérito no Congresso. theintercept.com/2016/12/05/abi…
E esta série de @mauriciotorres & Sue Branford narrando a destruição da Amazônia e que levou o MPF a exigir uma indenização de R$10 milhões para os Munduruku após uma operação sanguinária da PF. (Em parceria com a @mongabay e ajuda de edição de @RebzLerer) theintercept.com/series/tapajos…
E revelamos evidências de que lobistas fantasmas escreveram partes importantes da reforma trabalhista, que reduziu os direitos dos trabalhadores. (por Alline Magalhães, @_brenocosta_, Lúcio Lambranho e Reinaldo Chaves) theintercept.com/2017/04/26/lob…
Em 2017, @cecillia e eu seguimos Bolsonaro em um evento na Flórida e fizemos este vídeo, agora icônico, dele prestando continência à bandeira 🇺🇸 enquanto a multidão eufórica o aplaudia e gritava "USA!". Haddad até o usou em anúncios de campanha de 2018. theintercept.com/2017/10/10/jai…
Com esses sucessos e o enorme crescimento nas redes, conseguimos a grana para mais equipe, projetos mais ambiciosos e um escritório maior em 2018. E contratamos @demori @tatikmd @rafaelmmartins @paulabianchi @joaobrizzzi @delarabru @aassissouza @AraujoZev @caxorrosurfista e mais.
O sucesso do TIB sempre foi impulsionado pelo público, que se identificou com nossa missão e compartilhou nosso trabalho quando grandes veículos "esqueciam" de nos creditar. Fomos incisivos sem comprometer qualidade, de forma que os outros não se sentiam confortáveis ​​em fazer.
Então, em 2018, quando @prolegomenos veio nos ajudar a arrecadar R$90 mil para nossa cobertura eleitoral, todos com quem falamos disseram que era impossível, mas eu tive fé. Acabamos 35% acima da meta: a maior campanha da história do jornalismo brasileiro.
Poucos meses depois, lançamos uma campanha recorrente com meta de R$20 mil/mês em 2 meses. Novamente, pessoas experientes na área disseram que nunca chegaríamos lá. Em 6 semanas, tínhamos R$46 mil.
E no mês passado tínhamos chegado a R$300 mil — a maior campanha de adesão do país! Foi muito divertido supervisionar este projeto. Aprendi muito com @thekatemyers, @prolegomenos, Michael Sherrard, @michaelwhitney e @miccohen. catarse.me/intercept
Em 2019, tivemos a oportunidade para a qual estávamos nos preparando desde o primeiro dia: um vazamento massivo que abalaria as bases do poder. A série se chamava #VazaJato — o furo mais importante de anos no jornalismo brasileiro. theintercept.com/series/secret-…
Aqui estão algumas das minhas matérias favoritas da série:
1) Revela promotores implementando sua própria política externa independente, vazando informações para políticos da oposição na Venezuela, com o intuito de influenciar as eleições. theintercept.com/2019/07/07/lav…
2) Mostra como Deltan fazia palestras secretas para banqueiros e investidores meses antes da eleição de 2018 e ajudou a escrever a nota de sua defesa da Associação Nacional de Procuradores da República após seus discursos se tornaram um problema no MPF. theintercept.com/2019/07/26/del…
3) Demonstra como a Lava Jato era subserviente aos interesses dos EUA e até mesmo ocultava essa colaboração do governo brasileiro. Nossa série sobre isso, feito com @nataliaviana e @agenciapublica, acaba de ganhar o @premioherzog! 🎉 theintercept.com/2020/03/12/lav…
A #VazaJato foi um grande sucesso em termos de resposta do público mundial e impacto político. Conseguimos usar as próprias palavras da Lava Jato para reescrever a narrativa sobre seu comportamento escandaloso. Também compartilhamos o arquivo com outros veículos—uma prática rara!
Como resultado, novos assinantes chegaram ao site e fomos capazes de nos mudar para um escritório ainda maior e contratar mais. Agora @sukitabr, @Samantadocarmo, @amandajungles e @peterkino fazem parte da equipe.
Há duas semanas, lançamos independentemente o livro da #VazaJato, que tem sido um sucesso de vendas e ajudará o TIB a pagar por cada vez mais reportagens originais. livrovazajato.com.br
Sempre disse a colegas que meu objetivo era levar o TIB a um ponto em que pudesse sobreviver a mim. Hoje, estou confiante de que vai sim. Construímos uma marca diferenciada, uma equipe de jornalistas qualificados, finanças e operações sólidas e 2,7 milhões de seguidores nas redes
Ao longo deste thread, usei "nós" porque cada sucesso e fracasso foi um esforço de equipe. Sem advogados, admins, designers, editores, devs, produtores, etc. competentes, nem uma única reportagem é publicada. Sem repórteres, não temos histórias para contar!
Minha função nestes 4 anos tem sido, às vezes, botar mão na massa em todas essas áreas, garantindo que estamos trabalhando para um objetivo comum e sempre procurando por algo que possamos fazer melhor. Sempre que conseguia tempo, escrevia minhas próprias matérias em EN e PT.
Editei e escrevi matérias e contratos (não conte aos nossos advs), montei móveis, dei palestras em conferências internacionais, criei orçamentos, discuti com todos que precisavam mudar de ideia, filmei, veiculei anúncios do Fb, recrutei gente — fiz tudo o que precisava ser feito.
Não vou fazer uma lista de agradecimentos, porque inevitavelmente vou esquecer alguém, mas você sabe quem você é nessa história. A todos e todas que já se dedicaram a este projeto, muito obrigado!
Ok, uma exceção: um ENORME obrigado a @betsyreed2 por acreditar no TIB e em mim e por todo o apoio, orientação e PACIÊNCIA ao longo do caminho. Você me ensinou muito. Sua maturidade e sabedoria nos salvaram tantas vezes.
Por enquanto é isso! Meu último dia no Intercept é 13 de nov. Se vc quiser entrar em contato, estou em AndrewDFishman@gmail.com. Provavelmente vou me desconectar por alguns meses e recarregar as baterias, mas estarei de volta para anunciar novos projetos e ideias em breve. Bjos!
Obs. ÚLTIMO COMENTÁRIO: obrigado à equipe do @TheInterceptBr por me enviar esses queijos de despedida ontem. Gostoso demais! 🥰

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After 7 years at @TheIntercept (4 at @TheInterceptBr), I decided a month ago that it's time to shake things up! Nov 13 is my last day. I'll still write for TI US & am also considering exciting new projects (DMs open). Let's stop to appreciate some of our amazing accomplishments👇
I moved back to Brazil in 2013 for a job w/ a journalism startup so young that it went by the temp name "NewCo News." All I knew was that it was being funded by @Pierre Omidyar & the co-founders were neck deep in the Snowden revelations, which were in full swing at the time.
I landed in the middle of a global firestorm. We were long on ambitions, short on staff, and moving fast as hell. On literally my 1st day I was negotiating partnerships w/ major int'l news outlets. And was soon diving into the archive for research & doing a million other things.
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