A situação que estamos vendo no Amapá é muito crítica! Um problema nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes deixou quase 90% dos moradores do estado sem energia elétrica desde terça-feira.
Nossas favelas e periferias cariocas sofrem historicamente com serviços precários, abastecimento irregular de água, rede elétrica instável (quando existe) e coleta de lixo extremamente ineficaz.
Diante da situação no Amapá, precisamos nos solidarizar e somarmos às vozes que estão denunciando essa condição precária a qual as famílias estão expostas.
Em plena pandemia, a falta de água, de comida e energia coloca essas famílias em condição de extrema vulnerabilidade. Se o acesso restrito aos serviços de saúde pública já era uma barreira aos cuidados, agora os hospitais e clínicas não têm o básico para manter suas atividades.
Durante os primeiros meses da pandemia, a Defensoria Pública do estado do Rio recebeu 550 denúncias de falta de água permanente ou regular em 143 lugares entre favelas e bairros de quatorze municípios. Na Providência, como exemplo, centenas de casas ficaram sem água por semanas.
Nossa articulação popular, movimentos de favelas e entidades foram essenciais para garantir o acesso a água, incidindo nas esferas da justiça e junto à CEDAE.
Nós denunciamos o racismo ambiental que precariza nossas vidas e, na pandemia, fez os índices de letalidade nas favelas chegar a 29%!
Essa é uma taxa gritante! Se nas favelas do Rio a taxa é de 29%, na cidade é de 10,7%. Para termos uma ideia do que isso significa, a taxa de letalidade do Brasil é de apenas 3,7%, compatível com a taxa mundial, de 3,3%.
Toda nossa solidariedade aos moradores do Amapá! Nós nos reconhecemos no sofrimento causado por essa situação crítica e estamos juntos. É um absurdo que, em meio à pandemia, ainda não tenhamos uma solução para esse quadro gravíssimo.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Precisamos conversar sobre nossos homens negros, sobre as masculinidades negras. Na nossa sociedade, a masculinidade é construção social sustentada por uma noção de força, virilidade, independência, autonomia e sobretudo relações de dominação.
A masculinidade foi constituída sobre as bases do homem branco europeu das classes altas, um modelo falido que precisa ser desconstruído para pensarmos novas masculinidades.
As reflexões feministas tem apontado a necessidade de repensar as relações de gênero e consequentemente desconstruir a masculinidade toxica.
Você já parou pra pensar sobre o uso do seu tempo diário? Quanto do seu tempo é para cuidar da casa, das crias, dos idosos, das pessoas com deficiência física e mental?
O fortalecimento da rede de apoio às mulheres é um compromisso meu! Vamos juntas! 🧶👇🏿
O que você deixa de fazer por conta da sobrecarga desses cuidados? Você parou para pensar que, por mais que eles envolvam afetos, também possuem um custo?
Existe uma grande desigualdade na responsabilidade dessas tarefas que são subestimadas e desvalorizadas.
As mulheres, sobretudo nós pretas, estão na linha de frente desses cuidados.
Para as que são remuneradas por esses trabalhos, como domésticas, cuidadoras e babás, as condições de trabalho são muitas vezes precárias.
A raiva e a indignação não passam, pois o patriarcado não permite que nós, mulheres, Marinas, tenhamos um minuto sequer de descanso. Recebi a notícia de mais uma mulher assassinada.
Marina Kohler Harkot, além de jovem pesquisadora dedica à mobilidade ativa e aos marcadores do gênero na cidade, tinha o cicloativismo como prática cotidiana. Por seu comprometimento com a mobilidade urbana consciente e sustentável, nos encontramos em algumas oportunidades.
As nossas cidades foram moldadas para atender ao transporte automotivo, individual e privado: o carro. Respondendo a estímulos econômicos e despidas de preocupações com a qualidade do espaço urbano, nossas cidades excluem aqueles que não se encaixam em seu modelo rodoviarista.
Hoje é o dia mundial do Urbanismo. A definição dessa data teve como propósito celebrar e difundir a importância do urbanismo. Nós, arquitetos e urbanistas, que nos dedicamos a pensar e produzir cidades, precisamos fazer dela um momento de reflexão crítica.
Que cidade estamos produzindo, para quê e para quem?
Vivemos em um país erguido pela escravização de povos originários e de milhares de pessoas trazidas a força de África. Mais da metade da população brasileira descende de africanos e africanas.
Mas nas nossas cidades, paisagens e narrativas, povos negros são silenciados e invisibilizados.
Na madrugada de sexta pra sábado troquei um pouco com o @felipeneto sobre frente ampla e acho que precisamos aprofundar nesse tema. E o principal motivo é que sonho em construir uma frente ampla no Brasil, que tenha capacidade de não só governar mas ser maioria no congresso!🧶👇🏿
Pra começar, vamos falar do congresso mesmo. Hoje temos mais de 30 partidos no Brasil. Todos eles, pra receber o fundo eleitoral e tempo de TV, precisam passar da cláusula de barreira - e eleger, até 2030, 15 deputados com 3% dos votos em 1/3 dos estados e 2% dos votos em cada.
Essa regra começou em 2018 e tem transições até 2030, então o número por enquanto é mais baixo que esse, mas segue sendo difícil. Agora... o que isso tem a ver com as eleições municipais? As eleições municipais influenciam muito nas eleições estaduais e federal. Como? Vamos lá:
Precisamos falar do financiamento das candidaturas: Temos pouco dinheiro para a campanha. Precisamos arrecadar. 👇🏿👇🏿
Conseguimos alguma estrutura? Sim, já conseguimos alguma coisa. Mas não é o suficiente. Ainda estamos sem material, o espaço que conseguimos mal tem onde sentar.
Nossa equipe precisa ser mais bem remunerada, precisamos deles para chegar nas pessoas.
Campanhas são muito caras, tem muitas demandas, e o modelo antigo - com financiamento de empresas - fez com que os valores subissem muito. Está melhorando aos poucos, mas ainda não chegamos lá.