Foram 45 dias intensos de uma campanha totalmente nova e desafiadora. Foram incontáveis militantes nas ruas e nas redes discutindo política, levando uma proposta de renovação e de reconstrução da política a partir dos pretos e das mulheres. Foram 24.881 votos na pretinha aqui.
Foi muito trabalho, mas a partir de agora vai ser mais ainda. A confiança depositada em mim me fortalece para lutar por um Rio nosso, por um Rio do povo e para o povo. Quero vocês junto de mim nos próximos quatro anos, para juntas e juntos avançarmos esse projeto político.
Nesse período, me descobri uma tuiteira, aproveitei as possibilidades de debates enriquecedores e recebi muito carinho. Quero responder todo mundo com calma, mas já adianto: obrigada a todas e todos que me mandaram mensagens de apoio e incentivo por aqui (e nas outras redes).
Aproveito para avisar que aqui vai continuar sendo um espaço de diálogo, de discutir o Rio, de avançar nossa política popular. A construção política é constante, e eu espero que vocês continuem conversando comigo por aqui.
Meu Twitter (e todas as minhas redes!) vai estar sempre disponível: esse mandato foi conquistado na base da escuta e do diálogo, e essa vai ser minha prática política. Mais uma vez, obrigada! Vocês são incríveis.
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Agora às 22 acaba a campanha. E antes de terminar queria agradecer a vocês todos. Mas principalmente à essas duas aqui, que foram essenciais nesse processo todo e me aguentaram nos dias mais confusos e intensos. Obrigada, de verdade! Vocês são tudo! 🖤
Amanhã é 13, é 13777!
Agradeço demais a cada um e cada uma que acreditou na gente. Foi duro, mas foi incrível. Fazer campanha em plena pandemia foi um grande desafio, mas fizemos tudo que foi possível. E já deu certo. Por que independente do resultado, fizemos as pessoas pensarem a cidade.
E campanha é sobre isso. Disputar mentes e corações, mostrar que outros caminhos são possíveis. E acho que fizemos isso. Na cidade inteira! Zona oeste, norte, sul e centro. Nas favelas e no asfalto! Chegamos em lugares que não imaginava e só posso agradecer. Obrigada, de coração!
Acho muito racista o boato que as mulheres negras estão eleitas nesse 2020. É racista demais afirmar que eu, @southaferreira, @monicacunhario , @soldefato ou @andreabak_ estamos eleitas.
Por que os candidatos homens, com varios mandatos e eleições não geram esse debate?
A pergunta deveria ser "porque em 2020, ano de Kamala eleita vice, ano de estátuas derrubadas, a primeira eleição sem Marielle entre nós o burburinho é "impossível não votar em mulheres negras esse ano".
A # deveria ser eu só voto em mulher negra até esse país parar de ser racista.
Só tem uma mulher negra na Câmara de Vereadores do Rio. E de direita. Isso é o absurdo, esse é o burburinho. É uma indignidade, é racista demais.
Precisamos conversar sobre nossos homens negros, sobre as masculinidades negras. Na nossa sociedade, a masculinidade é construção social sustentada por uma noção de força, virilidade, independência, autonomia e sobretudo relações de dominação.
A masculinidade foi constituída sobre as bases do homem branco europeu das classes altas, um modelo falido que precisa ser desconstruído para pensarmos novas masculinidades.
As reflexões feministas tem apontado a necessidade de repensar as relações de gênero e consequentemente desconstruir a masculinidade toxica.
Você já parou pra pensar sobre o uso do seu tempo diário? Quanto do seu tempo é para cuidar da casa, das crias, dos idosos, das pessoas com deficiência física e mental?
O fortalecimento da rede de apoio às mulheres é um compromisso meu! Vamos juntas! 🧶👇🏿
O que você deixa de fazer por conta da sobrecarga desses cuidados? Você parou para pensar que, por mais que eles envolvam afetos, também possuem um custo?
Existe uma grande desigualdade na responsabilidade dessas tarefas que são subestimadas e desvalorizadas.
As mulheres, sobretudo nós pretas, estão na linha de frente desses cuidados.
Para as que são remuneradas por esses trabalhos, como domésticas, cuidadoras e babás, as condições de trabalho são muitas vezes precárias.
A raiva e a indignação não passam, pois o patriarcado não permite que nós, mulheres, Marinas, tenhamos um minuto sequer de descanso. Recebi a notícia de mais uma mulher assassinada.
Marina Kohler Harkot, além de jovem pesquisadora dedica à mobilidade ativa e aos marcadores do gênero na cidade, tinha o cicloativismo como prática cotidiana. Por seu comprometimento com a mobilidade urbana consciente e sustentável, nos encontramos em algumas oportunidades.
As nossas cidades foram moldadas para atender ao transporte automotivo, individual e privado: o carro. Respondendo a estímulos econômicos e despidas de preocupações com a qualidade do espaço urbano, nossas cidades excluem aqueles que não se encaixam em seu modelo rodoviarista.
Hoje é o dia mundial do Urbanismo. A definição dessa data teve como propósito celebrar e difundir a importância do urbanismo. Nós, arquitetos e urbanistas, que nos dedicamos a pensar e produzir cidades, precisamos fazer dela um momento de reflexão crítica.
Que cidade estamos produzindo, para quê e para quem?
Vivemos em um país erguido pela escravização de povos originários e de milhares de pessoas trazidas a força de África. Mais da metade da população brasileira descende de africanos e africanas.
Mas nas nossas cidades, paisagens e narrativas, povos negros são silenciados e invisibilizados.