No podcast que gravei com @opropriolavo em 2006, ele diz claramente: a pobreza não gera revoluções, pois estas custam dinheiro. Quando uma classe ascende economicamente, passa a desejar poder político também. Todas as revoluções ocorreram assim, mesmo na Rússia. [1/5]
Em 1966, 51% da população mundial vivia na pobreza extrema, recebendo menos de US$1,90 por dia. Atualmente, menos de 10% da população mundial vive assim, o que significa que o mundo, como um todo, enriqueceu. Tanto que a esquerda não fala de pobreza, mas de desigualdade. [2/5]
E por quê? Porque de fato os ricos estão muito mais ricos. Mas é como dizia a Thatcher: "Os socialistas não querem que os pobres possam sobreviver; eles querem apenas reduzir a riqueza dos ricos, como se ela não fosse responsável pela melhoria de vida dos mais pobres". [3/5]
Segundo vejo, agora que há mais gente no mundo com um mínimo de poder econômico, há também mais gente interessada em ter voz nas decisões políticas: é a democracia. Mas isto não interessa às elites. Como então evitar essa, digamos, "revolução democrática"? [4/5]
Simples: voltando ao índice de pobreza de décadas atrás. Para isto, basta quebrar os pequenos e médios empresários, concentrando a riqueza nas mãos dos metacapitalistas, das corporações, das dinastias e dos políticos. Libere um vírus no mundo e não deixe ninguém trabalhar. [5/5]
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Deve ser confortável "não se interessar por política" e, sem querer querendo, aderir a todos os valores, ideais e atitudes da grande mídia, das universidades, de Hollywood, dos artistas pop, etc., toda essa gente que, nos anos 1960, foi contra-cultura e hoje é mainstream.
O que motivou boa parte da contra-cultura do século passado, ao menos da parte daqueles que não eram mal-intencionados, foi o comodismo sem vigor, de grande parte da sociedade, a uma "tradição" esvaziada de seus princípios e ideais, uma "tradição" que não era senão a...
...carapaça vazia da Cultura que conformou o Ocidente. Aqueles que viviam simplesmente na inércia da época não souberam defender desses ataques tudo o que sempre lhes garantiu a possibilidade de serem livres, responsáveis e prósperos. Hoje, seus filhos, com a recordação dessa...
Ao longo dos anos 1990, na Tribuna da Imprensa, dois articulistas escreveram incansavelmente sobre os perigos do Foro de São Paulo, do Diálogo Interamericano, de Cuba, da Nova Ordem Mundial, do globalismo e, claro, de FHC e Lula: Geraldo Luís Lino e Tasso Villar de Aquino.
Dois erros que li nos artigos do general Tasso Villar de Aquino: 1) ele atribuía a Nova Ordem Mundial e, por conseguinte, o movimento globalista aos EUA. Não percebia que os americanos também eram um alvo dessa turma; 2) Acreditou que Ciro Gomes seria uma boa alternativa.
Neste artigo publicado na Tribuna da Imprensa em 1996, Tasso Villar de Aquino cita não apenas o Foro de São Paulo mas também Bolsonaro.
Graças a Fernando Pessoa, agora descubro que Fialho D'Almeida era gay: "A figura de Fialho de Almeida forma-se de 3 elementos: era um homem do povo, um pederasta e um grosseirão, criatura da estepe alentejana, com calos na sensibilidade humana, 👇
...e uma depressão moral deve ter a bossa da delicadeza. Tirante o amor à paisagem e aos homens, nada o atrai para nada (...)."
E ainda do Fernando Pessoa: 👇
Um serralheiro chamado Fialho
Tinha uma chave que
Com ela muita porta abria...
Aqui a história principia.
Tanta porta abriu o Senhor Fialho
Com a tal chave que era caralho
Que a chave alfim se escangalhou
E aqui o conto acabou.
Preciso escrever uma crônica sobre um reveillon em Trancoso, no final dos anos 1990. Num boteco, junto ao Quadrado, houve um show improvisado da Elba Ramalho, que apareceu por ali meio que de surpresa. Ela se sentou bem à minha frente e, após uma música, fez o convite: 👇
– Cássia, vem cantar comigo.
E a figura sentada quase ao meu lado, com um vestidinho à la saída de banho, se levantou: era a Cássia Eller. (Sim, de vestidinho!) A um metro de mim, cantaram juntas algumas músicas e, lá pelas tantas, na empolgação, a Cássia Eller ergue o vestido:👇
estava nua, claro. E eu ali, no boteco apertado, muvucado, a um metro da buceta megapeluda dela. Com uma cara de "precisava disso?", olhei para um amigo, que deu uma gargalhada: "Ó! Caiu um pentelho na sua cerveja". Agora, o curioso foi o seguinte: quem realmente me impressionou
Oh amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais prazeroso
E mais alegre!
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir
O que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se irmanam
Ali onde teu doce vôo se detém.
Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
Uma única em todo o mundo.
Mas aquele que falhou nisso
Que fique chorando sozinho!
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até a morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
Segundo a OMS, 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente de erro médico. Segundo a mesma organização, até o momento, 512 mil pessoas morreram de covid-19. Pelo jeito, os médicos são mais letais que o vírus chinês. (Na minha família, três pessoas morreram por erro médico.)
Esta é minha prima Laila, que faleceu em Janeiro devido a um erro médico. Fizeram um diagnóstico equivocado e a mandaram para casa, como se as dores que sentia nada tivessem de mais. Morreu com infecção generalizada. Era carioca e deixou marido e filha.