Em 2011, o Quedo - aquele primo do Aécio que tinha as chaves de um aeroporto público - foi preso por participar de um esquema de vendas de habeas corpus para traficantes de drogas do interior de MG.
Um dos participantes do esquema era um desembargador que (+)
havia sido nomeado pelo governador Aécio Neves.
Era pra ser um escândalo de enormes proporções, mas a grande imprensa fez o favor de tratá-lo com a maior irrelevância possível.
O Fantástico, por exemplo, fez uma reportagem de quase 12 minutos, mas não citou nem uma vez (+)
o nome de Aécio. Mostrou imagens do depoimento do Quedo, mas não revelou o seu parentesco com o então senador.
Repito: Aécio nomeou o desembargador que participou, junto do seu primo, de um esquema pra soltar traficantes de drogas. (+)
Fui chamado pelo programa Papo de Segunda pra falar sobre os programas policiais sensacionalistas que infestam a TV brasileira.
Fiquei feliz com o convite, o papo foi muito bom, mas não entendi porque a edição cortou todas as vezes que citei Bolsonaro.
Eu disse que essa programação está há 30 anos martelando uma ideologia reacionária na cabeça do brasileiro e ajudou a formar o caldo cultural que elegeu o candidato que repete os bordões dos apresentadores desses programas.
Essa parte foi cortada.
Pediram também pra eu fazer uma pergunta pros participantes do programa.
Fiz uma com base nessa mesma ideia: “Até que ponto vocês acham que esses programas ajudaram a eleger um extremista de direita pra presidência?”