Thread by @giankojikovski

A Robinhood, corretora que tornou-se sucesso entre os jovens nos Estados Unidos, foi acusada de “gamificação” dos investimentos por um órgão regulador do estado norte-americano de Massachusetts.

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Segundo o Financial Times, o órgão regulador alega que a corretora violou leis e diretrizes estaduais ao oferecer serviços com uma dinâmica que se assemelha a jogos para manter o público engajado sem considerar seus melhores interesses.

A ação alega que a Robinhood não implementou controles adequados para investidores inexperientes. Segundo a queixa, um único cliente sem experiência de investimentos fez mais de 12,7 mil negócios em cerca de seis meses. A fintech discorda das acusações e pretende se defender.

A corretora popularizou o day trade entre os jovens norte-americanos - principalmente novos investidores - durante a quarentena. Sua plataforma permite a negociação de opções, ouro, criptomoedas, ações e fundos.

A Robinhood, que diz estar "democratizando as finanças para todos", ganhou mais de 3 milhões de clientes apenas em 2020 e já conta com uma base de 13 milhões de usuários.

O modelo de negócio da corretora é simples, acessível e se esforça ao máximo para ser divertido. A empresa oferece descontos, foi pensada para ter uma ótima interação pelo celular e não cobra taxa de corretagem em seus serviços.

Críticos, no entanto, dizem que ao tratar a compra e venda de ações - incluindo alavancagens pesadas - como "diversão", a Robinhood incentiva as pessoas a tomarem riscos exagerados.

E como a corretora ganha dinheiro? Quase metade da receita vem da venda dos "order flows" dos clientes para fundos de HFT (High-Frequency Trading). O restante vem de rebates, operações com o float, contas premium e, claro, juros.

A fintech captou US$ 200 milhões da D1 Capital Partners em agosto e foi avaliada em US$ 11,2 bilhões. Segundo a Bloomberg, o IPO da Robinhood já está sendo planejado e pode acontecer no primeiro trimestre de 2021.