Yemanjá, ao contrário do que se pensa, usa o seu espelho (abebê) muito mais para a guerra do que para se enfeitar.
Diz um itan que um dia, fugindo de seu marido que a maltratara, Yemanjá resolveu voltar ao Reino de Olokun, no fundo do mar.
Insatisfeito e sabendo que ela não tinha guardas que a protegiam, seu marido resolve declarar guerra a Yemanjá e envia as suas tropas para buscá-la.
Yemanjá fica sabendo do perigo que corre e, depois de muito pensar no que deveria fazer para se proteger e vencer a batalha...
resolve colocar espelhos de todas as formas na beira do mar. Os espelhos, naquela época, eram artefatos raros, pouco conhecidos.
Quando chega a hora da batalha, Yemanjá vai para a frente dos espelhos com uma espada em punho e, quando seus inimigos chegam perto...
assustam-se com as suas próprias imagens distorcidas refletidas nos espelhos, e fogem apavorados contando ao rei que Yemanjá não é sozinha como haviam pensado, mas possui um exército de criaturas horríveis.
É assim que Yemanjá vence, sozinha, mostrando a imagem de seus inimigos a eles próprios. Yemanjá é uma Orixá altiva e muito inteligente, senhora de uma beleza e majestade sem igual.
Ao final da guerra, Yemanjá dança mostrando a sua beleza e inteligência, pois é capaz de vencer a batalha sem derramar uma gota de sangue sequer.
Iroko é um dos Orixás mais antigos, ele representa o tempo e rege a Ancestralidade. Ele foi a primeira árvore plantada na terra, por onde desceram todos os Orixás, por este motivo ele é o líder de todos os espíritos das árvores sagradas.
Durante as reuniões dos Orixás, onde avaliam a humanidade e o desenvolver da Terra, Iroko está sempre presente, mas apenas
observa e anota o que é concluído por eles, pois quem regerá o tempo de todos os acontecimentos será ele.
Este Orixá, não costuma “baixar”nas giras, mas extremamente respeitado nos terreiros, este Orixá é quem direciona o início e o fim de todo ciclo. Seu poder e fama abrangem diversas culturas, na Babilônia e Mesopotâmia ele é o Leão Alado Enki,