Iroko é um dos Orixás mais antigos, ele representa o tempo e rege a Ancestralidade. Ele foi a primeira árvore plantada na terra, por onde desceram todos os Orixás, por este motivo ele é o líder de todos os espíritos das árvores sagradas.
Durante as reuniões dos Orixás, onde avaliam a humanidade e o desenvolver da Terra, Iroko está sempre presente, mas apenas
observa e anota o que é concluído por eles, pois quem regerá o tempo de todos os acontecimentos será ele.
Este Orixá, não costuma “baixar”nas giras, mas extremamente respeitado nos terreiros, este Orixá é quem direciona o início e o fim de todo ciclo. Seu poder e fama abrangem diversas culturas, na Babilônia e Mesopotâmia ele é o Leão Alado Enki,
responsável pelos humanos deste o nascimento até o infinito espiritual, na cultura Maia ele é Viracocha e na Inca, Teotihacan, ambos responsáveis pelo início e fim de todas as coisas
Já na Grécia, ele surge como Chronos, o deus do espaço e tempo e no Egito ele é o deus Anubis, aquele que guia a passagem sem fim do nascimento ao Vale da Morte.
Iroko é o protetor da natureza, dos animais e da ancestralidade, aqui no Brasil sua presença encontra-se na árvore Gameleira Branca, ou Figueira Branca, como respeito e sinal de sua energia, é de costume amarrar um ojá – fazer um laço com um tecido branco – em seu tronco.
Tanto no Candomblé, como na Umbanda, desrespeitar o nome de Iroko é o mesmo que blasfemar e difamar toda a sua ancestralidade, o seu sangue, as suas raízes e recusar a sua proteção divina.
Irokô Ró 🌳 #PL
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Yemanjá, ao contrário do que se pensa, usa o seu espelho (abebê) muito mais para a guerra do que para se enfeitar.
Diz um itan que um dia, fugindo de seu marido que a maltratara, Yemanjá resolveu voltar ao Reino de Olokun, no fundo do mar.
Insatisfeito e sabendo que ela não tinha guardas que a protegiam, seu marido resolve declarar guerra a Yemanjá e envia as suas tropas para buscá-la.
Yemanjá fica sabendo do perigo que corre e, depois de muito pensar no que deveria fazer para se proteger e vencer a batalha...
resolve colocar espelhos de todas as formas na beira do mar. Os espelhos, naquela época, eram artefatos raros, pouco conhecidos.
Quando chega a hora da batalha, Yemanjá vai para a frente dos espelhos com uma espada em punho e, quando seus inimigos chegam perto...