Como sabemos que as vacinas para COVID-19 são seguras? Parte II
O fio que fizemos ontem geraram mais dúvidas legítimas sobre as seguranças das vacinas para Covid-19
Uma dúvida recorrente foi a respeito dos laboratórios não se responsabilizarem sobre eventuais efeitos adversos🧵
Os fabricantes trabalharam no risco, produzindo vacinas antes mesmo de saber se teriam eficácia e segurança, e com isso correndo o risco de perder todo o investimento, como aconteceu com a vacina australiana em parceria com a empresa CSL
A precaução de não sofrer processo judicial por efeitos adversos não quer dizer que estes efeitos não serão investigados pela vigilância sanitária, apenas tenta impedir mais uma judicialização da ciência.
Processos jurídicos não são necessariamente baseados em evidências científicas, e corre-se o risco de qualquer efeito que uma pessoa tenha após se vacinar, mesmo sem relação nenhuma com o imunizante, sirva de pretexto para processos.
Com bilhões de pessoas sendo vacinadas no mundo todo, isso poderia travar o departamento jurídico das companhias. O importante é garantir a vigilância epidemiológica, e para isso existem os sistemas de monitoramento de efeitos adversos.
Como sabemos que as vacinas para COVID-19 são seguras? Parte III
Como diria o outro:
"Se fosse bom, não seria obrigatório!"
Spoiler: Todas as vacinas no calendário vacinal brasileiro já são obrigatórias.
Esta discussão é irrelevante e fútil, e induz as pessoas a pensarem em situações impossíveis, onde um agente de saúde invade sua casa com uma seringa na mão, amarra o cidadão em uma cadeira, e aplica a vacina à força, como se fosse soro da verdade em filme de espionagem.
Isso é absurdo.
Tornar uma vacina obrigatória significa condicionar certos aspectos da vida civil, como o recebimento de benefícios ou o acesso a alguns serviços públicos, à sua aplicação. Isso já é feito.
Dúvidas legítimas sobre as seguranças das vacinas para COVID-19
Muitas pessoas perguntam sobre a rapidez dos testes clínicos. É verdade que, antes da COVID-19, a vacina desenvolvida mais rapidamente tinha sido a da caxumba, que demorou quatro anos.
É natural, portanto, que a população fique desconfiada de uma vacina que aparentemente foi feita tão rápido. Levanta suspeitas sobre a idoneidade do processo e sobre interesses políticos.
No entanto, a rapidez deve-se a uma soma de fatores: colaboração, investimento e a disponibilidade dos resultados de pesquisas anteriores.
Nenhuma vacina de COVID-19 realmente saiu do zero.