A direita sempre explorou as lacunas de certo discurso moralista das esquerdas, as "hipocrisias". Agora se especializaram em expor pessoas que passaram o ano inteiro pregando isolamento social mas foi passar o fim de ano numa "vila super bonitinha no interior da Bahia".
Eu realmente fico intrigado com essa necessidade de transformar todos os momentos da vida em entretenimento nas redes sociais, especialmente quando se trata de algo evidentemente "zoado", como, em plena pandemia, ir curtir um fim de ano na Bahia.
E ainda insistem no erro: eu realmente achei que era meme, mas teve uma galera justificando os vacilos usando os bordões do autocuidado, saúde mental, etc... Pior que até conhecidos meus entraram nessa.
Ai a galera do outro lado do muro tá surfando nisso bonitinho. Quando é famoso então, rola disparo coordenado no zap e tudo.

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15 Jan
Pazuello não é um militar incompetente: ele é um militar. Já passou da hora de abandonarmos essa imagem de que os militares são bons gestores. Você pega a história dos governos militares (da Ditadura) e não vai ver nada de muito diferente do Pazuello (e do próprio Bolsonaro).
Quando falamos da Ditadura nos focamos - com boa razão - nas graves violações de direitos humanos, contudo, é necessário abordar e difundir a bagunça que foi a gestão política e econômica dos militares, dos planos absurdos, de como eles literalmente faliram o país.
Abandonar essa narrativa - difundida pelos próprios militares e aceita até por setores à esquerda - de que a Ditadura matou, torturou mas desenvolveu o país. Mentira, o milagre econômico não foi bem isso que propagam, só olhar para o caos econômico dos anos 70.
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14 Jan
Adaptei algumas linhas da célebre distinção que Deleuze e Guatarri desenharam entre o totalitarismo e o fascismo para a realidade brasileira. Vejam como se encaixa perfeitamente, para a nossa tristeza e desespero.
O totalitarismo é conservador por excelência. No bolsonarismo, entretanto, trata-se de uma máquina de guerra [...] no bolsonarismo, o Estado é muito menos totalitário do que suicidário. Existe, no bolsonarismo, um niilismo realizado.
É que, diferentemente do Estado totalitário, que se esforça por colmatar todas as linhas de fuga possíveis o bolsonarismo se constrói sobre uma linha de fuga intensa, que ele transforma em linha de destruição e abolição puras.
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13 Jan
Sobre Fords, Samarcos e vales: em seu livro "La Sorcellerie Capitaliste" (A Feitiçaria Capitalista) Isabelle Stengers e Phillipe Pignarre caracterizaram muito bem uma certa tática capitalista que denominaram "alternativas infernais".
Em linhas muito gerais, os fluxos do capital e seus representantes - grandes empresários e empresas - literalmente sequestram a economia global por meio de estratégias do tipo: "ou vocês querem empregos ou querem direitos".
Empresas, por exemplo, eles criam situações onde economias inteiras se tornam dependentes da sua presença, ou pelo menos convencem as pessoas disso por meio de complexas estratégias de comunicação e propaganda.
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12 Jan
Sintomático que as pessoas evoquem o fato de que algumas cidades dependem da existência de determinadas empresas em seus limites, rapidamente caindo numa alternativa infernal do tipo: ruim com elas, pior sem elas. Quando o debate deveria ser outro, como libertar a sociedade disso
Sintomático notar, inclusive, que os mesmos argumentos foram utilizados para justificar a manutenção de empreendimentos como os da Samarco e a Vale, mesmo após as tragédias de Mariana e Brumadinho.
Existe um amplo debate sobre como as empresas se aproveitam disso para, literalmente, sequestrar cidades e até mesmo países. Nos EUA, por exemplo, a criação de um novo quartel general da Amazon - e os efeitos disso - geraram discussões bem interessantes.

citationsneeded.libsyn.com/episode-19-lot…
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12 Jan
Algo para se colocar em perspectiva: A Ford era uma das maiores montadoras do país e empregava apenas seis mil pessoas. Você compara a quantidade de empregos que a industria automobilística gera e a quantidade de isenções e benefícios que ela recebe e vê que a conta não fecha.
Não é de se estranhar que o encerramento de suas atividades no país tenha se desdobrado na ladainha sobre "a necessidade de reformas". Quando deveria dar a origem a uma discussão ampla sobre a readequação dos investimentos para áreas que realmente empregam, a cultural por exemplo
Quando aceitamos que a saída da Ford é sintoma de uma crise aceitamos que a sua permanência significaria "saúde econômica", quando seria apenas a manutenção de um sistema de benefícios e isenções (e lobby) que vem destruindo a economia e sacrificando a população.
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12 Jan
+42% do número de infectados pela COVID, médias de mortes aumentando em praticamente todos os estados (e ainda não estamos vendo os reflexos das festas de fim de ano) e ainda tem quem fale de "saída responsável" e lançando o "já estou exposto" para justificar suas atitudes.
Sendo que as maiores taxas de contaminação estão sendo confirmadas em situações de "lazer noturno", fora que o argumento do "já estou exposto" se fia numa perspectiva meramente individual da situação. Se você já está exposto, a chance de se tornar um vetor de contágio é maior.
É aquilo, sabemos quem são os culpados pela situação em que estamos. Contudo, de nada adianta enunciar continuamente seus nomes (Bolsonaro, Pazuello...etc) sem que isso seja acompanhado de certa responsabilidade.
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