“Bem, eu sinto muito
Não tenho respostas para suas perguntas.
Existe a injustiça, o ódio e a guerra
E a igualdade é apenas um slogan.
Não tenho luz em meus olhos. Foi apagada
Pela nuvem em cogumelo de Hiroshima
E pela fumaça saída das chaminés de Auschwitz”
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📖 Trecho de “Bem, eu sinto muito” [Well, I’m sorry], de Anne Ranasinghe.
A poeta, nasceu Anneliese Katz, em 2 de outubro de 1925, em Essen, na Alemanha. Por conta da perseguição nazista, foi enviada por seus pais para a Inglaterra, para viver com uma tia.
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Pouco tempo depois de chegar ao novo destino, em razão da guerra, teve de ir para o Sri Lanka. Lá, se tornaria uma das mais destacadas poetas do país.
Ranasinghe começou sua carreira na década de 1960, depois de se formar em jornalismo no Colombo Technical College.
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Em 1971, publicou seu primeiro livro de poesia – depois deste, seriam outros 11, traduzidos para vários idiomas. A poeta, cuja obra toca vastamente no tema do Holocausto, faleceu em 2016.
📚 Anne Ranasinghe, que segue inédita no Brasil, é nossa indicação da semana.
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Linor Attias, da United Hatzalah (serviço médico de emergência voluntário com sede em Jerusalém), recebeu a honra de vacinar contra a covid-19 uma pessoa muito especial!
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Yosef Kleinman é um sobrevivente do Holocausto de 92 anos e foi uma das testemunhas de acusação no julgamento de Adolf Eichmann.
Quando Kleinman chegou à cabine de vacinação, tinha muito a contar a Linor.
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Ela escutou sua notável história, que incluía uma descrição de como ele é um dos últimos sobreviventes dos experimentos letais de Mengele, conduzidos em mais de três mil adolescentes.
“Foi um momento tão inspirador e uma noite que nunca esquecerei”, disse Linor.
Academia Brasileira de Escritores lançou uma chamada pública de artigos para compor a coletânea “Shoah: 80 anos de memória e resistência”.
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Organizada pelos professores Cláudia Costin, João Paulo Vani e José Luiz Goldfarb, a obra terá seis volumes temáticos em formato digital, para distribuição gratuita: Cultura, Diáspora e Imigração, Educação, Memória, Religião e Trauma.
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O coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, foi convidado para ser o curador do volume sobre Memória.
Os trabalhos devem ser originais e de autoria de doutores e mestres, além de especialistas da área de preservação da memória do Holocausto.
1) Em janeiro de 1945, o Terceiro Reich estava à beira da derrota militar. Quando as forças aliadas se aproximaram dos campos nazistas, a SS organizou as “Marchas da Morte”.
2) Tratavam-se de evacuações forçadas de detentos de campos de concentração, em parte para impedir que um grande número de prisioneiros caísse nas mãos dos aliados.
3) Neste mês, quase 60.000 prisioneiros foram forçados a marchar do complexo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau para a cidade de Wodzisław Śląski. Milhares já haviam sido mortos dias antes. Os guardas da SS atiravam em quem ficava para trás ou não podia continuar.
1) Em 1944, Raphael Lemkin (1900-1959), um advogado judeu polonês, ao tentar encontrar palavras para descrever as políticas nazistas de assassinato sistemático, incluindo a destruição dos judeus europeus, criou a palavra "genocídio".
2) Com este termo, Lemkin definiu genocídio como "um plano coordenado, com ações de vários tipos, que objetiva à destruição dos alicerces fundamentais da vida de grupos nacionais com o objetivo de aniquilá-los". Conheça alguns dos principais massacres do Século XX:
3) Entre 1904 e 1908, as tropas alemãs mataram 100 mil herero e nama. Em 2016, pela primeira vez, Berlim referiu-se a esses crimes como genocídio, embora tenha se recusado a aceitar consequências legais.