Fotógrafo descendente quechua, peruano, Martin Chambi Jiménez foi um dos primeiros grandes fotógrafos de origem indígena da América Latina.
Sua obra foi declarada Patrimonio Cultural da Nação, e é um dos nomes mais importantes para a fotografia. 🇵🇪 🧵
Chambi nasceu em 1891, às margens do Lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia.
Se dedicou a registrar a população originária do país, principalmente os quechua e aymaras. Por sua origem indígena, teve uma abordagem mais humana, diferente da forma exótica comum à época.
Registrou a humildade da vida andina sem desrespeitá-la, tornando seu trabalho reconhecido mundialmente, dando luz ao até então desconhecido Andes.
Chambi entendeu o Peru como uma nação mestiça e multicultural, rica em diversidade. Nas suas frequentes viagens pelos Andes, capturou imagens impressionantes de ruínas incas, bem como suas paisagens e seus habitantes
Chambi revelou para o mundo algo que o próprio não conhecia: a beleza nas montanhas, criadas pelo tempo e um povo, sua identidade – a identidade de todos os povos.
“Eu li que no Chile falam que os índios não têm cultura, que não são civilizados e que são artisticamente inferiores aos brancos e europeus. Acho que as evidências dizem o contrário. Espero que um dia um grupo imparcial e objetivo revise "
- Martin Chambi
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O Salar de Uyuni é conhecido como o maior deserto de sal do mundo. Uma riqueza da Bolívia que está a 3.600m de altitude, e é palco de muitos ensaios fotográficos 🇧🇴
📷 Scarlett Hooft Graafland
Algo curioso é que o local já foi coberto de água. Acredita-se que, há milhares de anos, a própria formação da cadeia de montanhas separou a área do Oceano Pacífico, criando vários lagos que mais tarde secariam, dando origem ao que hoje conhecemos como o Salar de Uyuni.
o Salar de Uyuni é um desses lugares que não se vê em outras partes do mundo e sua paisagem varia muito de acordo com a estação de ano.
quando eu tinha uns 13/14 anos e tava começando a entrar no mundo da internet, buscava muito sobre temas relacionados a Bolívia pra mostrar pros meus colegas.
Sempre fui bombardeada de notícias negativas e xenofóbicas que mais desinformavam e me desmotivavam a pesquisar sobre
atualmente, fico muito feliz de ver que existem portais e veículos de comunicação independentes e de QUALIDADE que buscam retratar a Bolívia (e não apenas a Bolívia como os outros países ignorados pela mídia hegemônica) sob outra perspectiva, mostrando sua cultura e seu valor ♥️
ontem mesmo o @exclamacionbr publicou um texto massa sobre o protagonismo das señoras de polleras -as famosas cholitas- e fiquei pensando o quão necessário essas publicações são, em meio a tanta notícia xenofóbica e descriminatória sobre nuestro pueblo. Leiam 🧡👇
Mulheres mestiças e indígenas, com roupas tradicionais - longas saias, xailes coloridos, chapéu de coco, e tranças -, entram em ringue num espetáculo de cor que rapidamente se transforma num desfile de pancadaria.
Você conhece as cholitas lutadoras?
As cholitas luchadoras, mulheres mestiças, geralmente são mães e trabalham em tempo integral. Os fins de semana são aproveitados pelas guerreiras que entram no ringue enfrentando estereótipos e reivindicando sua posição de mulher na sociedade.
Na Bolívia, essa modalidade que existe desde 2002, é conhecida como lucha libre ou cachascán (uma variação da expressão inglesa "catch-as-can", que se traduz como "catch as you can"), esporte em que golpes reais ou fingidos são autorizados ou tolerados.