O caso das armas do #Belo mostra a fragilidade na operação de um sistema que está sendo ainda mais precarizado pelo Bolso.
Para comprar arma a lei demanda certidões negativas (ficha limpa).
Mas mesmo isso pode ser facilmente burlado como este caso👇 metropoles.com/distrito-feder…
E quando a pessoa que tem a arma comete um crime após a obtenção do registro?
Bolson*ro dispensou comprovação de requisitos na renovação à várias categorias.
E aumentou de 5 p 10 anos a validade.
A pessoa só comprova de novo ficha limpa e laudo neste prazo extra.globo.com/casos-de-polic…
Existem duas lacunas, uma é regulamentar e outra de bancos.
Não há uma prática obrigatória de checagem de juízes e delegados (com exceção de mudança recente na Maria da Penha) que obrigue verificar se o réu tem arma (para suspender o registro e apreender) oglobo.globo.com/sociedade/proj…
A de infra é relacionada a acesso à bancos. Só consigo buscar informação de arma se tenho acesso.
Lula, Dilma e Temer não obrigaram o @exercitooficial a cumprir a lei. E Bolsonaro vai no mesmo caminho.
Armas na PF podem ser consultadas . No Exército, não oglobo.globo.com/brasil/exercit…
Quando as armas no Exército eram residuais, o problema era menor.
Mas agora as armas só de CACs (atiradores, colecionadores e caçadores) já estão chegando em 600 mil e incluem armas de calibre restritos como fuzis. poder360.com.br/brasil/registr…
Voltando ao caso Belo, as fragilidades já existiam. A arma dele foi comprada antes de existir Estatuto (em 2001). Em 2002 ele teve sua primeira prisão. Mesmo assim, aparentemente nem delegado, nem promotores checaram o sistema ou pediram apreensão cautelar das armas em seu nome.
Em um Governo funcional médio este caso, e os outros recentes de fraude e brechas no sistema gerariam uma investigação para verificar como fechar estas lacunas.
O dep. Trutis (PSL) é um fervoroso defensor de armas de fogo da base do Bolsonaro e da bancada da bala.
Em fev/20 divulgou que havia sofrido um atentado, mas que por estar armado tinha conseguido repelir os agressores. O relato era digno de filme do Chuck Norris.
Fio🧵 1/8
Uma camionete teria emparelhado com o carro do Dep. e um atirador com carabina havia disparado uma rajada contra o carro do deputado em movimento.
O deputado heroicamente teria sacado a pistola e disparado de volta. À época disse suspeitar de traficantes de drogas e cigarros
2/8
Porém um relatório da PF de 300 páginas, c uso de câmeras, GPS e laudos comprovou a fraude.
No local do suposto atentado a polícia não encontrou estojos, mas com base no GPS do veículo viu que este havia ficado parado em uma estrada vicinal. 3/8 noticias.uol.com.br/colunas/rubens…