Está claríssimo que Arthur Lira vai querer conduzir a Câmara longe da imprensa. Se depender só dele, bem longe. Não duvido que tenha rifado Carlos Sampaio da relatoria do caso Daniel Silveira pelo fato de o deputado tucano ter dado entrevistas ontem à noite.
Ontem, publiquei em primeira mão no @o_antagonista as informações da reunião do colégio de líderes, enquanto a reunião ainda estava em andamento. Soube que Lira não gostou e procurou saber quem teria vazado as informações para mim. Chegou para ele, inclusive, um nome errado.
Também ontem noticiei que Arthur Lira praticamente ordenou que bolsonaristas, líderes e integrantes da Mesa Diretora não falassem nada com jornalistas sobre o caso Daniel Silveira. Isso - somado à decisão de tirar o comitê de imprensa do lugar de sempre - ajuda a contextualizar.
Claro, não é a primeira vez que um presidente da Câmara tenta colocar mordaça em seus aliados. Mas o jornalismo continuará. O jornalismo de bastidor político continuará. Sempre. Não precisamos de entrevistas no Salão Verde para ter acesso à informação.
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Como foi que a gente veio parar aqui? Como foi que a gente passou a ser ver em uma pandemia se agravando, sem vacinas, com colapso no sistema de saúde e uma sensação de que estamos desgovernados indo para momentos ainda piores?
Segue o fio...
Como foi que a gente passou a se dividir tanto? Como foi que a gente começou a chamar os outros de “lixo”, de “petista vagabundo”, de “bolsonarista filho da puta”? Como foi que a gente só passou a viver de ódio, confusão, caos, acusação?
Como foi que a gente começou a pirar em teorias conspiratórias, a viver a insanidade das fake news? Como foi que a gente teve que escolher entre um candidato de presidiário e isto que está aí? Como foi que tornamos tudo tão dual, como se só existissem duas opções para tudo?