Vaticano proíbe bênçãos a casais homossexuais. A nota justifica que "não é lícito conceder uma bênção a relações/parcerias estáveis,
que implicam prática sexual fora do matrimônio". Especifica, porém, que isso não impede que um gay, individualmente, possa recebê-la. Trechos:
"A bênção das uniões homossexuais não pode ser considerada lícita, enquanto constituiria de certo modo
uma imitação ou uma referência de analogia à bênção nupcial, invocada sobre o homem e a mulher
que se unem no sacramento do Matrimônio".
"Além disso, já que as bênçãos sobre as pessoas possuem uma relação com os sacramentos, a
bênção das uniões homossexuais não pode ser considerada lícita, enquanto constituiria de certo modo
uma imitação ou uma referência de analogia à bênção nupcial".
"A declaração de ilicitude das bênçãos de uniões entre pessoas do mesmo sexo não é, e não
quer ser, uma injusta discriminação, mas quer relembrar a verdade do rito litúrgico e de quanto
corresponde profundamente à essência dos sacramentais, assim como a Igreja os entende".
"A comunidade cristã e os Pastores são chamados a acolher com respeito e delicadeza as
pessoas com inclinação homossexual, sabendo encontrar as modalidades mais adequadas, coerentes
com o ensinamento eclesial, para anunciar a elas a totalidade do Evangelho".
"A resposta ao dubium proposto não exclui que sejam dadas bênçãos a indivíduos com
inclinação homossexual, que manifestem a vontade de viver na fidelidade aos desígnios revelados
de Deus, assim como propostos pelo ensinamento eclesial"
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1 - Em dossiê histórico divulgado pelo Vaticano hoje, detalhes do caso Thedore McCarrick, o ex-cardeal americano demitido do sacerdócio e do cardinalato pelo #PapaFrancisco, em 2019, por abusar de seminaristas. No relatório, a própria Igreja admite erro na apuração do caso.
2 - Rumores sobre a conduta de McCarrick já circulavam na época de João Paulo II. Mesmo assim, o papa polonês levou adiante tanto sua nomeação para a arquidiocese de Washington quanto para o cardinalato nos anos 2000, alegando "falta de provas". E McCarrick declarou inocência.
3 - O texto também diz que, até o início do pontificado de Bento XVI, "não existia nenhuma denúncia formal feita ao Vaticano por parte de nenhuma vítima". Até então, todas eram anônimas. Por precaução, o papa emérito, então, forçou sua renúncia. Mas não impôs medidas canônicas.