“A liberdade da fruição sente-se assim como limitada. A limitação não é devida ao fato de o eu não ter escolhido seu nascimento e, desse modo, estar já em situação; mas o fato de a plenitude do seu instante de fruição não estar garantida...
...contra o desconhecido do próprio elemento de que frui, de a alegria continuar a ser uma mera hipótese e um encontro feliz. O fato de a fruição não ser mais do que um vazio que se preenche, não poderá de modo algum lançar a suspeição sobre a plenitude qualitativa da fruição.
A fruição e a felicidade não se calculam pelas quantidades de ser e de nada que se compensam ou ficam em déficit. A fruição é uma exaltação, um cume que ultrapassa o puro exercício de ser.
Mas a felicidade da fruição, satisfação das necessidades, e que esse ritmo (necessidade-satisfação) não compromete, pode ofuscar-se pela preocupação do amanhã incluída na insondável profundidade do elemento em que a fruição mergulha.”
Lévinas, 1980
Rapaz... uma mulher fez uma análise no Facebook sobre aquele pandemônio chamado BBB, que ficou deveras impecável! Segue o fio 🧶
"O Big Brother está escancarando a geração atual. A geração em que tudo é ofensa e persecutoriedade.
Não se tolera a diferença, não existe brincadeira. Vive se sentindo ameaçada, em um vitimismo exacerbado onde pede-se desculpas por existir.
Aquela em que seu bem-estar é responsabilidade do outro - já que a função dele é lhe servir e cuidar.
Todo desconforto é um trauma, qualquer sopro despedaça o ego, experimentando uma permanente fuga da realidade. Donos da razão em um mundo rígido de supostas verdades absolutas.
"Memento mori. Lembre-se da morte. Até para os que detêm grande poder, a vida é breve. Só existe um modo de triunfar sobre a morte: tornando nossa vida uma grande obra prima. Devemos aproveitar cada oportunidade de demonstrar gentileza e amar plenamente.
Vejo em seus olhos que você tem a alma generosa de sua mãe. Sua consciência será sua guia. Quando a vida estiver escura, deixe seu coração mostrar o caminho.''
Apenas o fato de "lembrar-se da morte" pode ser angustiante e causar tremenda ansiedade, pode até mesmo nos jogar para baixo. Porém, diante da incerteza do mundo e a confrontação, a cada momento, com a Finitude, todos nós temos de lembrar que nada, nem ninguém é eterno.
Nos tornamos mais maduros com o passar dos (d)anos.
Não é o mero fenômeno do passar dos anos, mas todo tipo de dano, falha e aprendizado que nos fornecem maturidade para vivenciar e confrontar as situações que a vida apresenta, mesmo que sejam tão desconfortáveis ao ser humano.
É inevitável encontrar durante nossa caminhada os efeitos dos anos e danos, assim como pelos ônus e bônus da vida, fatores significativos que exigem nossa passagem pelo processo de amadurecimento e a construção de quem somos...
...o que fazemos no aqui e agora e que possibilitam o desenvolvimento de maneira integral.