A extrema-direita teve semana tranquila no YouTube: o número de vídeos sumidos foi abaixo da média.
Pela 4ª semana seguida, Sikera Jr limpou seu canal e JP e Brasil Paralelo esconderam vídeos.
O destaque: há uma disputa silenciosa entre YouTube e um grande negacionista.
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Pela 4ª semana seguida, Sikera Jr limpou seu canal e JP e Brasil Paralelo esconderam vídeos.
O destaque: há uma disputa silenciosa entre YouTube e um grande negacionista.
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Sikera Jr, o youtuber de extrema-direita + popular do BR, tirou 10 vídeos do seu canal: 7 no domingo (4), 3 na 5ª (8).
Tal qual semana passada, alguns são dos bastidores, mas há também 1 live da sua banda e assuntos comuns no progama, como crimes e cracolândia.
Tal qual semana passada, alguns são dos bastidores, mas há também 1 live da sua banda e assuntos comuns no progama, como crimes e cracolândia.
Outra briga interna na extrema-direita: dos 3 vídeos que ENZUH escondeu do seu canal, 2 são respostas a Gil Diniz, a quem chama de "censurador".
Valeu até recuperar Nando Moura, cancelado no bolsonarismo desde que rompeu com JB em jan/20.
É o famoso "torcendo para a briga".
Valeu até recuperar Nando Moura, cancelado no bolsonarismo desde que rompeu com JB em jan/20.
É o famoso "torcendo para a briga".
Na 5ª (8), Jovem Pan tornou não listados os 3 episódios sobre a Argentina feitos pela Brasil Paralelo, produtora especializada em conteúdo revisionista como a DITADURA MILITAR de 1964, e veiculados no Panflix.
Segundo comunicado publicado no site da Jovem Pan na segunda (5), o documentário “A Queda Argentina” será o 1º conteúdo da Brasil Paralelo a ser veiculado na Panflix. Pela parceria, outros conteúdos entrarão no catálogo.
jovempan.com.br/noticias/brasi…
jovempan.com.br/noticias/brasi…
Por fim: na segunda (5), o YouTube tirou do ar um vídeo do canal de Alessandro Loiola, negacionista da pandemia que publicou um livro chamado "COVID-19: A FRAUDEMIA".
O robô pegou, eu entrei, vi e tabulei os dados.
Hoje, o vídeo está de volta.
O robô pegou, eu entrei, vi e tabulei os dados.
Hoje, o vídeo está de volta.
Não foi o único.
Em 17/3, YouTube tirou outro vídeo de Loiola, uma live de novembro/2020, de novo por infrações de regras relativas a desinformação sobre COVID.
No dia 20/3, registrei a exclusão aqui.
O vídeo também voltou ao ar.
Em 17/3, YouTube tirou outro vídeo de Loiola, uma live de novembro/2020, de novo por infrações de regras relativas a desinformação sobre COVID.
No dia 20/3, registrei a exclusão aqui.
O vídeo também voltou ao ar.
https://twitter.com/gfelitti/status/1373326257589456897
Aparentemente, Loiola recorreu dos strikes e o YouTube cedeu, ainda que os vídeos tenham INEGÁVEL conteúdo negacionista.
Se as 2 punições se mantivessem, Loiola teria acumulado 3 punições em < 90 dias.
Segundo o YouTube, isso significaria sua exclusão.
businessinsider.com/youtube-three-…
Se as 2 punições se mantivessem, Loiola teria acumulado 3 punições em < 90 dias.
Segundo o YouTube, isso significaria sua exclusão.
businessinsider.com/youtube-three-…
Mesmo com ~350 mil mortos, um dos maiores negacionistas da pandemia continua a usar o maior site de vídeos do mundo para espalhar suas teorias criminosas.
Como acompanhamos essas disputas? Não acompanhamos.
A única forma de tentar se inteirar é fazendo essa engenharia reversa.
Como acompanhamos essas disputas? Não acompanhamos.
A única forma de tentar se inteirar é fazendo essa engenharia reversa.
Questionado, o YouTube sempre repete o mesmo número de Y vídeos excluídos, que diz muito pouco sobre suas ações (ou falta de) para combater o sério problema de desinformação.
Há 2 pontos principais aqui: ignorar as próprias regras e não dar transparência à execução delas.
Há 2 pontos principais aqui: ignorar as próprias regras e não dar transparência à execução delas.
Como @novelodata e Monitor do Debate Político no Meio Digital, liderado pelo @pablo_ortellado, já mostramos, o YT segue ignorando vídeos de canais gigantescos que infringem explicitamente suas regras.
É a política do "fingir que não vê".
É a política do "fingir que não vê".
https://twitter.com/gfelitti/status/1372578968273104897
Esse 1º ponto é a questão da iniciativa: em vez de monitorar ativamente, o YT espera alguém reclamar.
Mais que isso, é necessário ter o mínimo de transparência para entender o processo de strikes.
Dado o poder do YT, é preciso que fique bem claro qual regra é usada e pq.
Mais que isso, é necessário ter o mínimo de transparência para entender o processo de strikes.
Dado o poder do YT, é preciso que fique bem claro qual regra é usada e pq.
Isso vale para todas correntes ideológicas.
Quando a execução das regras no maior site de vídeos do planeta obedece a critérios opacos e motivações confusas, o risco é generalizado.
Não há espaço para desconfianças, ainda mais pelo uso do YT como repositório de desinformação.
Quando a execução das regras no maior site de vídeos do planeta obedece a critérios opacos e motivações confusas, o risco é generalizado.
Não há espaço para desconfianças, ainda mais pelo uso do YT como repositório de desinformação.
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