As coisas sempre dão errado nos piores momentos, né?
Essa é uma thread sobre isso. +
Hoje o carro pifou — aparentemente o motor da ignição. Com o problema do carro veio o problema da agenda: aquilo que estava na pauta da manhã teve que ser realocado, pois as demandas de falar com seguro, atender a primeira equipe que veio, +
descobrir que não era simplesmente bateria, fazer contato com mecânico, acionar guincho do seguro, aguardar o guincho que deu problema, etc., não permitem maior concentração em outras atividades. Consegui fazer o básico do que desejava. E contei isso nos stories. +
Uma seguidora notou que eu contei sorrindo, e comentou: “A tranquilidade e o bom humor de quem sabe que a nossa vida está sob os cuidados de um Deus soberano”. Pra ser honesto, eu respondi: “Mas eu também passo raiva!”. +
O comentário me fez lembrar de anos atrás, quando as frustrações traziam um peso terrível sobre o meu coração. +
Você não faz ideia do quão mais obcecado com o controle eu já fui. Pequenas interrupções e mínimas frustrações despertavam ira que não era exatamente ventilada - exceto pelos respingos em pessoas mais próximas (perdão, ivonete.porto!). +
Essa ira queimava em meu coração, deixando-me suficientemente inquieto para não conseguir cumprir minhas outras responsabilidades. +
A internet falhou? Que droga! A minha atenção ficava focalizada naquilo que eu não poderia fazer pela ausência da internet, e não pelas outras responsabilidades que eu poderia cumprir sem a rede. +
Alguma demanda urgente apareceu atrapalhando o meu planejamento? A irritação não me permitiria cumprir nem a nova demanda, nem aquelas outras que estavam planejadas. +
No fim das contas, o meu coração funcionava sob uma máxima: “do meu jeito, ou nada feito”. +
A ira no coração apodrece os ossos e não resolve nada. Eu era apenas um garoto mimado fazendo beicinho porque o mundo não se dobrava a minha vontade — ao meu reino. +
Eu levei algum tempo para perceber que minha ira, aparentemente sem um objeto específico, tinha sim um alvo final: Deus. (A propósito, é assim com todas as nossas emoções — elas são declarações teológicas, e sempre têm Deus como alvo final.) +
Aos poucos, fui aprendendo que eu deveria, disciplinadamente orar “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade”, e isso me ajudaria a entender que eu não sou o centro da minha própria vida. +
E é somente por isso que, após vários anos, uma história de frustração pode ser contada com leveza e paz. +
Isso não significa eu não passe mais raiva — ainda sou um pecador nojento. Mas um pecador que fica menos nojento gradativamente — um dia de cada vez. +
Não sei como a sua semana teve início, mas sei que todos estamos em período de grandes frustrações. Com o coração alinhado, você poderá passar por isso e experimentar descanso em Deus.
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Assim como vi uma postura desequilibrada no tratamento com o Rev @augustuslopes , vi rapidamente as respostas ao Rev @antonioccosta_ e também fiquei impressionado com a dureza de algumas declarações. +
Eu acredito que há muitos problemas na entrevista, desde recursos baixos como a rotulação de “infantilidade”, até uma pobreza exegética de surpreender alunos do primeiro ano do seminário.+
Mas isso deve ser respondido em seu mérito. Pode-se falar de um defeito grave na teologia do culto de @antonioccosta_ e aspectos relacionados, mas daí a negar sua fé em Jesus é um salto imprudente.+
“O que você acha, Allen? Como interpreta essa insistência de muitos religiosos por defender aglomerações no pior momento de uma pandemia?”
Para responder a essa pergunta, eu decidi escrever a thread. +
Percebo em líderes cristãos que defendem igrejas fechadas e reuniões exclusivamente online, e nos “webcrentes” que tendem a segui-los, uma caracterização semelhante de quem pensa diferente.+
Os adjetivos podem mudar um pouco, mas basicamente estão dentro do mesmo círculo: são legalistas, religiosos, manipuladores, intere$$eiros e sem amor. Nos piores casos, são chamados de assassinos e sem evangelho.+
Eu ouvi apenas o burburinho – muito barulho sobre o recente caso de aborto. +
De certa forma, tenho tentado me manter, disciplinadamente, distante da "pauta do dia". Há muito ruído e toda a gritaria e o excesso de informação ocupam um espaço mental que atrapalha bastante a saúde e a produtividade. +
Tudo isso sem falar na manipulação constante dos meios de comunicação, e na perda de foco naquilo que é eterno.
Mas essa é outra conversa. O fato é que eu apenas ouvi o burburinho sobre uma criança de 10 anos, estuprada, que engravidou e estava prestes a realizar um aborto.+
A onda agora é destruir: derrubar vandalizar estátuas e marcos do passado.
Para alguns, é a tragédia final, a perda de uma história idealizada e saudosa. Para outros, é a marca de novos tempos e da vitória contra o racismo e a injustiça social.
Mas o que pensam os cristãos?+
Não romantizamos o passado: a Bíblia não levanta um herói - com exceção de Cristo - que não tenha pés de barro. Davi adulterou; Sansão quebrou seu voto de nazireu; Salomão - o homem mais sábio - se deixou enganar; Pedro traiu Jesus... +
escolha o seu herói e a Bíblia não o deixará impávido. Olhamos para os nomes do passado - distante ou recente - sem divinizá-los. Eram pecadores como nós.+
Os evangélicos tiveram peso considerável nas últimas eleições. Teremos peso nesse período de corona vírus?
Acompanhe a thread.+
Pelo segundo ano eu vou a Vitória - ES, para dar aulas no Avalanche Missões Urbanas. Sempre que estou por lá, encontro um dos lemas que considero mais lindos: PLANTANDO UM JARDIM EM MEIO AO CAOS.
De certa forma, isso resume o chamado cristão nesse momento.+
Veja os posts no Twitter e em outras redes; veja os noticiários, e, embora você consiga identificar alguém dizendo "não entre em pânico", o subtexto mais amplo é um convite ao desespero.+