Existem diversos métodos para capturar insetos no meio ambiente. Porém, assim como eu, certamente muitos estudantes ou biólogos profissionais ficam em dúvida na hora de escolher a melhor armadilha para capturá-los.
De modo geral, dizemos que a coleta pode ser realizada de duas maneiras: de maneira ativa, em que se utilizam instrumentos, como redes e aspiradores, para ir atrás do inseto; e de maneira passiva, em que são empregadas armadilhas, como atrativos luminosos ou alimentares.
Um dos métodos mais conhecidos de coleta ativa é a famosa rede entomológica!
Esta rede pode ser de varredura, aquática ou até mesmo aérea, que é a mais utilizada. Seu tecido deve ser leve, permitindo passagem de ar, mas também resistente, para não rasgar com facilidade.
Outro método é o do tubo aspirador, utilizado para coletar insetos voadores de tamanho reduzido! Este equipamento é composto por um pequeno frasco de vidro com tampa ajustada de borracha, tendo ainda dois tubos metálicos (um para produzir a sucção e o outro para sugar o inseto).
No caso da coleta passiva, um dos métodos que se destaca - e que inclusive já foi utilizado por mim para a captura de grilos e baratas - é o da armadilha pitfall. Este equipamento consiste em um recipiente enterrado (com ou sem um funil), podendo conter atrativos alimentares.
Por fim, mais um método de coleta passiva que merece destaque é o da armadilha luminosa. Nela, insetos voadores batem em uma lâmpada fluorescente monocromática, caem por um funil e acabam em uma gaiola de coleta, onde futuramente serão recolhidos.
Referências:
Insetos: Manual de Coleta e Identificação (Alberto Fábio Carrano-Moreira)
Esse simpático peixinho brasileiro tem parentes bem antigos, que surgiram há mais ou menos 400 milhões de anos!
Os peixes dipnoicos surgiram no começo do período Devoniano e foram representados por diversas linhagens, gêneros e espécies ao longo dos seus (milhões) de anos de existência.
Além do gênero brasileiro, existe também um gênero africano e um australiano.
Entre o Paleozoico e o Mesozoico, os grupos passaram por mudanças que influenciaram a preservação dos fósseis.
O registro passou de restos articulados a placas dentárias isoladas e ossos desarticulados, em geral, do crânio.
[IMGV] O que Nacional Kid, celacantos, maremotos e jornalistas têm a ver um com o outro?
🧵Segue esse fio para descobrir a origem do famoso "celacanto provoca maremoto!".
Tudo começou com o arco "Os Seres Abissais" do seriado Nacional Kid.
Em um episódio, as crianças conversam um pouco sobre esses pacatos peixes. Não demora para o Dr. Sanada aparecer e jogar a bomba de que os celacantos provocam maremoto.
Essa frase martelou a cabeça do jornalista Carlos Alberto Teixeira, na época com 17 anos. Logo, a pichação tomou as ruas não só do Rio de Janeiro, mas também de Washington e Paris!
Se prepara que vem aí o grupo de "peixes primitivos" mais famoso!
Os celacantos surgiram há mais de 400 milhões de anos, persistiram por quase todas as grandes extinções e são atualmente representados pela icônica Latimeria.
Desde seu surgimento no Paleozoico até o final do Cretáceo, o grupo é bem registrado, com mais de 130 espécies mundialmente distribuídas e bem diferentes entre si.
O registro do grupo, no entanto, apresenta um gap de cerca de 70 milhões de anos.
Essa longa ausência de ocorrências, especialmente em contraste com o rico registro mesozoico do grupo, fez com que os celacantos fossem considerados extintos até a década de 1930.
Marjorie Courtenay-Latimer foi a responsável pelo achado.
A espécie vivente está restrita à América do Norte. Os fósseis, no entanto, mostram que a ordem tinha uma distribuição bem maior, chegando à América do Sul, América Central, Europa, Ásia e África.
No Brasil, fósseis de dois gêneros já foram encontrados no #Araripe.
O segundo grupo de "peixes primitivos" são os lepisosteídeos.
Os fósseis mais antigos dos gars, como são conhecidos, são de mais de 150 milhões de anos atrás e eles têm descendentes que vivem até hoje!
As espécies viventes de lepisosteídeos são dos gêneros Lepisosteus e Atractosteus. A família tem ainda 3 gêneros extintos.
De forma geral, os gars são caracterizados por focinhos longos e pesadas escamas ganoides.
O fóssil mais antigo da família é do final do período Jurássico e ajudou a entender melhor a diversificação de Lepisosteoidea, superfamília que abriga os lepisosteídeos, e a ecologia dos gars.
O primeiro grupo de "peixes primitivos" são os polipteriformes.
Os fósseis mais antigos desses carinhas simpáticos são de mais ou menos 100 milhões de anos atrás e eles têm descendentes vivos até hoje!
Durante o período Cretáceo esse grupo era representado por, pelo menos, 10 gêneros conhecidos.
Hoje em dia, essa diversidade é BEM menor, com apenas 2 gêneros viventes: os bichir (Polypterus) e os peixes-cobra (Erpetoichthys).
Esses dois gêneros fazem parte da família Polypteridae e retêm vários caracteres considerados "primitivos": escamas ganoides, pulmões funcionais, e nadadeira caudal heterocerca.