No dia de hoje se completam 35 anos de um dos maiores desastres da história da humanidade: o Acidente Nuclear de Chernobyl...
Sem pessoas e com radiação, o local ganhou novos rumos e a pergunta que essa #BioThreadBr quer responder é: como está a fauna e flora lá hoje?
📸: IAEA
Durante um teste de segurança no dia 26 de abril de 1986, o reator nº 4 da usina explodiu, próximo da cidade Prypyat, a 100Km de Kiev (capital da Ucrânia). É estimado que foram cerca de 100 mil mortes ligadas diretamente à catástrofe (Greenpeace, 2006)...
É dito que por 10 dias, o combustível nuclear ficou queimando, o que liberou na atmosfera elementos radioativos que contaminaram, cerca de 75% da Europa, em especial, a própria Ucrânia, além de Belarus e Rússia
📸: Ingmar Runge
O impacto nos arredores foi devastador, tendo a retirada de milhares de pessoas de suas casas nos anos seguintes. Muitas ações foram promovidas para a "limpeza" da zona de Chernobyl, mas a fauna e flora ficaram por conta própria e com perdas não calculadas direito até hoje...
Mesmo com todo o risco, apenas em 2016 que foi construído um arco de aço sobre o reator para conter melhor a radiação ainda existente, que por isso, ainda é praticamente inabitada mas recebe muitos turistas todos os anos 🤡
Essa quase total ausência de seres humanos (mais preciso, a sociedade urbana capitalista) fez com que vagasse espaço para a fauna e flora crescessem com calma, mesmo em meio a radiação, o que gerou imagens e sons incríveis!
📸: Sean Gallup
Antes de continuar, assunto importante: apesar de tudo aqui trazer a sensação de "humanos vírus do mundo" NÃO É ISSO!!!! Não vamos assumir esse discurso pq isso é ECOFACISTA e é RACISTA já que coloca povos inocentes na reta. Pra mais, leiam o fio abaixo
O que eu quero trazer com esse fio são duas coisas: mostrar a capacidade surreal da natureza de sobrevivência e retorno, além de nos fazer refletir que nós somos parte dessa natureza, ela existe antes e vai existir depois de nós, podemos viver em equilíbrio
📸: Valentyn Ogirenko
Agora, falando de fato dos animais de lá, a variedade é enorme e alguns raramente vistos quando a cidade era povoada, como os linces!! Além deles, ursos pardos, alces e veados, lobos e javalis são alguns dos exemplos!
Um destaque vai para os cães-guaxinim (Nyctereutes procyonoides) que é um canídeo (família dos cães e lobos) introduzido na Europa, ou seja, não é de lá! Ah e no início do vídeo vocês podem ouvir o som que eles fazem!!
🎥: BBC
Ainda não se sabe ao certo como os seres vivos que tem vivido por lá são afetados pela radiação, mas são poucas ou quase nenhuma as mutações vistas hoje!! Isso mostra que TALVEZ, a presença das plantas e dos animais possa ajudar a ir dissipando muito aos poucos a radiação
Antes de terminar, que tal se imaginar em Chernobyl de hoje?? O vídeo abaixo estará em tela preta pra que você feche os olhos e ouça apenas! Essa gravação de Bernie Krause nos mostra como o som pode nos revelar o tanto de vida que existe!!
Chernobyl pode estar inabitável por até 24 mil anos, até lá, não sabemos como o meio ambiente vai agir, mas ele já provou que pode voltar e porquê não ser em harmonia com nossa sociedade? Até a próxima e um abraço!
📸: Sean Gallup
Raias Voadoras Acrobatas?!
Vem conhecer sobre Mobula spp., as raias voadoras, o mistério sobre os seus saltos e o que isso tem a ver com o som!
Segue a #BioThreadBr que é só pirueta nota 10 pra fora d'água!
📹: BBC One
Primeiro vamos conhecer as estrelas desse espetáculo, as raias do gênero Mobula! Pois é, são várias espécies dentro desse grupo que fazem esses saltos para fora d'água. Hoje são 11 espécies válidas, 2 delas sendo as famosas raias Mantas!!
📸: Duncan Murrell
Conhecidas como raias-diabo ou raias voadoras, são pelágicas (nadam na coluna d'água), se alimentam de plâncton, e ainda pouco conhecidas pela falta de estudos sobre elas! As exceções são M. alfredi e M. birostris, muito conhecidas (raias manta, que antes tinham grupo próprio)