Preprint 🇧🇷 : cobertura vacinal em idosos +80 anos pela vacinação com CoronaVac (77,3%) e AstraZeneca (15,9%) está associada à uma redução da mortalidade por COVID-19, comparado com indivíduos mais jovens, em um local onde a P.1 é dominante!
👥Proporção de todas as mortes ocorrendo nas idades de 80+ anos foi superior a 25% nas semanas 1-6 e diminuiu rapidamente para 13,1% nas semanas 13-14.
As taxas de mortalidade foram mais 13x maiores em 80+ anos x 0-79 anos até a semana 6, e diminuíram para 6,9x nas semanas 13-14
💉A cobertura vacinal (primeira dose) aumentou rapidamente entre indivíduos com mais de 80 anos, atingindo 49,1% nas semanas 5-6 e mais de 90% após a semana 9.
Vacinas funcionam sim 🎈
👥Até 22 de abril de 2021, 147.454 óbitos por COVID-19 foram notificados ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Brasil, e as taxas de mortalidade foram calculadas corrigindo as estimativas da população para todas as causas de mortes relatadas em 2020.
👥A mortalidade proporcional em idades de 80+ e 90+ anos em relação às mortes em todas as idades foi calculada, e as taxas de mortalidade compararam esses dois grupos de idade com indivíduos com idade 0-79 anos.
💉Dados de cobertura vacinal = monitoramento de vacinação do MS
Apesar de ainda não conhecermos completamente a dinâmica da P.1, esses dados apresentam um indicativo muito bom de que, quando há uma boa cobertura, observamos benefícios reais da vacinação, salvando vidas, mesmo num contexto de uma variante de preocupação como a P.1
Começar o final de semana com essa boa notícia ❤️ e lembre-se que com essa transmissão acelerada, é urgente que TODOS façam a adesão às medidas de enfrentamento (uso de máscaras bem ajustadas ao rosto, de preferência PFF2, distanciamento físico, evitar aglomeração, higienizacao)
E somado a essas medidas, que devem ser adotadas por todos (ainda não vacinados e vacinados), precisamos acelerar a vacinação no país, lembrando todo mundo de retornar pra 2ª dose, mesmo que atrase! Volte tão logo esteja disponível para recebê-la!
Para sair da pandemia, precisamos construir esse caminho juntos, que passa pela adoção de medidas de enfrentamento e restrições adequadas, para o controle da transmissão, somado a vacinação acelerada. #vacinese#todospelasvacinas 💉😷
Casos de Oropouche em SC: pela primeira vez na história do estado, casos foram registrados em Botuverá (Vale do Itajaí).
A Febre do Oropouche é causada por um vírus (OROV), transmitida por mosquitos e é mais uma doença que pode estar sendo agravada por mudanças climáticas🔻
Três pacientes em Botuverá (entre 18 e 40 anos, sem histórico de deslocamento para fora do estado) foram confirmados até o momento.
A febre do Oropouche foi isolada pela 1ª vez no Brasil nos anos 60, com surto recente na região norte do país g1.globo.com/ac/acre/notici…
A transmissão ocorre pela picada de mosquitos infectados. Entre os vetores, o mosquito-pólvora ou maruim (Culicoides paraenses) é o principal, mas em centros urbanos, o Culex quinquefasciatus pode ser um potencial vetor
Covid-19 pode aumentar riscos por até um ano após a infecção para desfechos psiquiátricos como:
- transtornos psicóticos, de humor, de ansiedade, por uso de álcool e do sono
Riscos maiores em pessoas hospitalizadas, e menores entre vacinados 🔻
a Covid-19 pode também trazer um risco aumentado de o indivíduo precisar de prescrição de medicamentos psiquiátricos por conta dessas alterações persistentes, comparado com aqueles sem evidência de infecção mas que passaram por estressores parecidos relacionados à pandemia
Mesmo em quem teve Covid-19 leve, esses riscos estavam presentes. Apesar de riscos serem ainda maiores para quem teve Covid-19 mais séria, não se pode subestimar o impacto de uma infecção leve considerando as sequelas pós-Covid
Desde Jan/22, o CDC estima que mais de 82 milhões de aves foram afetadas pela gripe aviária (H5N1), em 48 estados, nos EUA. Com casos do vírus avançando entre mamíferos, fica a pergunta: hoje, o risco global é baixo, mas será que saberemos a tempo, quando não ser?
O fio 🔻
O dado de cima foi tirado do monitoramento do H5N1 pelo CDC, pode ser conferido aqui:
Hoje foi publicado um texto que preparei para o @MeteoredBR sobre os casos de gripe aviária em rebanhos leiteiros no Texas, Michigan e Kansas.
Alterações no sistema imunológico podem estar presentes 8 meses após a infecção, mesmo em pessoas com Covid-19 leve a moderada.
Essas alterações podem manter a inflamação de forma contínua e sustentada nessas pessoas, levando a danos em diferentes tecidos 🔻
O estudo recente analisou o sangue de pacientes com Covid longa (CL), e comparou as amostras com:
- Indivíduos recuperados de mesma idade e sexo sem CL;
- Doadores não expostos;
- Indivíduos infectados com outros coronavírus.
O que os pesquisadores encontraram?
A Covid Longa leva a uma ativação anormal das células da imunidade inata (primeira linha de defesa do organismo, que respondem a qualquer invasão ou lesão, de forma inespecífica)
Estudo com 56 indivíduos com ~10 anos, com COVID longa (vs. 27 sem COVID Longa) mostrou alterações importantes relacionadas à função autonômica do coração, que também podem ser vistas em adultos com COVID longa.
COVID longa em crianças NÃO DEVE ser minimizado🧵
Os autores apontam que essas alterações poderiam levar a um fluxo sanguíneo anormal aos órgãos, contribuindo para sintomas como fadiga, dores musculares, intolerância ao exercício e dispneia, sintomas cognitivos (ex.: confusão mental)
Em adultos, essa disfunção autonômica pode estar presente e ligada a sintomas e condições da COVID longa relacionados ao sistema cardiovascular e respiratório, como a síndrome de taquicardia postural ortostática (POTS), fadiga e distúrbios das vias aéreas, por exemplo
Estudo interessante da @VirusesImmunity e colegas, mostra diferenças em como a COVID longa afeta homens e mulheres: mulheres são mais propensas a apresentar COVID longa, com uma carga maior de sintomas afetando diferentes órgãos, e hormônios podem ser preditores da condição 🧵
O grupo de pesquisadores investigou como o perfil imunológico na COVID longa pode diferir entre homens e mulheres e se isso poderia nos ajudar a entender como essa condição afeta ambos.
165 indivíduos (com ou sem COVID longa) foram avaliados.
O estudo identificou que alguns sintomas relacionados à COVID longa são mais presentes em mulheres (como inchaço, dores de cabeça, dores musculares, cãibras, queda de cabelo) e outros, mais em homens, como a disfunção sexual