Thread by @Boscardin

Fiozinho sobre os fascistóides.

Rimos dos personagens que ontem foram às ruas entre o tosco e o mambembe pedir, de novo, intervenção militar. Entretanto, gracejos à parte, não se pode subestimar este movimento/sentimento que, se não é majoritário, é maior do que o que se viu. +

Óbvio que muitos desejam e apoiam esta intervenção, mas muitos não foram para não se expor ao coronavirus e ao ridículo de fazer isso abertamente. Mas o sentimento existe. E tem apoio de parte considerável da elite que, como já escrevi, é historicamente governista e reacionária+

Não se pode descontextualizar o movimento de ontem e os empresários e empresárias, especialmente estas, que se reuniram com Bolsonaro, todos sorridentes e, literalmente sem máscaras, alguns dias antes e alguns dias depois de chegarmos a 400 mil mortos. Por qual motivo+

especialmente elas? Porque as empresas que elas representavam ali tem mais peso institucional e econômico do que aquele grupo de meia dúzia de empresários que foram reunidos meio a toque de caixa com o presidente, na base do “vamoquevamo”! No caso delas, o encontro foi +

meticulosamente organizado para ser maior e + representativo porque, segundo li, @KarimMiskulin ficou indignada pela ausência de mulheres na primeira reunião com o líder do governo genocida! Então colocou em marcha as engrenagens de sua revista, digamos, política, para promover

aquele convescote com Bolsonaro onde apareceram sorridentes e sem máscaras ao lado dele. Uma imagem fala mais que mil palavras, diz o ditado. Neste caso, se enquadra à perfeição. A imagem não é apenas um encontro de mulheres executivas com o presidente. Não!

Houve uma organização, tempo para pensar, tempo arrumar desculpas. Quem foi, foi consciente que iria se reunir com o homem que ameaça a democracia brasileira dia e noite! Que não comprou vacinas para o seu povo! Que ataca o distanciamento, o uso de máscaras e que promoveu

remédios que não funcionam para a Covid, redundando em 400 mil mortos, marca alcançada um dia antes. E mesmo assim, elas, como eles, foram! Apertaram as mãos, sorriram, posaram para fotos, legitimaram tudo aquilo que ele representa: a morte, o autoritarismo, a divisão, a +

pobreza! Havia ali, até certa promotora de Justiça que disfarçava bem, ao que leio, suas preocupações sociais apesar de, pelo que também leio, ser companheira afetiva de um senhor de convicções proto-autoritárias, aparentemente fã de Bolsonaro. Vi gente da esquerda raiz +

“Chocada” com presença dela no festim diabólico. Vocês não viram com quem ela anda?
Volto ao principal: não se pode subestimar esse movimento. Hoje, diante de mais um ataque à democracia patrocinado pelo presidente, com direito a sobrevoo de helicóptero, TODOS os

jornais que contam deveriam fazer um editorial conjunto RECHAÇANDO o golpismo! Deveriam lançar um BASTA COLETIVO, assim como os partidos da dita oposição! Qual o limite? Até quando vamos ficar dia sim e dia também sendo ameaçados? Erra quem acha que é bravata! Acaso +

não estão vendo parte da população, empresariado, militares, líderes de instituições, como o MPF, ou se omitindo claramente ou atuando de maneira a deixar claro o apoio, mesmo que em convescotes da morte?
Não subestimem. A hora é de união. O momento é mais grave do que a

fanfarronice das paradas com palhaços vestidos de verde e amarelo sugere. Está + enraizado do que parece. “Deixá-lo sangrar” é um erro monumental. A hora é de reunir forças e atuar em conjunto contra o delinquente. Depois não digam que não foram avisados. Ele nem esticou a corda

de verdade! Ele vai mais longe. Vocês, que estão omissos lhe dando tempo, estão pensando com uma cabeça supostamente racional! Erro gigantesco. Bolsonaro não liga para as regras sociais ou democráticas de vocês, nem para verdades fáticas! É isso que vocês ainda não entenderam.