Paulo Guedes é uma peça central pra entender o morticínio. A tese da imunidade de rebanho por contágio casa perfeitamente com o seu neoliberalismo: as pessoas precisam se infectar rápido, não parar de trabalhar e assim o governo gasta pouco pra lidar com os efeitos da pandemia. +
Esse pensamento, é claro, é errado eticamente, pois admite que é necessário que um número enorme de pessoas morram desnecessariamente em nome da economia, e é errado cientificamente, pois nunca na história se atingiu a imunidade de rebanho por contágio. +
Afinal, deixar que as pessoa se contaminem indefinidamente abre espaço para que mutações ocorram e para que o sistema de saúde se sobrecarregue e não dê conta de atender nem as pessoas que não estão contaminadas mas precisam de algum atendimento hospitalar. +
E essa estratégia é errada também economicamente, o que só demonstra a inaptidão do Guedes para comandar a Economia.
Isso porque NÃO há oposição entre vida e economia, como o governo vem defendendo desde o início: a economia só funciona e cresce com pessoas vivas e saudáveis. +
E o governo não gastou menos com a livre disseminação do vírus. Afinal, pagar leito de UTI, kit intubação e arcar com os custos a longo prazo da doença sai muito mais caro do que prevenir que as pessoas se contaminem e precisem do sistema de saúde. Guedes é um incompetente. +
Enfim, entender o papel prestado pelo Guedes é entender a estratégia assassina do Governo Bolsonaro da imunidade de rebanho por contágio.
Sem o dedo dele, não há ação do governo para que as pessoas se contaminem e morram.
Ele é tão negacionista quanto Bolsonaro. Simples assim.
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