Agora tem entrega de e-residency no Brasil. Custa 100 euros, e com isso você pode abrir e gerir uma empresa remotamente na Estônia, fazer negócio com toda a Europa e se a empresa der certo pode abrir caminho para um visto de residência lá.
A e-residency não dá direito a entrar ou ficar lá.
Mas se você conseguir capitalizar uma empresa em 16 mil euros e se contratar, você pega o visto de residente temporário. Se tiver sócios (meu caso) o valor sobe para 64 mil euros.
Com a e-residency você consegue abrir e gerir a empresa lá, vender lá e começar a guardar uma grana. Quando bater essa linha, você pode subir os degraus da escada e conseguir o visto de estadia.
Fora isso, você pode fazer negócios facilmente com toda a União Europeia em uma das melhores jurisdições do mundo, pagando muito pouco imposto e custo operacional.
Pra quem tá em tech/design/marketing/vendas eu sugiro pesadamente tirar uma.
Sobre o visto de residente temporário sef-employed:
Pomerode (36mil habs) gastou em 2019 cerca de 160mil reais para retransmitir a sessão da câmara nas duas rádios da cidade.
Nenhuma outra cidade da região faz isso, não se sabe quantos ouvem. E em 2021 esse gasto pode subir até 50%.
É bizarro.
Em 2019 Pomerode gastou 516 mil reais com publicidade em rádio e jornais, contando a retransmissão de sessão. De 2017 a 19 foram 1,5 milhões.
Nenhuma cidade da região gastou mais que isso. Nem Jaraguá ou Blumenau, que são 10x maiores.
Isso dá 46 reais por morador da cidade no período 17-19 para... nada, basicamente. Não se sabe sequer se alguém se importa de ler ou ouvir o que é colocado.
O valor é equivalente a 75 mil vacinas da Fiocruz. Suficiente para imunizar toda a cidade e ainda sobrar 15 mil vacinas.
Várias fontes de Brasília apontam para a mesma direção.
Risco muito real da CPMF voltar. Como Lira enterrou a comissão da ref tributária e agora quer levar a plenário, abre-se risco para vários aumentos e insanidades.
E todas as fontes apontam a mesma coisa: foi por ego.
Lira botou seu ego e nome acima de simplificar o sistema tributário brasileiro, e com isso botou em risco o futuro econômico do país.
Mandou derrubar a comissão enquanto Aguinaldo lia o relatório.
Todos leram isso como um ataque direto, humilhação do adversário em praça pública
É com isso aí que Bolsonaro fez aliança e botou em um dos mais altos cargos do Brasil, pagando um preço caríssimo de botar o centrão pra dentro do governo.
Em Curitiba, escolas privadas vão voltar parcialmente enquanto as estatais ficam no EAD-improviso que serve quase que só pra dar a aparência que algo está sendo feito.
Te roubam em imposto "para fornecer saúde e educação". Na hora de fornecer, nada.
Entre várias coisas, dessa forma o estado age para aumentar a disparidade entre alunos da iniciativa privada e das estatais.
Novamente o estado sendo o principal produtor de desigualdade.
O que é interessante de observar é que os governadores e prefeitos estão respondendo aos incentivos.
Agrada o funcionalismo via permitir que possam não trabalhar e receber em dia.
Joga um osso para empresas a beira da falência que suplicam por uma abertura.
Primeiro, antes de entrar no mérito: Por que o governo quer discutir isso agora, se não para tornar ele mais adequado para uma decretação de estado de mobilização?
Já revela a intenção.
Segundo, o PL traz uma grande mudança no art 4: altera "O Poder Executivo" para "O Chefe do Poder Executivo".
Bolsonaro aprendeu a não confiar nos seus ministros. Esse PL bota todos os poderes na mão dele.
Terceiro: o PL permite que Bolsonaro designe quem vai administrar a mobilização. O que pode bem ser ele mesmo.
Quarto: ele permite que Bolsonaro convoque quem ele quiser para integrar o esforço de mobilização. Polícia, economia, propriedade, o que for.
Dado que os comandos das forças armadas já deixaram claro que não vão embarcar num golpe com Bolsonaro, essa comoção toda me parece um bom tanto exagerada.
É muito mais grave para o Brasil que a chave do cofre, a Segov, ser entregue ao Centrão.
Mas claro, falar de ALÁ VEMNO GOLPE dá muito mais clique e falar do centrão indiretamente fortalece Bolsonaro então é meio óbvio qual a rota que o debate vai tomar.
E uma coisa que não vi qualquer jornal ou comentarista falando: o que viabiliza o golpe é a demanda popular por ele.
Quando o STF cancela a Lava Jato, quando o judiciário cria mais penduricalho, quando governadores e prefeitos sobem lockdowns, a demanda sobe.