A região Sudeste (também) me preocupa bastante, principalmente por causa de SP e RJ, vamos ver a situação até 04/05/2021? Sigam o fio: 🧶 //1
Olhando a região como um todo já conseguimos ter uma ideia do porquê da preocupação. Vocês percebem que a queda de novos casos por dia já praticamente deixou de ser queda e virou estabilização? E estabilização pós queda = reversão de tendência. //2
Outro fato válido de observar em gráficos de casos/óbitos por data de notificação, como estes, é que os óbitos sempre chegam atrasados. Percebam que os óbitos ainda estão caindo como os casos estavam, mas os casos já mudaram sua tendência. O que acontecerá com os óbitos? //3
Como estão os hospitais de SP? Ainda em patamares altíssimos de internados em UTI. Vejam aqui o estado: //4
E aqui por DRS. Vejam que nenhuma região demonstra níveis seguros de operação, nem de longe: //5
E como está o reporte de sintomas na pesquisa da Universidade de Maryland/Facebook? Desde 07/04 a queda foi interrompida por uma estabilidade preocupante. Ainda não está aparecendo um aumento brusco como em alguns estados do nordeste. //6
A mobilidade do estado de SP está ficando perigosamente próxima ao índice de antes deste último aumento grande de novos casos. Dá para notar bem nas categorias de comércio/lazer, transporte público e locais de trabalho. //7
O que significa essa mobilidade alta em um estado cheio de novos casos por dia? Significa um aumento do risco de termos contato entre suscetíveis e pessoas transmitindo o vírus. Com esse aumento, não saímos nunca do loop. Vejam os dados de vacinação:
Com esses índices de vacinação (muito bem "plotados" em gráfico pelo @eliaskrainski) percebemos que a cobertura vacinal não é o suficiente para segurar uma nova onda agora no outono/inverno. //9
O RJ é um caso a parte. Olhando os dados de mobilidade, sentimos que, principalmente no estado como um todo, parece que a pandemia não existe. Percebam como a mobilidade cai apenas em feriados: //10
E o que isso faz com casos e óbitos? Tendência de aumento nos últimos 20 dias E aumento na média móvel da taxa de crescimento de novos casos, que é a situação que não queremos de jeito nenhum!! O número de pessoas reportando sintomas vem aumentando desde fevereiro: //11
O RJ é um exemplo de estado que não combate o vírus organizadamente. Vimos algumas iniciativas mais rígidas das prefeituras do Rio de Janeiro e de Niterói que não foram seguidas pelo estado, o que atrapalha demais. //12
MG vinha em queda de casos e passou a estabilizar. Vi que a prefeitura de Belo Horizonte começou a se mexer, gerei o gráfico e notei tendência de aumento nas notificações de novos casos. Preocupante! //13
A mobilidade de MG vem aumentando rapidamente após o feriado de 02/04 também, e isso preocupa, pelos motivos já muito explicados por mim em todos os fios. //14
Dá pra ver no gráfico de sintomas como há uma batalha ali (um sobe e desce constante). Essa oscilação é mais facilmente encontrada em locais onde ocorrem aberturas e fechamentos mais constantes, como Belo Horizonte. //15
O único problema dessas aberturas e fechamentos é que ocorrem em patamares altíssimos, e não em níveis baixos como países que controlam antes de gerar explosões de casos. //16
O ES vem muito similar à região. Uma leve queda na notificação de novos casos, patamares altíssimos de casos, e desaceleração na média móvel da taxa de novos casos, o que...preocupa. Os sintomas também estão demonstrando tendência de aumento, com muita oscilação. //17
A mobilidade do ES também teve seu ponto máximo de queda no feriado da páscoa, mas logo subiu bastante, o que indica preocupação. Eu juro que gostaria de falar outra coisa, mas é praticamente o Brasil todo que vem em situação muito similar. //18
Aqui, para fins de comparação, dois países que fizeram fechamento, mas um aumentou a mobilidade ainda com o patamar alto (Itália) e outro aguardou cair bem para aumentar a mobilidade (Reino Unido): //19
Preocupação à vista para a região Sudeste. É importante manter os cuidados e fazer tudo que é possível para baixar essa taxa de transmissão afastando pessoas umas das outras. Vejam os dados de SRAG: novamente entrando no pico de 2019 com patamares MUITO maiores: //20
É importante repensar as flexibilizações de SP e tomar alguma atitude mais contundente no RJ, pois o risco de uma nova explosão se torna cada vez mais alto. //fim
Oi, pessoal! Fiz um fio por região com os dados atualizados até 04/05/2021, e já estamos vendo reversões de tendência, infelizmente, em vários estados. Juntei todos esses fios aqui para facilitar o acesso! Sigam o fio: 🧶//1
Neste novo formato de fio que tentei fazer (um fio com "sub fios") o fio principal fica menor e consigo inclusive trazer alguns conceitos que ajudam no entendimento das análises. Para contexto, aqui está o alerta de 28/04/2021:
A região Norte tem alguns estados com uma queda interessante de casos, mas como região, ela também inspira cuidados, vale a pena acompanhar. Sigam o fio: 🧶//1
Vejam que a tendência dos últimos 20 dias é de queda na região Norte como um todo,mas a velocidade já está querendo desacelerar. O patamar de casos novos por dia da região ainda é alto, e o número de óbitos , por mais que esteja caindo, mostra-se em um patamar bem alto também://2
Qual a diferença dos estados da região Norte para as outras? Aqui a estabilização está se dando em patamares mais baixos. Vejam que a velocidade de queda do AC está estabilizando, assim como a do AM, o que indica a reversão,mas o patamar está mais baixo que nas outras regiões.//2
Vamos ver a região Nordeste? Aqui temos alguns estados que me deixaram bem preocupado, torcendo para que sejam inconsistências nos dados e não prenúncio do que está vindo. Sigam o fio: 🧶//1
Vejam o gráfico da região como um todo, e olhem como o patamar de novos casos notificados por dia está enorme. Dá para notar bem no primeiro gráfico, o que mostra todo o período. Além disso, vejam a taxa de crescimento de casos. Não está demonstrando uma queda, o que preocupa!//2
Quais são os estados que me deixaram bastante apreensivo? O primeiro é o AL, especificamente pelos dados de sintomas via pesquisa da Universidade de Maryland/Facebook. Torço para que seja algum viés de seleção, algo que tenha pego muitas pessoas sintomáticas juntas: //3
Nessa semana eu estou fazendo um fio por região e vou juntar todos ao final. Agora vamos falar da região Centro-Oeste, que infelizmente também preocupa. Sigam o fio: 🧶 //1
Primeiramente queria pedir desculpas a todos do Centro-Oeste pois no último fio eu fiz todos os gráficos, tudo bonitinho e simplesmente não postei!! 😬😬
Nos dias seguintes não consegui tempo, os dados desatualizaram e por isso deixei para postar agora. Perdão mesmo a todos! //2
O Centro-Oeste vem desacelerando a queda de novos casos notificados por dia, indicando a chegada da reversão de tendência logo logo se as coisas continuarem assim. Vejam a média móvel da taxa de crescimento, como ela está querendo parar de cair: //3
Oi, pessoal! Aguardei mais uns dias, torcendo muito para que as reversões de tendência que vimos nas últimas análises não se confirmassem, mas infelizmente é o que já estamos vendo. Vou fazer um fio por região do Brasil e depois junto tudo em um! Vamos começar com o Sul: 🧶//1
Ao olharmos o gráfico de casos e óbitos da região Sul, o que vemos? 1. A tendência dos últimos 20 dias é de crescimento de notificações de novos casos (😔); 3. A "velocidade" (média móvel da taxa de cresc.) parou de cair, o que é o primeiro indicador da reversão de tendência. //2
A mesma tendência se vê em PR e SC. Vejam como a tendência de novos casos/dia (a linha pontilhada preta) indica aumento quando olhamos o recorte dos últimos 20 dias. //3
Oi, pessoal! Fiz uma atualização de todos os dados até 27/04/2021 e acredito ser importante fazer o registro do momento em que estamos, por ser tão crucial em relação ao futuro de curto/médio prazo. Sigam o fio: 🧶 //1
Analisando o Brasil como um todo, percebemos que a "velocidade" de notificação de novos casos vem em uma leve queda, infelizmente desacelerando. Vejam o gráfico com a taxa de crescimento de casos acumulados, e também com casos novos: //2
Ao analisarmos a média móvel da taxa de crescimento de casos novos, o gráfico fica "feio", mas ele pode ficar negativo (ou seja, se há queda, o número fica abaixo de zero). Já o de casos acumulados fica, no máximo, igual a zero (que é o que queremos, o mínimo de casos/dia) //3