Hoje foram 25 mortos numa chacina comandada pelas polícias do Rio de Janeiro. Um estado governado por aliados do governo federal, da presidência. Cláudio Castro tem sangue em suas mãos, sangue dos milhares que já foram mortos em todas as chacinas em seu governo.
Hoje foi no Jacarezinho, semana passada foi nos Prazeres, mas já foi no Juramento, no Urubu, na Praça Seca, no Rola, no Chapadão, na Maré, no Alemão, na Cidade Alta, em São Gonçalo, Mesquita... Um genocídio urbano, onde as vítimas têm um perfil social e racial muito bem definido
Uma política de extermínio dos pobres e mais vulneráveis. Após a chacina, a cúpula das polícias do estado do Rio de Janeiro ainda ameaçaram ativista e ONGs ao vivo na TV! Um extermínio em massa assim deveria custar, no mínimo, o cargo do governador e dos comandantes das polícias.
Deveria estremecer o governo federal, que apoia o que aconteceu. Mas a vida custa muito pouco por aqui... Quase nada. Todos os dias é um, são dois, 10, 15 e mais mortes. Uma pessoa foi atingida dentro do trem do Metrô, que sequer interrompeu a circulação no meio do fogo cruzado
É muito difícil ver um dos seus ser executado, ter sua vida ameaçada por aqueles que deveriam nos proteger, acordar com marcas de tiro na janela, ter seu ir e vir impedido, ser alvejado a caminho de seu trabalho e de suas atividades, viver com constante medo.
Mas quem se importa com a vida de quem mora em comunidade ou próximo? Se fossem 25 mortos numa operação desastrosa da polícia no Leblon ou em Ipanema, como estariam os noticiários no Brasil e no mundo agora?
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