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May 30, 2021 8 tweets 4 min read Read on X
#1 O professor @OliverStuenkel, da @FGV, deu um depoimento interessantíssimo na @USCC_GOV, do Congresso dos EUA. Não espere ataques à China. As partes descritivas são bem boas e úteis para, na minha avaliação, pensar no tamanho do que considero problema.
uscc.gov/sites/default/…
#2 Neste trecho, logo no início, ele resume pontos relevantes sobre os interesses chineses. 1) Profunda dependência de minerais (ferro e nióbio) 2) Como produtor de alimentos, o Brasil é estratégico para a China (e acrescento, o regime político comandado pelo PCC). Image
3# A roubalheira das empresas pilhadas na #LavaJato tornou inviável a presença delas em muitos negócios e países. Os chineses entraram com tudo no lugar. Penso que isso se deu não apenas por "senso de oportunidade". O PCC substitui os brasileiros em TODAS as outras atividades. Image
#4 O dr. Stuenkel toca em um ponto fundamental. As estatais chinesas não estão apenas fazendo negócios na América Latina e no Brasil. Estão comprando com visão estratégica, muitas vezes pagando preços mais elevados por empresas que eles consideram fundamentais para seus planos. Image
#5 Ainda sobre o trecho acima. Vale prestar atenção quando o autor fala que para Beijing pouco importa o presidente de hoje. No caso @jairbolsonaro. Me parece preciso sob o aspecto estratégico. Mas os chineses já são mais tão discretos ou tão pacientes com os governos que passam.
#6 A China abriu mão do soft power faz tempo. É verdade que eles se beneficiaram da imagem de "neutros" em contraposição aos EUA que sempre exigem contrapartidas e têm um passado intervencionista que deixou traumas na América Latina Image
#7 Um ponto central. O envio de 500 jornalistas latinos para "aprender sobre a China e explicar melhor o país" para seus leitores é apenas uma parte do que se chama captura de elites. Faltou citar a quantidade de parlamentares e think tanks que também são assediados pela China. Image
#8 Infelizmente o documento está em inglês (o que impede o acesso de muita gente) e tenha sido ignorado no Brasil. Profundo conhecedor das ações da China no Ocidente, o dr. Stuenkel oferece outros números e informações relevantes. E ninguém pode acusá-lo de ser anti-China.

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Apr 29
#1 Na coluna da semana passada escrevi sobre como, sob o pretexto da "interação regional", os governos da América do Sul estão trabalhando (e torrando uma fortuna) para ajudar a China a viabilizar rotas alternativas na região.
gazetadopovo.com.br/vozes/leonardo…
#2 Aparentemente, tudo tem se dado em função de um terminal que a China construiu no Peru e todo mundo passou a chamar de "Megaporto". Mas será que o tal Porto é mesmo "mega"? A resposta está implícita na pergunta, para não dizer evidente. Não é não. Mega é apenas a propaganda. Image
#3 Comparado com os demais portos da América Latina, o "megaporto" chinês ocupa a 18ª posição em capacidade de movimentação de contêineres. No quesito movimentação de cargas, o "mega" não consegue se posicionar sequer entre 30 maiores da região. Image
Image
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Read 8 tweets
Apr 29
#1 Segundo informa o site @Metropoles, interceptações e quebras de sigilo realizadas em uma investigação do @mpsp_oficial mostram que integrantes do PCC se reuniram com o "pessoal da Embaixada da Rússia", que teria prometido ajudá-los a ter acesso privilegiado ao STF. Image
#2 A troca de mensagens indica que o "pessoal da Embaixada da Rússia" não estava ciente dos objetivos do PCC com o Supremo, mas isso não permite afirmar que eles desconheciam estar reunidos com membros do PCC. Eis a história completa.
metropoles.com/distrito-feder…
#3 O mais razoável é supor que o "pessoal da embaixada" também não soubesse que estava sentado à mesa com membros da maior organização de crime transnacional da América do Sul. No entanto, isso não tira a gravidade do caso, que revela o nível de acesso do PCC.
Read 5 tweets
Jan 6
#1 A história sobre como as gangues de estupradores de menores atuaram impuneme no Reino Unido me faz lembrar do esforço de algumas autoridades, entidades e personalidades brasileiras para desacreditar as denúncias de abuso de menores no #Marajó.
telegraph.co.uk/news/2025/01/0…
#2 Durante anos, a polícia, os promotores e as instituições de assistência social no Reino Unido ignoraram as denúncias das vítimas. Um relatório de 2014 fala em pelo 1.400 menores violentadas, apenas em Rotherham, a cidade epicentro do escândalo.
rotherham.gov.uk/downloads/file…
#3 Como se não bastasse, as meninas - todas elas em situação de vulnerabilidade econômica ou social - eram tratadas como cúmplices ou culpadas. Depois de anos de abusos, a história de algumas delas virou série de TV. Mas o problema central foi ignorado.
theguardian.com/uk-news/2022/a…
Read 9 tweets
Dec 17, 2024
"Será que a natureza da atividade de pensar, o hábito de examinar, refletir sobre qualquer acontecimento, poderia condicionar as pessoas a não fazer o mal? Estará entre os atributos da atividade do pensar, em sua natureza intrínseca, a possibilidade de evitar que se faça o mal? Ou será que podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar?" (Hannah Arendt, 1963)
O caso brasileiro vai muito além da abstenção. Não ha neutralidade alguma. O Brasil aderiu . São várias as evidências. Vão desde a negação da realidade, passando pela proibição de vendas de material militar para Ucrânia e chegando ao crescimento fabuloso das importações da Rússia, que saíram de US$ 7,85 bi, em 2022, para US$ 10,26 bi, em 2024. comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/116762
O papel no Brasil como auxiliar de Putin se torna ainda mais evidente quando se analisa as compras brasileiras de diesel. De 2019 a 2022, o Brasil enviou para Rússia US$ 112 milhões pelo diesel importado. Em 2023, primero ano do governo Lula, esse valor saltou para US$ 4,43 bi. Neste ano já passa de U$ 5,1. Um total de US$ 9,66 bilhões. Ressalta-se que as compras não são do governo sem si. Mas o Planalto não moveu uma palha para evitar a injeção de bilhões na economia russa.
Read 4 tweets
Nov 14, 2024
As condições estavam postas para um atentado no Brasil. Radicalização da sociedade é a resposta mais barata, mas não é a mais precisa. Marcas psicológicas típicas dos extremistas são raiva, ressentimento, desespero, sentimento de opressão e algo de loucura. Isso foi cultivado em grandes quantidades no Brasil. O fato de o alvo ser Brasília não é à toa.Image
É preciso investigar para entender as motivações do atentado. Mas acho útil dizer que não se deve cair na tentação de chamar de terrorismo. Mais do que matar, o terrorista busca assustar (quanto mais e profundamente melhor). A morte é a destruição são meios, mas não o objetivo.
O caso de Brasília atende os principais requisitos para classificar autor como extremista, mas não se encaixa perfeitamente no que vem a ser terrorismo. Mesmo a presença de um artefato em seu corpo, ele ainda não cabe no conceito de terrorista.
Read 7 tweets
Oct 26, 2024
#1 O governo da Argentina apresentou hoje quem é o chefe das operações do Hezbollah na América Latina: Hussein Ahmad Karaki. Segundo as autoridades, Karaki é um personagem central nos atentados contra a Embaixada de Israel (1992) e Amia (1994). Image
#2 Portando identidade falsa, Karaki operou diretamente na realização do atentado contra a Embaixada de Israel. Segundo a investigação foi ele que comprou o carro que foi preparado com os explosivos. Ele deixou o país com rumo à cidade de Foz do Iguaçu horas antes da explosão. Image
#3 Com a identidade colombiana de Alberto Leon Nain, Karaki voltou ao Brasil para liderar a operação financeira e logística do atentado contra a Amia. Evidência que corrobora com a investigação de Alberto Nisman, que mostrou como Brasil é usado na preparação de atentados. Image
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