Vi alguns comentários por aqui que a atriz, como formadora de opinião, fez um grande desserviço ao popularizar o ata de ser sommelier/degustadora de vacina.
Em primeiro lugar, é importante relatar que a atriz não fez uma publicação informando que preferiria uma vacina a outra.
@OliveiraFabia_ noticiou um evento pessoal e particular (escolha e realização de um tratamento médico) como algo público. Se a informação tiver sido passada por algum profissional do local, além da violação da intimidade, haveria também um desvio ético.
Todo paciente tem o direito de tomar decisões médicas, com privacidade, sem sofrer pressões de outras pessoas, com amplo acesso à informação, podendo buscar uma segunda opinião médica se assim desejar.
Isso é válido para todo e qualquer tratamento médico, inclusive vacinação.
Daí vem a necessidade de um bom Plano Nacional de Imunização (PNI) e de um forte investimento em campanha para esclarecimento e convencimento da população da necessidade, efetividade e segurança das vacinas.
Nesse ponto o @minsaude peca muito. O PNI é amplamente criticado…
… por ter criado um grupo prioritário muito grande e uma categoria de comorbidades de difícil comprovação que provocou uma queda na vacinação em maio, apesar de ter sido o mês que chegou mais vacinas.
O PNI também é falho ao não estabelecer quando e qual vacina deve ser tomada.
Cada município tem criado a sua lista de documentação necessária, a sua interpretação sobre comorbidades e o seu próprio calendário.
Em São Luís/MA vai se vacinar acima de 24 anos antes de SP começar a vacinação para os com 59.
Essa discrepância é normal?
Voltando ao caso da atriz, todo medicamento pode provocar efeitos colaterais e todo medicamento é contraindicado em algumas situações. Ambos os casos devem estar descritos na bula para que tanto o paciente quanto o profissional possam avaliar o custo-benefício o uso.
O custo-benefício é altamente favorável para a vacinação na população em geral e por isso que as vacinas foram aprovadas, porém, em alguns casos individuais, o custo-benefício para um tipo de vacina pode fazer com que a escolha por outro tipo de vacina seja recomendado.
É importante q os direitos do paciente também sejam respeitados.
Procure se vacinar — é a melhor maneira de se proteger no médio prazo e de acabar com a pandemia.
Se vacinando, você adiciona uma camada extra de proteção, além das PFFs, do distanciamento e da ventilação.
Evite o vigilantismo e entenda que nem sempre o que se aplica a você se aplica a todas as outras pessoas a sua volta.
Uma atitude positiva e compreensiva ajuda muito mais do que uma postura de cobrança e vexação, em saúde pública.
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Segundo dados consultados no site do @vacinacovidbr, até o final de setembro, em doses contratadas, teremos mais vacina do que o necessário para dar 2 doses em 75% dos adultos.
Por isso que é perfeitamente possível vacinar todos os adultos com ao menos uma dose até setembro.
É capaz até que a vacinação de maiores de 18 seja liberada já no final de agosto.
Temos duas explicações para isso:
O espaçamento de 3 meses entre doses; e
Os gestores entenderam que não precisam vacinar 100% das pessoas de uma idade, para iniciar a vacinação da próxima idade.
E a conclusão lógica é que para não recomendarmos as valvuladas (já que não protegem o máximo possível os outros), deveríamos também não recomendar as de tecido e de procedimentos (o que seria um contrassenso).
@peroLaras foi responsável tb pela melhor reportagem já publicada sobre PFF aqui no Brasil e faz a primeira reportagem sobre as elastoméricas no Brasil.
Lembrando que Estado Unidos e Reino Unido têm usado elastoméricas com profissionais de saúde.
Obviamente q a fala do presidente, p/ + idiota, mentirosa ou factóide q possa ser, tem o poder de trazer o assunto p/ pauta nacional e hoje mesmo já teremos pessoas que já tiveram COVID-19 ou vacinadas querendo não usar máscara.
Tendo a pensar que essas já são pessoas que não gostam de usar máscara e usam qualquer uma, de qualquer jeito, só para constar.
Acho que o foco não precisa/deve ser nessas pessoas. Elas sempre existem e fazem parte de algo comum à saúde pública.
Em toda medida de saúde pública, sempre haverá uma parcela da população que evitará qualquer tipo de proteção (bareback no HIV, baremask na COVID) e um outro grupo que se protegerá em excesso (álcool em gel no pacote da batata palha).
Informe:
Q você tomou e qual tomou ou q conhece alguém q tomou.✅
Os sintomas q teve e com tratou.✅
Q é uma camada de proteção extra.✅
Q é uma forma de voltar à normalidade + rápido.✅
Q tudo bem estar preocupado.✅
Evite dizer:
Q o receio é infundado.❌
Q ela tem obrigação.❌
Q ela é medrosa ou q é frescura.❌
Q a atitude dela é egoísta.❌
E, PRINCIPALMENTE, não tente pôr medo.❌
Medo não é eficaz para aumentar aderência no médio e longo prazo.
Vacinação é algo ✅, vamos ajudar. ✅
A AstraZeneca tende a provocar mais reações em jovens e é provável que se torne mais comum falar da "paulada" ou do "atropelamento por caminhão" que ela causa. rsrs
Tudo bem e é até legal tratar as reações com leveza, mas sem desmerecer a preocupação/medo das pessoas.
Galera, se tem posto vazio pode ter certeza que tem mais a ver com a complexidade criada para provar comorbidade; a falta de comunicação; a falta de coordenação e cada município fazendo tudo de qualquer jeito e programação ruim.
Focar em quem vai ser vacinado é o mesmo erro de achar que a 3ª onda é causada por quem não está respeitando os protocolos de merda que focam em álcool em gel.
Os 50 tons de negacionismo se espalham pela administração pública. Vamos cobrar deles e deixa o povo se vacinar em paz!
E ainda pode ter gente que achou que hoje por ser feriado não ia funcionar (como não tem funcionado no domingo).