"Não existe amor em SP
Os bares estão cheios de almas tão vazias
A ganância vibra, a vaidade excita
Devolva minha vida e morra
Afogada em seu próprio mar de fel
Aqui ninguém vai pro céu"
Sempre que eu escuto este verso eu estanco os segundos...
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Desde que a pandemia começou e tenho visto amigos, conhecidos e parentes frequentando espaços públicos aglomerados, as palavras me atravessam com uma voracidade incrível... Consome, entristece, varre cada pedacinho em ares despedaçadamente.
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A ideia de que fomos vencidos pela individualidade, algoz e vaidosa reside no pensamento, enquanto tento afastar de tudo o que possibilita que eu continue...
Há dias de continuar apenas viva para além do óbvio pulsar. Há dias que é preciso mais.
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Mais o quê? Continuar acreditando o suficiente, que é possível, para trabalhar com a comunicação científica e no combate à COVID-19 em um país que se abraçou ao vírus com ganas e fervor.
Temos visto a vacinação avançando e, mesmo assim, hoje, os números, que são vidas...
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Hoje alcançamos quase 100 mil casos novos e estarmos beirando os 500 mil casos de mortes confirmadas - vidas partidas, famílias despedaçadas - enquanto bares lotam e pessoas riem por pura falta de pudor, dilacera a condição de, hoje, sorrir.
Os bares estão cheios, de almas tão vazias, a ganância vibra, a vaidade excita.
Aqui, ninguém vai pro céu. Entretanto, infelizmente 500 mil estão abaixo da terra.
Pode ser que não exista amor em SP. Mas, se tu vives no Brasil, é a esperança que esqueceu de nascer.
Aparecida Vilaca diz "é impossível não pensar na pandemia desassociada deste governo", ao falar sobre a questão indígena e a vivência da COVID-19, as violências sofridas neste processo - que se agravou além do que já existia.
Aparecida Vilaca nos lembra o quanto tempos de crises aumentam (e muito) a busca por minérios específicos - como ouro - e o quanto isto aumenta a violência contra indígenas, a invasão de terras, a morte da população para roubo, garimpo ilegal.
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"Olha a matéria para a imprensa amanhã, vou dar matéria para vocês aqui"
O presidente da república acabou de nos dar uma aula sobre como a comunicação em toda a sua gestão vem sendo absolutamente eficiente e tem pautado uma corrida desesperada de cientistas em redes sociais
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A cada fala - absolutamente genocida, gravada e intencionalmente estruturada - nós choramos, corremos para nos posicionar indignados, vamos à exaustão e, eventualmente, desistimos.
Todos os dias desde o início da pandemia e todos os dias desde o início da gestão dele, em 2019.
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Ele tem pautado a imprensa, tem pautado a divulgação científica que tem caído, sistematicamente, em sua linha de direção.
Embora tenhamos crescido em seguidores, nos debates, tenhamos SIM ganhado espaço é absolutamente insuficiente para nos estabelecermos como discurso +
O Brasil agora engrenou finalmente no discurso da vacina, mas tá se jogando nas cordas e relaxando geral as medidas não farmacológicas. E dê-lhe se contaminar... os números que o Léo traz (junto com o que os do @schrarstzhaupt trouxa dia desses) são absolutamente preocupantes
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Gente, promessa de vacina não interrompe transmissão não, viu?
Pra darmos conta de segurar o rojão nos próximos meses precisaríamos com urgência do que não fizemos até agora com eficiência: distanciamento social, máscara e um isolamento BEM feito.
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Os governos estão apostando duro na vacina - e estão certíssimos nisso.
Mas não basta. Temos que parar de circular este vírus maldito: não tem outro jeito não.
A vacinação ainda está lenta demais e estamos próximos do colapso (de novo...).
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O lance dos conselhos é bizarro. Este momento biólogos e biólogas tem se sobressaído MUITO no debate sobre ciência e sobre a atuação profissional na produção de conhecimento na área de saúde. Inclusive mostrando que ecologia faz parte disso (e muito)+
Desde monitoramento dos biomas e impactos na sociedade, até monitoramento de faunas silvestres, que sabidamente são reservatórios de vírus. Só pra ficar em um debate raso aqui...
ai os caras preferem o q? Atacar as pessoas que tem atuado em seus campos, falado sobre nossa área+
Cobrando anuidade e dizendo que não se é o que o diploma diz, pq não paga o boleto.
Cara... os conselhos conseguem mostrar que estão aqui mais para cercear o profissional e manter uma postura conservadora (política e cientificamente),
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Eu vi um canal de YouTube hoje com mais de 400k de seguidores. Vídeos com quase 1 milhão de visualizações, promovendo curas para COVID-19.
Cheio de publi...
Fui ver o vídeo:
- não tem linguagem acessível
- é cheia de jargão
- usa e abusa de “comprovado cientificamente”
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- tem vários artigos
- há muitos estudos e
- “todo o mundo sabe”
O foda é que tem grana, patrocínio, publi.
A DC trabalha sempre no miúdo, sem pagar boleto, sem nada. A gente ganha umas verbas aleatórias e super baixas e fica emocionado (real). A maioria dos colegas aqui+
Que tem canal com publi, é SUPER pouco comparado a estes gigantes de fake.
E o @YouTubeBrasil ? Mantendo o canal no ar.
470mil mortos no país e tem gente ganhando grana com adsense em canal do YouTube com tratamento ineficaz e falácia curandeira.
Queiroga fica escorregadio nas datas que estão sendo cobradas, como se elas fossem descabidas. Há MUITO motivo para cobrarmos datas precisas e termos cobranças efetivas de que os prazos sejam cumpridos!
Tanto sobre as vacinas, quanto sobre o oxigênio. Sabe pq? #CPIdaCOVID19
Por exemplo, agora o Queiroga está se omitindo de uma ação que, em meio à pandemia, a federação tinha que se responsabilizar SIM.
Além disso, a todo o momento escutamos "eu falei, eu disse", mas não vemos um COMPROMISSO firmado como política pública que se efetive.
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As cobranças do Senador Eduardo Braga são fundamentais.
Senador Jorginho Mello também reitera o pedido.