Redução do desembolso do BNDES e desmonte do banco com venda de ativos.
Enquanto Bolsonazi e Guedes destroem o BNDES, o mundo vem fortalecendo os bancos de desenvolvimento.
Alemanha.
Coreia do Sul.
China.
Japão.
Inglaterra.
Segue 🧵
2/- O Banco de Desenvolvimento do Japão, estatal, anunciou que irá aumentar o financiamento com base em fatores ambientais, sociais e de governança corporativa para 5,5 trilhões de ienes (US $ 50,4 bilhões) nos próximos cinco anos.
3/- Na Alemanha, o Banco de Desenvolvimento KFW, aumentou o desembolso em 76,2 mil milhões de euros em 2020, o que é mais do dobro do valor de 2019 (33,6 mil milhões de euros).
Os recursos são destinados para a indústria e para alavancar a economia.
5/- Na Coreia do Sul, o Banco de Desenvolvimento, além dos outros bancos públicos, como o Banco de Desenvolvimento Industrial e o Banco de financiamento das Exportações e Importações, estão aumentando o volume de empréstimos para fortalecer a economia.
6/- Na Inglaterra, o governo decidiu criar seu Banco Público de Desenvolvimento para financiar a infraestrutura no país, dotado inicialmente de 12 bilhões de libras de capital, aos quais se somarão 10 bilhões de libras em empréstimos pelo Estado.
7/- Enquanto o mundo vem fortalecendo seus bancos públicos, Bolsonazi e Guedes estão destruindo o BNDES, com forte contração dos empréstimos, tirando a função essencial do banco público que é agir de forma anti cíclica.
8/- BNDES: sua nova função
A função do BNDES agora é organizar as privatizações.
Além da elevada queda do volume de desembolso do BNDES, o banco também tem adotado práticas que trazem prejuízos.
9/ - Se vocês entrarem na página do BNDES, tem uma parte que é só sobre a atuação do banco no que eles chamam de "desestatização", que na verdade são as privatizações.
É a nova função do banco, que os "economistas" de mercado e grande imprensa defendem.
A estratégia da atual diretoria do BNDES de acelerar os desinvestimentos da carteira da BNDESPar, durante a crise, resultou num prejuízo nominal da ordem de R$ 12 bilhões.
2/- O reitor João Carlos Salles, UFBA, afirma que o orçamento para custeio da universidade para este ano é inferior ao de 2010, quando a universidade tinha 27 mil estudantes.
Atualmente, são 42 mil.
Ou seja, aumentou o número de alunos e reduziu os recursos.
3/- Um estudo da Andifes revela que 70,2% dos estudantes de universidades federais pertencem a famílias de baixa renda. Deste total, pouco mais de 52% têm renda de até um salário mínimo.
Sem auxílio, os estudantes não conseguem ficar nas universidades.
Bradesco, Santander e outros bancos aumentam a participação no mercado e Itaú mantem sua participação.
Enquanto isso, Banco do Brasil e Caixa Econômica vão perdendo espaço.
Segue 🧶
2/- O recuo dos bancos públicos começou a se desenhar no governo Temer, quando foram reduzidos os subsídios nas operações do BNDES, e com a exigência de que devolvessem funding e capital cedidos pelo Tesouro Nacional.
3/- BB cede carteira de crédito ao BTG em meio à nova ameaça de privatização
Pela primeira vez Banco do Brasil realiza cessão de carteira a um banco que não é de seu conglomerado, o BTG Pactual, banco que Paulo Guedes foi um dos fundadores.