A Espanha está sendo criticada nessa Euro pela desconexão entre a seleção e a cidade de Sevilha, que recebe os jogos da equipe na 1ª fase.
Em vídeo postado no Twitter da seleção, os jogadores parecem ignorar os torcedores antes do jogo contra a Polônia.
Isso aconteceu depois que a equipe foi vaiada no jogo de estreia contra a Suécia, o que gerou reclamações do técnico Luis Enrique e de alguns jogadores.
Eles também disseram que o gramado do estádio de La Cartuja prejudica o estilo de jogo da seleção, que gosta da posse de bola.
A imprensa local não gostou das críticas ao gramado. Pelo contrário, dizem que ele possui a nota máxima da UEFA.
Mas a subida brusca de temperatura no início do mês provocou danos, e Luis Enrique e os jardineiros responsáveis se desentenderam sobre como lidar com eles.
Aliás, essa subida brusca de temperatura causou ainda mais problemas com a situação da seleção supostamente ignorar os torcedores, vários deles crianças e jovens, que esperaram horas sob o sol forte na frente do hotel antes do jogo contra a Polônia.
Antes do jogo de hoje, Luis Enrique comparou sua seleção a um espumante Cava, famosa bebida espanhola comparada às champanhes francesas.
Segundo ele, falta só "tirar a rolha" pra que sua seleção dê a melhor performance possível.
Mas a Andaluzia, região da qual Sevilha é capital, tem a menor renda per capita da Espanha, um país em que existem movimentos separatistas.
Não é exatamente uma boa ideia brigar com os torcedores locais.
Vejamos se a seleção consegue empolgar e unir o país diante da Eslováquia.
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Um quarteto improvável apareceu junto em uma foto tirada em Roma, no último sábado.
Veronica Berti, esposa do cantor Andrea Bocelli, Kimbal Musk, irmão mais novo de Elon, Matteo Salvini, ministro dos transportes italiano, e Gianni Infantino.
A princípio, o que mais nos interessa na imagem é Kimbal Musk e Gianni Infantino.
Infantino esteve na posse de Donald Trump, onde disse que "juntos, faremos não só a América grande de novo, mas todo o mundo, porque o futebol une as pessoas".
Kimbal Musk se encontrou com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, mas não falou quais assuntos foram tratados.
Depois, ele e Matteo Salvini ganharam flâmulas personalizadas das mãos de Infantino.
4 de dezembro de 1935. White Hart Lane, o estádio do Tottenham, clube com muitos torcedores judeus, recebe um visitante indigesto: a Alemanha nazista.
O amistoso entre Inglaterra e Alemanha daquele dia teve muitas suásticas e muitos protestos.
A Alemanha já tinha proibido em 1935 casamento e relações sexuais entre judeus e "pessoas com sangue alemão", e as intenções de Adolf Hitler já começavam a ficar claras.
O conhecimento de que o esporte era uma ótima ferramenta política crescia rapidamente.
A FA, Federação Inglesa de Futebol, afinal, acreditava que o futebol nunca deveria se misturar com a política.
A situação política da Alemanha não interessava, apenas o que acontecesse dentro das quatro linhas.
Estados Unidos e Venezuela se enfrentam amanhã em um amistoso em Fort Lauderdale, na Florida.
Não estamos em uma data FIFA, o que torna o jogo ainda mais político.
O 2024 da seleção venezuela foi uma montanha russa.
A equipe chegou a ficar na zona de classificação direta para a Copa do Mundo de 2026 e fez brilhante campanha na Copa América, disputada também nos EUA. Caiu invicta, nas quartas de final.
Na Copa América, a seleção foi seguida por uma legião de torcedores. Há muitos venezuelanos que moram nos EUA, e a maioria é opositora de Nicolás Maduro.
Assim, seguir a seleção também era algo muito político às vésperas da eleição presidencial.
É um país cuja economia tem grande dependência da exploração de petróleo e gás natural, e que está vivendo seu auge no esporte com investimentos de um fundo soberano.
Mas não é Arábia Saudita, Catar ou Emirados Árabes Unidos: é a Noruega.
Existe sportswashing norueguês?
No futebol, Erling Haaland no masculino e Ada Hegerberg no feminino são figuras dominantes.
No xadrez, eles têm Magnus Carlsen. No tênis, Casper Ruud. No golfe, Viktor Hovland.
Nas últimas Olimpíadas de Inverno, bateram o recorde de ouros de qualquer país numa edição, com 16.
Muito do sucesso no desenvolvimento desses atletas se deve ao fundo soberano da Noruega, o mais rico do mundo, com quase US$ 2 trilhões de dólares em bens.
Ele foi criado para reinvestir na sociedade norueguesa as receitas excedentes da exploração estatal de combustíveis.
No dérbi de Roma, o ódio ao rival é manifestado com antissemitismo.
Não importa se é da Lazio para a Roma ou da Roma para a Lazio, ultras ligados à extrema-direita sempre comparam os adversários a judeus e usam símbolos nazistas.
Antes do duelo de ontem, vencido pela Roma por 2 a 0, uma faixa foi pendurada em uma das principais vias da capital italiana com a frase "Laziale judeu", acompanhada por duas suásticas.
É o mesmo comportamento que já acontecera no confronto anterior.
Na ocasião, também houve uma faixa antissemita ofendendo torcedores da Lazio.
Em um muro da capital, Hitler e Mussolini, com camisas da Roma, levavam Mr. Enrich, com uma camisa da Lazio, a Auschwitz.
Símbolos e cores são importantes, tanto para times de futebol quanto para países.
Uma das primeiras mudanças dessa nova Síria que se constrói após a queda de Bashar al-Assad foi promovida pela federação de futebol do país:
A troca de cores, saindo o vermelho e entrando o verde.
Com o fim do Império Otomano na 1ª Guerra, a Síria ficou sob controle francês.
Em 1930, os franceses conduziram a criação de uma Constituição pro país, que determinava uma bandeira nacional com três faixas, uma verde, uma branca e uma preta, além de três estrelas vermelhas.
Depois da 2ª Guerra, a Síria chegou a se unir ao Egito numa república árabe que durou entre 1958 e 1961, sob o comando de Gamal Abdel Nasser.
Essa república deu origem à bandeira síria mais conhecida: três faixas (vermelha, branca e preta), com duas estrelas verdes ao centro.