@compayaye@marilizpj [1/7] A essência da laicidade, na democracia, é, paradoxalmente, a submissão da maioria às minorias. Sob esse sistema, uma sociedade, por exemplo, erguida sobre bases civilizacionais cristãs (...)
@compayaye@marilizpj [2/7] terá, necessariamente, sua expressão reprimida e embotada em favor de toda expressão não cristã.
@compayaye@marilizpj [3/7] De forma que, pela sua lógica interna, ainda que os agentes não tenham esta intenção, e ainda que as expressões não cristãs não sejam todas elas explícita e necessariamente anticristãs, a laicidade do Estado, ao servir para nivelar, por exemplo, (...)
@compayaye@marilizpj [4/7] uma maioria cristã às minorias não cristãs, estará sempre, por essa definição, no papel de inimigo do cristianismo. Dito de outro modo, o Estado laico é essencialmente anticristão.
@compayaye@marilizpj [5/7] Mediante o nivelamento moral forçado do cristianismo à estatura das religiões menores, e através da negação da substancialidade da posição hierárquica superior do cristianismo, tanto em relação ao próprio Estado, como em relação às religiões menos expressivas, (...)
@compayaye@marilizpj [6/7] (...) o Estado laico existe não apenas para submeter uma maioria cristã às minorias não cristãs, mas essencialmente para reprimir a cristianização. Desta forma, não só a expansão, mas a preservação mesma do cristianismo é afetada.
@compayaye@marilizpj [7/7] Em resumo, o fim último da democracia, numa sociedade cristã, é, portanto, reduzir, através de sua essência laicista, a expressividade do cristianismo ao nível das demais religiões e assim pairar soberano sobre um amontoado de religiões inexpressivas.
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Existe um grande equívoco por parte de alguns quanto ao conceito de "militância bolsonarista".
O aspecto ideológico, na política, representa apenas um ideal orientador, o qual jamais pode, (...)
[2/20] por si só, promover ações concretas, a não ser através de agentes reais de carne e osso, os quais, além disso, dependem sobretudo da disponibilidade de meios de ação que determinem se esses agentes conduzirão suas ações de fato por esse caminho ideal, (...)
[3/20] ou simplesmente estagnarão numa função de símbolo unificador daquele ideal, como é o caso do Bolsonaro, sem jamais ir adiante de forma efetiva em um caminho político bem definido; de modo que não se pode falar em "militância conservadora", (...)