Este mesmo perfil, que utiliza vocabulário, estética e método das milícias do esgoto da extrema-direita que eu já venci judicialmente, declara abertamente que seu objetivo é ATACAR LIBERAIS.
Mas ninguém vai olhar o perfil de alguém.
A gente olha quando a pessoa interage.
Este perfil interage com diversos jornalistas, influencers e formadores de opinião sempre elogiando o trabalho deles.
Por isso ontem, marcou MAIS DE CEM PESSOAS do meu relacionamento, uma a uma, perguntando: "você segue essa transfóbica"?
Transfobia: chamar mulher de cara
Para alguns perfis de jornalistas me acusa de racismo.
Para outros, acusa de transfobia.
Disse textualmente que eu trabalho escrevendo propaganda nazista, disse que eu defendi "genocídio branco" - uma teoria conspiratória QAnon, disse que tive perfil suspenso pelo Twitter.
O mais fácil, obviamente, na dinâmica da Cidadania Digital, é unir-se à horda que ataca de forma obsessiva e insidiosa.
Muitos fizeram, é tentador.
Tenho toda a documentação aqui e imensa curiosidade em saber qual o posicionamento da @abraji e da @oabsaopaulo, que tem comissão para proteger a liberdade de imprensa.
Aprendi com o @JonHaidt que toda personalidade perversa encontrará justificativa moral para sua perversidade.
Não raro a justificativa moral é manca.
Na dinâmica da Cidadania Digital, no entanto, ela seduz.
Há um conjunto de perfis ligados a este que fez MAIS DE MIL POSTS sobre mim dizendo claramente que têm o objetivo de aniquilar liberais.
Quem interage com eles não vê isso.
A pessoa interage com um post.
Pessoas queridas foram ingênuas o suficiente para me sugerir que o ataque era devido a uma postagem mal escrita ou que eu deveria me retratar.
NUNCA FAÇAM ISSO se for um ataque em enxame.
Você se retrata de uma coisa e é acusado de outra.
Seria importante que formadores de opinião prestassem atenção aos PERFIS com quem engajam e não só AO POST em que a pessoa o marcou.
Alguns respondem aquele assunto, mas fazem parte sem querer de um movimento de assédio com MAIS DE MIL POSTAGENS num único dia.
Vários influencers vieram me marcar perguntando: já respondeu?
Quando um único perfil marca MAIS DE CEM PESSOAS e faz MAIS DE MIL POSTS difamando você, distribuído por outros perfis igualmente virulentos, não há como responder.
É um volume que impede o diálogo.
Bloqueei e seguirei bloqueando TODOS OS PERFIS QUE INTERAGEM COM QUEM FAZ ATAQUES EM ENXAME.
Mesmo com boa intenção, são perfis que contribuem para comportamentos perversos sem saber.
Engrossam um movimento super agressivo pensando que estão fazendo só uma pergunta.
São 6 anos na mira de ataques do mesmo tipo.
Aprendi a não interagir com perfis que não conheço sem antes ver por que eles vieram atrás de mim.
Assim que consegui localizar o ataque em enxame e as postagens obsessivas.
E se fosse com você? Precisamos aprender Cidadania Digital
Para encerrar, informo que fazer MAIS DE MIL POSTS difamatórios marcando MAIS DE CEM dos meus contatos rendeu ao perfil quase 2 MIL SEGUIDORES EM 2 DIAS.
Ele tinha pouco mais de 6 mil quando começou.
Aguardo o @TwitterBrasil explicar essa situação tão interessante.
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O Conselho de Direitos Humanos da ONU diz que é AMEAÇA AOS DIREITOS HUMANOS:
- Deixar a regulação das redes nas mãos das plataformas
- Não haver REGRAS CLARAS sobre o que é ilegal nas redes
- Ênfase excessiva em derrubada de post
Eu estou vendo pessoas sérias e até veículos de comunicação defendendo abertamente uma conduta que viola direitos humanos:
Deixar que as plataformas regulem o cyberespaço.
O foco em derrubada de posts é simplista e acaba, segundo a @UNHumanRights em ameaça aos Direitos Humanos.
Nós comemoramos derrubada de post quando se investiga operações de desinformação feitas simultaneamente, com impulsionamento em 230 plataformas diferentes.
São ações inúteis hoje, vitórias de pirro com precedentes perigosos.
Outro dia a @profDanielaA e o @marcelosuano me perguntaram o que eu pensava sobre a polarização nas redes ano que vem.
Já previa uma briga de faca no escuro, mas estava otimista: não havia percebido o quanto a imprensa tradicional virou refém desse jogo.
Em 2018, os candidatos usavam muito as redes e eles ou pessoas já com mídia ligadas a eles chegavam à mídia tradicional por manifestações muito exacerbadas nas redes.
Esse tipo de jornalismo declaratório já foi terrível, mas hoje estamos bem mais fundo.
A rede pauta quem vale.
O jornalismo declaratório ouve quem viraliza.
Viraliza, segundo pesquisa da NYU e Cambridge, quem publica ataques contra grupo oposto.
Isso é o que engaja e dá dinheiro às redes, o ataque ao grupo oposto.
Agora, com influencer virando notícia como se fosse autoridade pública.
Aproveita a PROMO de formação de turma do curso CIDADANIA DIGITAL até sexta, 23/07.
Quem entrar ganha:
- AULÃO LIVE tira-dúvidas EXCLUSIVO PARA ALUNOS
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- SORTEIO de "From Dawn to Decadence", obra prima de Jacques Barzun.
É um truque manjadíssimo do recrutamento terrorista chamar de HERÓI quem comete violência em nome da causa.
Mira principalmente em jovens sem propósito que passam a ver no grupo a oportunidade de ter poder, influência e importância que jamais teriam de outra forma.
No "Radicalization for Normies", Andrew Anglin (militante antirracista vegano que virou um dos neonazistas trumpistas de maior destaque) orienta claramente a chamar lobos solitários de heróis sempre.
Entrou em qualquer lugar atirando? Herói fulano.
É para incentivar outros.
Nem organizações criminosas têm a cara-de-pau de chamar bandido de herói, isso só ocorre em estruturas com lógica mística ou messiânica.
Indivíduos que se julgam "iniciados" (sejam woke ou redpillados) realmente crêem que a bandidagem pela causa é heroísmo.
Alguém resolveu cobrir o assunto na sede da BBC, em inglês.
A sucursal traduziu e funciona como agência de notícias, ou seja, fornece notícias a vários outros veículos.
Vários jornalistas copiam sem verificar se outros jornalistas brasileiros já apuraram.
A @RevistaEpoca fez a reportagem DUAS SEMANAS ATRÁS, antes que o tema fosse de interesse no local onde fica a sede da BBC.
Mas a revista não funciona como agência de notícias, ou seja, as informações que ela apura não são compradas para veiculação por outros órgãos de imprensa.