EDITORIAL: O aumento no fundo eleitoral mostra que o Congresso parece empenhado em desmontar o pouco que resta de contenção contra os maus hábitos da “velha política” bit.ly/3wPpa7N
"Eleito com a festiva expectativa de inaugurar uma “nova política”, o atual Congresso parece empenhado em desmontar o pouco que resta de contenção contra os maus hábitos da 'velha política'."
"A mais recente ofensiva se deu na quinta-feira passada, e seguiu rigorosamente o roteiro da esperteza parlamentar que faz a festa de partidos fisiológicos e de políticos oportunistas enquanto dilapida o erário e ajuda a empobrecer o País."
"À socapa, sem dar qualquer possibilidade de debate, adicionou-se ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 um aumento obsceno no fundo de financiamento eleitoral."
"Segundo cálculos de técnicos da Câmara, a mudança fará o fundo saltar para R$ 5,7 bilhões, um aumento de 185% em relação aos R$ 2 bilhões destinados à campanha eleitoral de 2020."
"O valor coloca o Brasil como um dos países que mais gastam dinheiro público com partidos e candidatos no mundo – tudo isso em meio à penúria generalizada causada pela pandemia de covid-19."
"Ora, se estivessem realmente interessados em impedir a aprovação, os agora indignados parlamentares governistas poderiam ter se juntado ao esforço de um punhado de partidos que apresentaram destaque contra a medida."
"Essa deliberada ausência do presidente da República na articulação parlamentar não apenas confunde sua base, como dá ao Congresso uma autonomia política impensável num regime presidencialista."
"A rigor, o festim com verba pública nas campanhas eleitorais nem deveria ser permitido. Não há nenhum argumento razoável para obrigar o contribuinte a aceitar que o dinheiro do seu imposto seja usado para financiar partidos e candidatos com os quais não se identifica."
"Os partidos deveriam ser ideologicamente discerníveis uns dos outros, de modo a despertar no eleitor o genuíno sentimento de representação."
"Sabemos que raros são os partidos capazes disso – a maioria representa apenas seus donos e seus interesses privados. O imoral aumento do fundo eleitoral é consequência natural dessa degradação da democracia."
Leia o editorial completo 'Retrato da degradação' aqui bit.ly/3wPpa7N
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EDITORIAL: O semipresidencialismo merece ser seriamente debatido. Pode ser o caminho viável para fortalecer a governabilidade e aumentar a responsabilidade política. bit.ly/3kzpW6y
"No horizonte político, há um fato novo que pode ser muito benéfico para o País. Vem ganhando aceitação e apoio nos meios políticos a proposta de uma mudança do sistema de governo, nos termos defendidos pelo ex-presidente Michel Temer neste jornal."
"Em vez do sistema atual, em que o presidente da República é chefe de Estado e chefe de governo, a proposta é instaurar o semipresidencialismo, um sistema híbrido de governo bem-sucedido em países como Portugal e França."
EDITORIAL I Estados Unidos e Brasil convergiram em um ponto: as instituições republicanas e os princípios democráticos foram atacados bit.ly/3ksitpJ
"Em meio a tantas diferenças, as histórias dos Estados Unidos e do Brasil, as duas maiores democracias das Américas, convergiram em um ponto: tanto lá como cá, de forma inédita em tempos recentes..."
"...as instituições republicanas e os princípios democráticos mais comezinhos – como a pacífica alternância no poder – foram perigosamente atacados pelos chefes de Estado e de governo dos dois países."
EDITORIAL: Tal como no combate à pandemia, o obscurantismo de Jair Bolsonaro se comprovou irremediável na área ambiental bit.ly/3rewAAq
"O Brasil, guardião do maior bioma tropical do mundo e a caminho de se tornar o principal exportador agrícola, tem uma legislação ambiental exemplar e reúne as condições para ser uma liderança no desenvolvimento ambientalmente sustentável."
"Mas, apesar das juras protocolares do presidente Jair Bolsonaro na cúpula ambiental promovida em abril pelo presidente norte-americano, Joe Biden, não há sinal de que o seu governo pretende rever sua hostilidade à causa ambiental."